Este é o primeiro lote de exportação e os empreendedores do estabelecimento Rancho Pedro Pinheiro já buscam ampliar a capacidade de preparação dos bovinos de 3.700 para 6.000 animais

Autorizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), desde 2015, a exportação de bovinos vivos para Turquia voltou com força máxima na Serra Catarinense após o período de pandemia. Embarcaram, na sexta-feira (30), na fazenda de pré-embarque Rancho Pedro Pinheiro, em Capão Alto, 3.600 bovinos comprados de produtores dos três estados do Sul.

Segundo o diretor administrativo da Rancho Live Cattle, Maurício Ceron, as compras de bovinos de até um ano aconteceram em toda Serra Catarinense e em outras regiões. “Nossa estrutura está habilitada pelo Mapa para preparar os animais para exportação. O período de compras é normalmente 30 dias e mais a quarentena de 21 dias, até o momento de embarque”, explica.

Este é o primeiro lote de exportação e os empreendedores do estabelecimento Rancho Pedro Pinheiro já buscam ampliar a capacidade de preparação dos bovinos de 3.700 para 6.000 animais. O investimento em Capão Alto foi devido à localização, logística e especialmente, por ser um centro de grande oferta de terneiros europeus em Santa Catarina.

Maurício Ceron disse também, que o apoio do prefeito Tito Pereira Freitas ao projeto foi fundamental para a implantação da unidade de pré-embarque. A meta do Rancho Pedro Pinheiro é carregar de três a cinco navios com lotes de 3,5 mil a 4 mil bovinos por embarque, por ano. O principal comprador, neste momento, é a Turquia, mas outros países do Oriente Médio podem entrar nos negócios.

Para implantação da unidade pré-embarque Rancho Pedro Pinheiro, ao menos 400 pessoas estiveram envolvidas no projeto. E para os criadores de gado, o negócio se mostra muito bom, pois os pagamentos são à vista e para os animais da raça charolesa tem um adicional de bonificação.

Apoio da prefeitura foi estratégico

O prefeito Tito Pereira Freitas acompanhou, pessoalmente, as movimentações da pré-embarque Rancho Pedro Pinheiro. Disse que é cedo para se falar em movimentação financeira. E admite que é um negócio importante para a economia da região com expectativa de repercussão de negócios ligados à pecuária.

“Este negócio é uma via de mão dupla. Além de incrementar a pecuária, vai atender uma demanda estratégica no Oriente Médio por bovinos de qualidade. E, seguramente, vai nos colocar na vitrine do mundo para melhorarmos ainda mais nossa genética e qualidade de rebanho”, comenta Tito Freitas.

Um dos principais quesitos para exportação de bovinos vivos é o Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) com o Serviço Veterinário do país que receberá a oferta. E neste quesito, é exigência que os animais não sejam comprados em feiras de gado, mas diretamente nas propriedades.

“Este fator vai incentivar os pequenos produtores a entrar no negócio. Então, na feira temos um perfil de comprador e para exportação outro perfil. Logo, é mais mercado para fomentar a pecuária”, explica o prefeito. O município apoiou o projeto do pré-embarque Rancho Pedro Pinheiro e Tito Freitas fez questão de acompanhar o carregamento dos cerca de 50 caminhões que transportaram os bovinos até o porto de Imbituba, no Sul do Estado.