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Sindimadeira

Instalação da Berneck solidifica o setor

  • Paulo Cesar da Costa, presidente do Sindimadeira

    Sindimadeira / Divulgação

O trabalho de montagem dos equipamentos deve iniciar em janeiro de 2021 e a primeira chapa de madeira será produzida entre os meses de outubro e novembro do mesmo ano. Essa é a previsão do cronograma de instalação da empresa Berneck. Mas além de obras físicas, na avaliação do Sindimadeira, o investimento dá solidez ao setor madeireiro da região. 

O canteiro de obras está instalado próximo da unidade da Seara às margens da BR-116 e chama a atenção pelo tamanho. Com um investimento aproximado de R$ 1 bilhão, a previsão é que a nova unidade gere cerca de 600 empregos diretos e mais 1,5 mil empregos indiretos.

A fábrica terá capacidade de produzir 570 mil metros cúbicos de MDF por ano, sem revestimento melamínico. O foco é atender indústrias de móveis, construção civil, segmento automotivo, eletrônica e embalagens. A primeira chapa deve ser produzida ainda em 2021, entre outubro e novembro. O parque fabril também terá capacidade de produzir outros 450 mil metros cúbicos de serrados por ano.


Paulo Cesar da Costa


Folha da Serr: A economia da região está diversificada, mas o setor madeireiro/florestal continua forte. Como o senhor analisa essa participação na economia? 

Paulo César da Costa: O setor madeireiro/florestal é o que mais emprega direta e indiretamente dentro da economia da região. São mais de 4.000 empregos diretos que consolidam esta indústria e sua cadeia de prestadores de serviços e fornecedores com uma participação significativa do Produto Interno Bruto da região. Além do mais também se constitui desde a época do araucária com um dos pilares da formação econômica da maioria dos Municípios da Serra Catarinense. 


São empresas que investem em tecnologia?

São centenas de empresas, dentre, pequenas, médias e grandes, que participam do setor, de forma extremamente diversificada, atuando desde o plantio da árvore até a produção de inúmeros produtos na área de celulose, papel e madeira que atendem os clientes dentro de todo Brasil e mais de 40 países do exterior. O investimento em novas tecnologias tem que ser permanente para poder competir a nível mundial, trazendo também o benefício de uma série de industrias da área metal mecânica e de softwares que nasceram para atender esta demanda. 


Como o senhor analisa a instalação e a participação da Berneck nesse contexto? 

A instalação da Berneck irá solidificar e diversificar ainda mais o setor. Dará mais dinamismo e criará mais competitividade em diversos mercados, desafiando a capacidade das empresas da região de serem, também, mais eficientes para se manter, e ao mesmo tempo criará outras demandas que agregam valor para a cadeia produtiva da madeira.   

Quais são os desafios futuros do setor?

Ser cada vez mais competitivo na área industrial, automatizando o máximo seu processo e especializando sua mão de obra, melhorando a logística e mecanização da colheita mas principalmente investindo pesado na base florestal. Estes objetivos são desafiadores, especialmente o incremento da floresta, pois trata-se de um investimento de longuíssimo prazo de retorno. O incentivo governamental, tanto tributário como o de facilitação da burocracia ambiental são importantes para o setor alcançar suas metas futuras.


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