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Pesquisa

Epagri de Lages avalia fetos de vacas alimentadas com bagaço de maçã

A Epagri continua os estudos para mostrar a viabilidade do bagaço de maçã como alimentação suplementar para o gado. A pesquisa é realizada na Estação Experimental de Lages e avança para uma fase crucial em busca dos resultados esperados.

O ensaio experimental será feito pelo segundo ano consecutivo e, nesta etapa, está em condução o protocolo de Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF).

Com as vacas prenhas, a equipe consegue acompanhar o desenvolvimento e avaliar a qualidade dos fetos, inclusive com exame de ultrassom.

O objetivo é atestar que o bagaço de maçã - desde que corretamente armazenado em forma de silagem e servido como suplemento, e não como alimentação única - pode trazer benefícios à saúde do animal. 

Produzido pela indústria após o processamento da fruta, o bagaço é pobre em proteína, mas rico em energia. Além disso, tem carboidrato solúvel e de fácil digestão, o que libera os nutrientes mais rapidamente quando o animal ingere. 

O subproduto da maçã também é uma boa alternativa para substituir ou complementar outros alimentos nobres e de consumo humano, como milho e soja, especialmente em épocas de menor oferta de pastagem, como o rigoroso inverno da Serra Catarinense.

“O protocolo de inseminação artificial em tempo fixo é comum nas propriedades. Nós fazemos com o rebanho de bovinos próprio da Epagri para obter as prenhezes. Isso é importante para que as vacas prenhas sejam avaliadas no experimento com bagaço de maçã, permitindo a comparação com outro grupo que vai receber o tratamento controle sem a silagem”, explica a zootecnista Vanessa Ruiz Favaro, pesquisadora na Estação Experimental de Lages.


Pesquisa na Epagri agrega conhecimento aos acadêmicos da Udesc

O estudo conta com apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e fornecimento do bagaço de maçã pela empresa TC Agronegócios, de Lages.

Além da contribuição para a pecuária, o experimento serve também como atividade acadêmica. O trabalho de inseminação artificial e exame por ultrassom nas vacas conta com a participação de estudantes do Centro de Ciências Agroveterinárias da Universidade do Estado de Santa Catarina (CAV Udesc), também de Lages. 

“Faz dois anos que existe esta parceria entre a Epagri e o Laboratório de Reprodução do CAV. Neste contexto, nós fazemos todo o manejo reprodutivo, os protocolos de inseminação artificial e os diagnósticos de gestação no rebanho bovino. Isso faz com que a gente traga os alunos para cá e possibilite esta vivência deles com o campo e as atividades em grandes animais. É um grande crescimento para a prática dos estudantes”, conclui a professora Verônica Scheeren, do curso de Medicina Veterinária do CAV Udesc.

Foto: Pablo Gomes/Epagri

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