Governo lança Plano Estadual de Combate à Violência Contra Mulheres |
O governador Jorginho Mello, ao lado da vice-governadora Marilisa Boehm, lançou nesta terça-feira, 12, no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC), em Florianópolis, o Plano Estadual de Combate à Violência contra a Mulher, com ações previstas de 2025 a 2035. A medida, que integra o Plano de Governo, marca um compromisso de longo prazo com a ampliação e qualificação das políticas públicas de enfrentamento à violência de gênero no estado.
“Temos um plano robusto, construído pela primeira vez aqui em Santa Catarina, que olha para os próximos dez anos e traz medidas concretas para proteger as mulheres e combater a violência de gênero. Não é apenas um documento, é um compromisso do nosso governo e de toda a sociedade catarinense”, disse o governador.
O plano estabelece uma política pública estruturada, integrada e permanente, construída com a participação das Secretarias de Estado da Segurança Pública, Assistência Social, Mulher e Família, Educação e das Forças de Segurança. São cinco eixos estratégicos que abrangem prevenção e educação, atendimento e proteção, responsabilização e reeducação dos agressores, monitoramento, produção de dados e avaliação.
“Formamos um colegiado que se reunirá semestralmente para dar sequência às ações, com foco em prevenção, proteção e, acima de tudo, conscientização e educação. Precisamos trabalhar desde cedo, nas nossas escolas, para ensinar nossas crianças que agredir uma mulher é crime e que todos são iguais perante a lei. Será um marco na história de Santa Catarina, pois poucas unidades da federação têm algo tão estruturado, e temos certeza de que seremos modelo para o Brasil”, considerou a vice-governadora, Marilisa Boehm.
A Secretaria da Segurança Pública, além de compor o Comitê Gestor do Plano, será responsável pelo monitoramento e integração dos dados. A Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Científica e Corpo de Bombeiros Militar vão seguir atuando em conjunto na prevenção e repressão. Entre as ações previstas estão a inclusão da temática de violência doméstica e familiar nos cursos de formação, o fortalecimento da Rede Catarina de Proteção à Mulher, a criação de salas reservadas para atendimento especializado nas unidades da Polícia Científica, o fortalecimento da identificação de agressores e a implantação de programas e grupos de reeducação para autores de violência. Além da ampliação das delegacias especializadas, atualmente são 32 em operação, e ao final do plano a expectativa é de que chegue a 56.
A Assistência Social terá papel central no acolhimento e proteção das vítimas, com a capacitação contínua dos profissionais da rede socioassistencial, a ampliação e o fortalecimento dos serviços de acolhimento.
Foto: Richard Casas/GVG
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