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Professora-doutora Cristina Yamaguchi é convidada a participar de livro sobre mulheres na ciência
O Estúdio Folha conversou com a professora-doutora, pesquisadora e coordenadora do Mestrado em Sistemas Produtivos, Cristina Keiko Yamaguchi sobre a participação dela em mais um livro que destaca a presença das mulheres na ciência.
Folha da Serra_ A senhora já lançou um livro, já participou de outro, escreveu e publicou vários artigos, e agora veio esse convite. Gostaria que a senhora falasse um pouco sobre esse convite.
Cristina Keiko Yamaguchi _ Esse convite veio da Editora Leader, de São Paulo. Essa editora trabalha com edições de mulheres e essa é uma série especial para mulheres que trabalham para diversos segmentos. Nesse caso específico, é um e-book, uma coletânea de profissionais da ciência. Recebemos esse convite justamente para montar um capítulo que trabalha as mulheres na ciência.
Qual o propósito desse livro, exatamente?
Para, justamente, mostrar a trajetória da mulher na pesquisa, no desenvolvimento da ciência, quais foram os desafios dela, quais são as expectativas também dessa profissional. E é justamente nesse contexto que a gente está participando com o capítulo do livro da mulher estudando na ciência.
A senhora já tem o material pronto? O que a senhora vai abordar capítulo que lhe foi destinado?
Eu estou elaborado ainda. Então, recebi o convite faz poucos meses e agora estou no processo de estruturação desse capítulo. É um capítulo que tem em torno de 10 a 12 páginas, mais ou menos que, justamente, mostra a minha trajetória. Como que foi sair, porque eu sempre trabalhei no mercado, dentro das empresas e não tinha esse viés, esse domínio da ciência e da pesquisa. Então, a partir do momento em que eu comecei a estudar, a fazer o mestrado, fui convidada a dar aula na universidade. Posteriormente, fiz o doutorado. Com isso, então, foi a minha caminhada para a ciência.
Posteriormente, eu passei em um processo seletivo fora de Lages, exatamente para coordenar o mestrado. O mestrado e o doutorado são justamente para isso, para estimular no desenvolvimento de pesquisas. Foi quando eu aprendi a fazer pesquisa, fazer ciência, exatamente, como profissão.
Eu não tinha ideia dessa profissão de pesquisadora e de profissional da ciência. E esse capítulo vai tratar sobre isso, como é que foi a minha trajetória, quais são os caminhos que eu segui para poder chegar nesse papel de pesquisadora, nessa atuação de docente e pesquisadora. E esse e-book vai mostrar isso.
Paralelo a isso, mostrar a trajetória, dar algumas dicas, alguns conselhos, mostrar os prós e contras dessa profissão. É uma profissão árdua, para as mulheres. Estar na ciência hoje é um desafio enorme. Demanda muito foco, muito investimento em si mesmo e precisa de muita parceria. Parceria nacional e internacional, para justamente fomentar excelentes pesquisas, que possam contribuir para a ciência e para o mercado.
É uma profissão árdua, mas também bem recompensadora, não é professora?
Muito compensadora. No momento de participar de um projeto de pesquisa, com outros colegas, a gente vai pela vontade das descobertas. A pesquisa e a ciência nos ajudam a não ter falas de senso comum, mas embasadas em ciência, em teorias, em estudos. E, a partir disso, geram-se futuras pesquisas. E isso vai trazendo resultados bastantes interessantes para o desenvolvimento de determinado tema. Eu gosto de trabalhar, por exemplo, no tema de desenvolvimento local e regional, na área de gestão, na área de sustentabilidade.
Então, são áreas assim que efetivamente estão ligadas muito às empresas e às organizações. Todo esse caminho, todo esse processo é compensado lá na frente com os resultados que podem ser aplicados para melhorar todas essas questões na empresa, na escola, na comunidade, enfim.
Porque, posteriormente, após a pesquisa, além da aplicação prática que a gente coloca no mercado, na empresa, ou junto aos nossos alunos, que a gente traz os nossos alunos para a pesquisa. Eu sempre digo que o nosso legado maior é termos os nossos alunos e que eles, efetivamente, quem gosta, se insira na pesquisa.
E quando a gente publica isso em uma revista, por exemplo, nacional ou internacional, é porque aquele tema teve uma relevância. E isso é uma contribuição que a gente traz além do local, do regional, nacional e internacional,
A professora Cristina também é a coordenadora do mestrado em sistemas produtivos, aqui da Uniplac, um mestrado que é uma parceria entre universidades. A senhora poderia falar um pouco sobre isso?
O mestrado em Sistemas Produtivos ocorre de forma associativa, desde 2016, entre a Uniplac, que é a proponente; a UNC de Curitibanos; a Universidade do Contestado (UNC); a Universidade do Extremo Sul-Catarinense (Unoesc), de Criciúma; e a e temos a Universidade da Região de Joinville (Univille).
E esse modelo de forma associativa enriquece muito as aulas, porque os professores são de quatro regiões diferentes, cada disciplina é trabalhada por quatro professores e temos troca entre alunos de quatro regiões diferentes.
São regiões diferentes, são formas diferentes de fazer. Isso, porque cada região tem seus valores, cada região tem o seu negócio, sua forma, os segmentos que eles atuam. Isso faz com que essas trocas sejam muito ricas.
Nós temos encontros presenciais semestrais, que é quando vêm professores e alunos das demais universidades e estaremos os recebendo agora, nos dias 8 e 9, aqui na Uniplac. É um momento de integração, de apresentação de projetos. Todos aprendem com isso e todos contribuem com isso também.
Voltando um pouquinho lá para o livro, já tem data para lançamento?
Ainda não, ainda não. Mas, provavelmente, será no ano que vem, em São Paulo, e eu espero conseguir estar presente, representando a nossa cidade, a nossa Uniplac.
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