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Inter 75 anos

Patrick Cruz

Como o Leão Baio virou mascote do Inter

A única diferença entre as redes sociais e o Aedes aegypti é que só um deles tem asas. De resto, em tudo se assemelham: nem um nem outro é uma doença, mas é o organismo de ambos que carrega e transmite alguns dos grandes males contemporâneos. É na carcaça do mosquito alado que viaja o vírus da dengue, é no ambiente das tais redes digitais que se disseminam em velocidade inaudita o consumo desnecessário, o ódio gratuito, ansiedades, inseguranças e mentiras de toda sorte.

Mas também nos lixões nascem flores. No caso do Inter de Lages, um desses aterros sanitários deu ao clube um mascote.

Foi no finado Orkut que começou a conversa sobre o Inter adotar o leão baio como símbolo. Como sabemos nós, os filhos da terra, o animal é típico da Região Serrana de Santa Catarina. A ideia, então, era nos apropriarmos de algo que já era de casa para ser nosso porta-estandarte: ao contrário do leão africano, que nós só conhecemos por foto e histórias do Tarzan, o mascote colorado seria o bicho que está em nossos calcanhares e que podemos convidar para um mate, se acharmos que é o caso.

O leão de juba, aquele do filme da Disney, hoje simboliza ao menos três clubes catarinenses (Avaí, Hercílio Luz e Nação). E “Leão da Serra” é o mascote do Serrano de Petrópolis (RJ), do Sobradinho (DF) e do Glória, da vizinha e hospitaleira Vacaria. Já leão baio, o mesmo animal que é conhecido como suçuarana, puma e onça parda, era coisa inédita.

Os torcedores abraçaram a ideia de o Inter passar a ter o leão baio como mascote. A mudança não foi imediata, mas, nos anos que se seguiram, a torcida passou a se apropriar cada vez mais do novo símbolo e a usá-lo para se referir ao clube.

O marco da virada foi a temporada de 2013, quando um torcedor aceitou vestir uma roupa do Leão Baio para animar os jogos do Inter durante a disputa da divisão de acesso (atual Série C) do Campeonato Catarinense. A peça estava guardada no acervo da Fundação Municipal de Esportes (FME).

Logo depois, ainda naquele ano, o colorado Jean Marcelo Ramos Gomes, o Tuca, assumiu a roupa e deu personalidade ao mascote: com o novo “titular”, o Leão Baio passou a ser uma atração à parte nos jogos do Inter, aparecendo de gorro e cachecol em jogos em dias frios, tocando saxofone ou desfilando em um carro conversível na pista de atletismo do Tio Vida.

Outras pessoas foram os intérpretes do personagem depois que Tuca deixou a função - entre elas um outro Tuca, o colorado Tuca Arseno, e seu irmão, Bagué. Graças à contribuição dessas pessoas e ao carinho da torcida, o animal que corre em nossos campos e ruge em lageanês é o símbolo indiscutível do Inter de Lages.


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