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Dia da Árvore

Serra Catarinense possui 508 mil hectares de florestas

Nos últimos anos, as queimadas exacerbadas, principalmente nas regiões do Pantanal e do Amazonas, aumentaram a preocupação em relação às árvores e florestas, fonte de alimentos, essenciais para a manutenção de rios e mananciais e para a purificação do ar.

Vinte e um de setembro é o Dia da Árvore, data para reflexões e ações preservacionistas. Neste quesito, comparado a outros estados, Santa Catarina destaca-se por manter 32% do seu território com florestas. É aqui que está a maior fatia preservada da Mata Atlântica. Somente na Serra Catarinense são 508 mil hectares cobertos por florestas.

Este número está no Inventário Florestal Nacional, concluído em 2018. Nossa região é tratada como Campos de Lages, a maior em extensão de Santa Catarina. A área total é de 1.572.580 hectares, sendo 326.519 hectares de florestas nativas e outros 181.443 hectares de florestas plantadas.

Com 95.738 km, 295 municípios e aproximadamente 7 milhões de habitantes. Santa Catarina encontra-se totalmente inserido no bioma Mata Atlântica e detém o maior percentual de cobertura florestal remanescente neste bioma.

O Inventário Florestal Nacional – IFN foi realizado em Santa Catarina sob a denominação de Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina e sob coordenação da Universidade Regional de Blumenau - Furb em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC, Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina - Epagri e Universidade do Estado de Santa Catarina - Udesc. 

Os recursos para coleta de dados de campo do IFN-SC foram concedidos pelo Governo Estadual, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina - Fapesc e do Governo Federal.

O IFN baseia-se na coleta de dados em campo para conhecimento da qualidade e condição das florestas, em milhares de pontos amostrais em todo o país.

O Parque Natural Municipal de Lages (Parnamul) é uma unidade de conservação criada em 1997 com o objetivo de proteger e preservar a fauna e a flora da região. Com uma área de 234 hectares, o acesso ao parque, localizado na Rua Carlos de Mesquita, no bairro São Paulo, está liberado para visitas, seguindo algumas regras importantes para garantir a preservação do local.  ​Foto: Nas fotos


Pinus também tem função ambiental

Com 714 mil hectares cultivados com pinus, dados obtidos no Anuário Estatístico de Base Florestal - ACR, Santa Catarina lidera a produção deste tipo de madeira no Brasil.

Dentro deste contexto, a Serra Catarinense, somada aos Planaltos Central e Norte, responde por 301.309 hectares. Não é à toa que a região concentra grande número de madeireiras, fábricas de móveis, de chapas de madeira e outros segmentos florestais. 

Mas engana-se quem pensa que o pinus gera apenas benefícios econômicos e sociais. Segundo a Embrapa, as florestas geram diversos produtos e serviços para a humanidade e, por este motivo, são pressionadas pelo crescimento da população mundial que, anualmente, consome cerca de 1,6 bilhão de metros cúbicos de madeira e que pode chegar a três bilhões de metros cúbicos em 2050.

No Brasil, os plantios de pínus vêm possibilitando o abastecimento de madeira que anteriormente era suprido com a exploração do pinheiro brasileiro (também conhecido como araucária) e de outras espécies florestais nativas.

Deste modo, a implantação de povoamentos produtivos de pínus tornou-se importante aliado dos ecossistemas florestais nativos, suprindo a necessidade de matéria-prima para o setor de base florestal, diminuindo, com isso, a pressão sobre a necessidade de exploração das florestas nativas para a obtenção de madeira.

Benefícios diretos

- Madeira

- Produtos não-madeireiros

- Recreação e turismo

- Medicina

- Mducação

- Habitat  

Benefícios indiretos

- Proteção da bacia hidrográfica (os impactos da alteração da cobertura florestal em locais próximos a rios incluem a diminuição da erosão do solo, alteração nos fluxos de água, agricultura, pesca, armazenamento de água para consumo, geração de eletricidade)

- Reciclagem de nutrientes

- Redução da poluição do ar

- Funções climáticas

- Fixação de carbono

- Biodiversidade

Foto: ACR

Importância das unidades de conservação

De acordo com os dados do Cadastro Nacional de Unidades de Conservação – CNUC/MMA, Santa Catarina possui 359.7376 hectares de áreas protegidas em Unidades de Conservação (UC), o que corresponde a 4% de seu território.

Há no estado 80 UCs, das quais 16 são federais, dez estaduais, 16 municipais e 38 são reservas particulares. Do total de áreas protegidas no estado, 74% (cerca de 265 mil hectares) contém floresta.

Grande parte das áreas florestadas são florestas naturais (97%). Os Parques são responsáveis pela maior porção de áreas florestadas, respondendo por 72% das florestas existentes em UCs. O Parque Estadual da Serra do Tabuleiro é a maior UC do estado e possui 92% de cobertura florestal. 

A Reserva Biológica Estadual da Canela Preta, Reserva Particular do Patrimônio Natural Emilio Einsfeld Filho, Parque Nacional da Serra do Itajaí e Floresta Nacional de Chapecó estão dentre as maiores UC do estado e apresentam as maiores proporções de floresta por unidade de área (acima de 95%).

 Preocupação do governo é permanente

O FlorestaSC é um programa permanente do Governo do Estado de Santa Catarina, coordenado pela Universidade Regional de Blumenau (Furb).

O programa estuda as florestas e espécies nativas que existem em Santa Catarina, gerando informações aplicáveis na formulação de políticas públicas de uso e conservação das florestas do estado; zoneamento econômico-ecológico para a atividade florestal no estado; divulgação científica. As informações do estudos podem ser obtidas neste link.

O FlorestaSC se divide em três áreas de atuação permanentes

1 - Inventário Florestal

O programa FlorestaSC desenvolve o inventário e monitoramento dos estoques de biomassa e diversidade espécies das florestas catarinenses. Nele, estão reunidos os trabalhos de monitoramento do desenvolvimento das florestas; os levantamentos de dados em campo, o processamento dos dados levantados e do material botânico coletado nos laboratórios da FURB, bem como a análise e publicação dos resultados destas análises. 

Neste processo, as equipes saem a campo para contar, fotografar, medir e analisar possíveis riscos às espécies. É um trabalho minucioso que resulta em um inventário detalhado e preciso. 

2 - Mapeamento

O Mapeamento é uma das ações do FlorestaSC e busca complementar as informações obtidas em campo por meio de produtos gerados com base em dados obtidos por sensoriamento remoto (SR). Os dados de SR utilizados são provenientes de diversos sensores montados em satélites orbitais, os quais fornecem continuamente imagens da superfície terrestre, permitindo, por exemplo, observar mudanças na cobertura florestal, em áreas agrícolas e pastoris ou monitorar o processo de urbanização ao longo do tempo.

3 - Educação Florestal

As ações de Educação Florestal do FlorestaSC consistem em promover atividades de divulgação científica, especialmente direcionadas ao público escolar, a partir do conhecimento científico elaborado nos estudos do FlorestaSC.

A equipe busca desenvolver materiais educativos e promover percursos formativos com professores e estudantes a fim de despertar a curiosidade, sensibilizar ao conhecimento socioambiental e mobilizar às ações sustentáveis sobre e nas nossas florestas catarinenses, via escola e universidade. 


Klabin mantém reserva na Serra Catarinense

A RPPN tem como objetivo garantir a conservação das áreas nativas e seus atributos ambientais, para isso, é fundamental que sejam realizadas pesquisas científicas nas áreas da reserva para diagnosticar a biodiversidade existente. Os projetos de pesquisa realizados nas áreas da RPPN Complexo Serra da Farofa já identificaram oficialmente mais de 600 espécies de flora e 75 espécies da fauna.

A Reserva Particular do Patrimônio Natural Complexo da Serra da Farofa, foi implantada pela empresa Klabin em uma área de 4.987,16 hectares que abrange os municípios de Bocaina do Sul, Painel, Rio Rufino, Urubici e Urupema.

Fonte: Klabin.com.br

Foto: Klabin


Qual é a árvore símbolo de Santa Catarina?

A imbuia (Ocotea porosa) é a árvore símbolo de Santa Catarina, designada pela Lei Estadual nº 4.984, de 1973, e reafirmada pela Lei nº 6.473, de 1984. Embora a araucária seja outro símbolo importante da natureza catarinense, a imbuia é a árvore oficial do estado. 

Sobre a Imbuia

Nome científico: Ocotea porosa. 

Características: É uma árvore de grande porte, com madeira nobre e que resiste a baixas temperaturas. 

Importância: A imbuia foi um importante atrativo para os imigrantes alemães na década de 1930 e sua madeira foi amplamente usada na construção de móveis, assoalhos e cercas. 

Estado de conservação: A imbuia está na lista de espécies ameaçadas de extinção, sendo vulnerável em nível nacional e rara em Santa Catarina. A derrubada desta espécie é proibida por lei. 

Foto: Embrapa / Divulgação

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