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Indústria

Construção Civil impulsiona geração de empregos em Santa Catarina

Neste 26 de outubro, comemora-se o Dia do Trabalhador na Construção Civil, setor em franco desenvolvimento em Lages e em toda Santa Catarina, boa fase comprovada pelos números divulgados pelo Observatório da Fiesc e do Ministério do Trabalho e Emprego. 

Em agosto, segundo o Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), 1.648 pessoas trabalhavam no setor, em Lages, contando-se apenas os empregos diretos.

Mas a construção civil movimenta também o Comércio, Serviços e a Indústria. Em Santa Catarina o setor gerou 10.482 novos empregos somente nos primeiros cinco meses deste ano.   

O salário médio de um trabalhador da construção civil em Santa Catarina é de R$ 3.437, o que é 4,5% maior que a média nacional de R$ 3.093. 

O setor da construção civil é um indutor do crescimento do país e tem grande potencial de geração de empregos. Em 2023, o setor apresentou crescimento de 1,2% e a expectativa para 2024 é de 2,9%. 

De acordo com dados recentes do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e do Observatório Fiesc, a Construção Civil está entre os cinco setores que mais geraram empregos em Santa Catarina no período de janeiro a maio de 2024.

Os segmentos que acompanharam esse crescimento foram, o Têxtil, confecção, couro e calçados, com 8.154 empregos; o de Alimentos e bebidas, com 4.970 empregos; o de Madeira e móveis, com 3.199 empregos; e o de Produtos químicos e plásticos, com 2.904 empregos.

No Conselho de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (Crea-SC), esse crescimento é evidenciado pelas emissões de ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica) no período de janeiro a junho deste ano.

Nesse intervalo, foram emitidas 123.815 ARTs na modalidade Civil, sendo 55.078 referentes a projetos e 59.216 à execução, registrando um aumento de 8,5% em comparação ao mesmo período de 2023, com um crescimento de 6,2% nas ARTs de Execução e 6,8% nas ARTs de Projetos.

Para o presidente do Crea-SC, engenheiro Kita Xavier, o setor de construção civil é fundamental para a recuperação econômica e o desenvolvimento regional.

“A construção civil tem sido um motor essencial para a geração de empregos em nosso estado. Os números mostram que, mesmo em tempos desafiadores, o setor continua a oferecer oportunidades de trabalho e a contribuir para o crescimento sustentável de Santa Catarina. Devemos continuar a apoiar e incentivar iniciativas que promovam o desenvolvimento da infraestrutura e a capacitação profissional, garantindo que nossa economia se mantenha forte e dinâmica”, afirmou.

Até 2027, em SC, setor precisa de 77,5 mil profissionais

Para atender a demanda da indústria de Santa Catarina nos próximos três anos, será necessário qualificar 953,4 mil trabalhadores entre 2025 e 2027, indica o Mapa do Trabalho Industrial divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O estudo mostra que o estado precisará de 151,1 mil profissionais com uma nova formação para atender o ritmo de criação de empregos e a reposição de pessoas que deixarão o mercado de trabalho formal.

As projeções também mostram que 802,3 mil trabalhadores precisarão de treinamento e desenvolvimento para atualizarem as competências nas funções que já desempenham na indústria e que também são demandadas por outros setores.

A qualificação envolve o desenvolvimento de competências técnicas (domínio de máquinas, equipamentos e softwares), comportamentais (pensamento crítico, inteligência emocional, criatividade e inovação) e ações de saúde e segurança no trabalho.

Fabrízio Pereira, diretor do Senai/SC, diz que o Mapa mostra a importância da qualificação contínua. Ele observa que trabalhadores qualificados melhoram a própria condição e ajudam a impulsionar a atividade econômica. “O mundo do trabalho se transforma rapidamente, e as habilidades dos trabalhadores precisam acompanhar este movimento.”

Em Santa Catarina, existem 60 mil indústrias. Elas empregam 900 mil pessoas e representam 27% da economia.


ATIVIDADES

O Mapa do Trabalho Industrial também mostra as áreas que, entre 2025 e 2027, terão maior demanda por profissionais:

Logística e Transporte (224,9 mil), com oportunidades para técnicos de controle da produção, motoristas de veículos de cargas, almoxarifes e armazenistas, entre outros.

Operação industrial (116,3 mil), que são profissionais que atuam como alimentadores de linhas de produção, embalagem, etiquetagem, trabalhadores de carga e descarga de mercadorias.

Metalmecânica (86,5 mil), com a necessidade de montadores de veículos automotores (linha de montagem), trabalhadores de soldagem e corte de ligas metálicas, trabalhadores da pintura de equipamentos, veículos, estruturas metálicas e de compósitos.

Construção (77,5 mil), para atuar como profissionais na operação de máquinas de terraplanagem, ajudante de obras civis, trabalhadores de estruturas de alvenaria, fundações, entre outros.

Têxtil e Vestuário (70 mil), com necessidade de operadores de máquinas para costura de peças do vestuário, trabalhadores da preparação da confecção de roupas, operadores de tear e máquinas similares.

NACIONAL

No país, para atender a demanda da indústria até 2027, será necessário qualificar 14 milhões de profissionais: formação de 2,2 milhões novos trabalhadores e requalificação de 11,8 milhões que já estão no mercado. 

No período, as áreas que mais devem contratar serão logística e transporte (474,6 mil), construção (364 mil), manutenção e reparação (179,4 mil), operação industrial (181 mil) e metalmecânica (175,4 mil). 

Com informações da Fiesc e do MTE


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