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Coral 73 anos, o bairro cidade

  • Nilton Wolff

Marin, Sens, Dalmolin, Marcon, Schmidt e Faccina. Esses são alguns sobrenomes que ilustram placas de empresas na região do Coral, em Lages. Eles evidenciam principalmente a contribuição italiana e alemã na formação do bairro, que completa 73 anos no dia 1º de maio. Na região, a pujança dos setores de comércio e serviço surpreende, fruto do trabalho árduo de homens e mulheres, que acreditaram e transformaram a região em uma das principais da cidade.

Ao caminhar pelas ruas, percebe-se uma enorme diversidade de produtos e serviços. Nada falta ao morador do Coral. São lojas, farmácias, laboratórios, restaurantes, supermercados, lotéricas e uma bem estruturada rede de comércio e serviços voltada às autopeças, a maior da cidade. Tanto, que na década de 1980, Lages era considerada o principal polo distribuidor de autopeças do Sul do Brasil, mérito das empresas do Coral. Atualmente, o bairro se mantém como referência do setor.

Toda essa diversidade se reflete em qualidade de vida. A principal avenida, a Luiz de Camões é arborizada e bem sinalizada. As ruas secundárias também possuem boa infraestrutura, o mesmo pode se observar em relação a casas e prédios.

Há décadas, o Coral era o maior bairro da cidade também em extensão. Depois ficou menor em função do desmembramento do Sagrado Coração de Jesus, em 1956 e do Caravágio, em 1983.

Não é de hoje que o bairro tem autossuficiência. Quando completou 50 anos de existência, a comunidade se mobilizou para emancipar o bairro de Lages. Na época, a proposta não ecoou junto ao governo que teria que constituir o bairro em cidade e liberar muitos recursos para que isso se efetivasse. Mesmo não conseguindo se emancipar, o bairro continua crescendo. Muitas pessoas moram e trabalham no Coral, sem ter a necessidade de ir ao Centro.


A região é uma das mais desenvolvidas da cidade       Foto: Nilton Wolff/


Uma homenagem aos imigrantes

Como a origem do Bairro Coral teve forte influência dos migrantes italianos, vindo do Rio Grande do Sul, o entroncamento entre as avenidas Dom Pedro II e 1º de Maio foi o local escolhido para a instalação de um monumento em homenagem a essas pessoas, que vieram de outros países e cidades para contribuir com o desenvolvimento de Lages.

O autor da obra foi o escultor lageano José Cristóvão Batista e a inauguração ocorreu em 24 de maio de 2002. Na época, a Prefeitura de Lages enfatizou que "a colonização e consequente povoação se deu por intermédio da miscigenação de raças, culturas e costumes, representado pelo homem branco, de origem portuguesa, vindos da Província de São Paulo, mestiços das missões guaraníticas, vindos da Província de São Pedro (RS), negros, índios e nômades.

Desde o início de sua povoação a cidade, por estar localizada em uma região rica em pastagem, mantém como uma das bases de sua economia a atividade da exploração pastoril. Mais tarde sofreu grande influência dos italianos, que tinham uma visão voltada para a extração da madeira, e dos alemães, nas atividades de beneficiamento da madeira, indústria moveleira e construção civil."

Fonte: site Prefeitura de Lages


Monumento é homenagem aos imigrantes de várias nacionalidade    Foto: Nilton Wolff

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