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Um ano de transformação

Futebol feminino fortalece mulheres Xokleng e celebra campo próprio na Aldeia Palmeira

O campo de futebol da Aldeia Palmeira, no município catarinense de José Boiteux, completa um ano de existência sendo mais que um espaço esportivo: tornou-se símbolo de autonomia, saúde e força feminina na comunidade indígena Xokleng.

A conquista foi viabilizada pela Uniplac e pelo Banco da Família, a partir do sonho coletivo das mulheres da aldeia que encontraram no futebol um caminho para a saúde física e emocional, além de uma ferramenta de fortalecimento cultural e social.

A ideia nasceu da iniciativa de jovens mulheres indígenas que buscavam alternativas para lidar com desafios como ansiedade, autoestima e falta de espaços de lazer. Através do esporte, elas criaram um projeto de futsal feminino que hoje inspira meninas e adultas a sonharem juntas.

Para Jéssica Priprá, coordenadora do projeto Atlético Xokleng, o campo representa muito mais que grama e traves. “Este espaço nasceu de uma iniciativa feminina e carrega o nosso sentimento de luta.

Antes precisávamos sair da aldeia e enfrentar dificuldades para jogar. Agora temos um campo que é nosso, onde podemos treinar, sonhar e cuidar da nossa saúde emocional. O futebol tem nos ajudado a enfrentar a ansiedade e nos unir como mulheres e como comunidade.”

A atleta Luana Vanhmuzy Priprá reforça a dimensão transformadora do futebol. “Para nós, mulheres indígenas, jogar é muito mais do que competir. O campo nos dá confiança, fortalece a autoestima e cria oportunidades para que as meninas que vêm depois de nós acreditem que também podem sonhar. É um espaço de cura, de alegria e de pertencimento.”

Celebração de um ano
No último sábado (23), a comunidade celebrou o primeiro aniversário do campo com o amistoso entre Atlético Xokleng e Real Minas, o segundo time feminino formado dentro da aldeia, fruto direto da construção do espaço esportivo.

A programação também incluiu uma roda de conversa promovida pela Uniplac e pelo Banco da Família, reunindo profissionais de diferentes áreas com as atletas para dialogar sobre autoestima, saúde emocional, carreira e futuro no esporte.

Mais do que uma festa, a data reafirmou que o futebol feminino indígena é hoje um símbolo de resistência, identidade e transformação social, capaz de gerar novas oportunidades e fortalecer gerações de mulheres na Terra Indígena Laklaño.

“Esse projeto mostra a força das mulheres indígenas quando se unem em torno de um propósito. O Banco da Família tem orgulho de apoiar uma ação que impacta a saúde emocional, amplia horizontes e fortalece a comunidade através do esporte”, destacou Isabel Baggio, presidente do Banco da Família.

Já o reitor da Uniplac, professor Kaio Amarante, ressaltou o papel da universidade no apoio ao protagonismo feminino. “A Uniplac acredita na transformação que nasce da educação, da ciência e da extensão. Ao apoiar este campo, reconhecemos o valor das mulheres da aldeia, que fizeram de um sonho coletivo um legado para toda a comunidade. Esse é um exemplo de como iniciativas femininas podem gerar impacto profundo e duradouro.”
Fotos: Jary Carneiro Jr

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