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Nome do bairro é uma sigla

A origem do nome Coral surgiu da sigla Companhia Rosário Abastecedora Ltda, inaugurada em 1º de Maio de 1948, na antiga Avenida 3 de Outubro, nº 55. A empresa pertencia a Tito Varela Ramos e João Pucci. Era o único posto de abastecimento da região. Junto ao posto existia uma oficina mecânica. O local também comercializava baterias, molas, pneus e autopeças. Praticamente na mesma época se instalou um dormitório e um restaurante em anexo, formando um centro de atendimento para quem passava pela região.

O empreendimento deu origem ao bairro que cresceu a sua volta. Ele ficava na sinaleira entre as avenidas Luiz de Camões, Presidente Cargas e Dom Pedro II. Quando os seus proprietários registraram o endereço telegráfico: CO: Companhia, R: Rosário, A: Abastecimento, L: Limitada. Na época, o telégrafo era um importante meio de comunicação.

Com o passar dos anos, o bairro tornou-se referência com um comércio diversificado, principalmente voltado ao setor de autopeças. Na década de 1980, Lages chegou a ser considerada a maior distribuidora de autopeças do Sul do Brasil, título conquistado graças as empresas implantadas no Coral e que continuam importantes até hoje. Dentre as referências da época, estavam a Engrenaco e a Real Acessórios.

O bairro cresceu muito e chegou a ser o maior de Lages em número de habitantes e em área. Mas depois foi desmembrado em outros. Mesmo assim, o Coral se mantém como um dos mais importantes da cidade.


A região antes do bairro

Segundo o escritor lageano Armando Ramos, o primeiro agrupamento de pessoas no local hoje chamado Coral aconteceu por volta de 1907 e 1908 existindo apenas alguns moradores, sendo identificados: Pedro Nicolau Schimidt e Pedro Steffen. Havia também uma senhora que alugava os potreiros para os fazendeiros depositarem seus animais durante a noite, quando vinham a cidade ou quando transportavam gado de um lugar para outro.

As terras do bairro estendiam- se de uma margem à outra dos rios Carahá e Passo Fundo a oeste e rio Ponte Grande a leste. A região era conhecida por Várzea em virtude da topografia: região plana coberta de vassoural; áreas de banhado e capão de mato. A mata ciliar do Ponte Grande não atingia toda a extensão das margens.

Desde os primeiros registros históricos até 1º de maio de 1948 a região recebeu os seguintes nomes: Várzea, Ponte Grande, Transversal Conta Dinheiro, Bairro Conta Dinheiro e Coral.


A influência da BR-2

A antiga BR-2 passava pela região da Coxilha Rica e cruzava no meio da cidade de Lages, precisamente pelas avenidas Santa Catarina, Dom Pedro II e Luiz de Camões. O transporte de cargas e a movimentação de passageiros se dava pela rodovia, que perdeu importância com a inauguração da pavimentação da BR-116, na década de 1960.

Esse movimento impulsionou o desenvolvimento ao longo da rodovia, que era utilizada até para a corrida de automóveis, com partida em Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul e chegada em Lages. Isso tudo em chão batido.

Em Lages, o crescimento na extensão da rodovia se deu de forma desigual. A primeira avenida a despontar foi a Luiz de Camões, a partir da instalação da Companhia Rosário Abastecedora Ltda. Nas décadas de 50 e 60 a movimentação de pessoas era grande na região, o que atraiu a atenção de italianos que residiam no Rio Grande do Sul. Foi desta forma que muitas famílias migraram para tentar a vida em Lages fazendo surgir o Bairro Coral.

O desenvolvimento da Avenida Dom Pedro II ocorreu em pontos isolados e somente nas últimas décadas foi que suas margens foram quase que totalmente tomadas por empresas e residências. Na sequencia , a Avenida Santa Catarina passou pelo mesmo processo.


Local concentrava movimento de caminhões e automóveis em função da estrutura implantada às margens da BR-2

Foto: Acervo Museu Thiago de Castro

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