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Salto Caveiras: Pesca esportiva é alternativa para combater pesca predatória

Integrantes do Projeto Tio Cesar Bairros estão, regularmente, soltando alevinos nas águas do Salto Caveiras, em Lages. O objetivo é repovoar o local, já que a quantidade de peixes é considerada muito baixa em função da pesca predatória. Mas, além desta ação, a solução definitiva seria estimular a pesca esportiva, atividade que além de atrair turistas e movimentar a economia não degrada a população de peixes.

A iniciativa conta com a participação de 80 pessoas de vários municípios catarinenses e é coordenada por Fábio André Posselt Scorsatto. "A ideia do projeto surgiu em um mau dia de pescaria. Faço o trabalho de guia de pesca e estava com um pessoal de Porto Belo e de Blumenau. Eles perguntaram porque tinha tão pouco peixe. Expliquei que aqui (em Lages) muitas pessoas fazem pesca predatória, com redes e catueiros."

Segundo Fábio, mesmo na época da piracema, quando os peixes migram para encontrar o local ideal para se reproduzir, alguns deixam as redes armadas noite e dia. Esses pescadores se valem da falta de fiscalização. "Não tem uma fiscalização constante. A gente sabe das deficiências da Polícia Ambiental em relação ao contingente e a estrutura para atender todos os municípios e todas as coisas que precisam fazer," lamenta.

Diante da situação, a pesca esportiva é uma alternativa. É a modalidade onde o turista não leva o peixe para casa, leva somente a foto. Mas para isso, o coordenador afirma que se faz necessária a criação de uma lei de proteção para a traíra, peixe que se desenvolve bem em represas e atende os requisitos da pesca esportiva.

"Imagina trazer uma etapa do Campeonato Brasileiro de Pesca Esportiva para Lages. Seria fantástico para quem tem hotel, pousada, posto de gasolina. Mexe com a economia da cidade. Existem várias cidades no Brasil que fazem competições com outros tipos de peixes. É a forma de deixar o peixe na água e combater a pesca predatória."


O que já foi feito

A última ação do Projeto Tio Cesar Bairros ocorreu no sábado, 11 de dezembro. Foram soltos 1.400 alevinos de traíras, 100 jundiás e 230 carpas. A ação foi no Recanto do Baú, localidade de Ilhota. Até o final do mês de janeiro Fábio pretende soltar mais mil traíras, atividade que depende da contribuição dos demais parceiros do projeto, que tem o apoio da Prefeitura de Lages e da Polícia Militar Ambiental.

O projeto teve início no ano passado e já foram realizadas três ações com esta de sábado. "Esta é uma iniciativa da comunidade do Salto Caveiras, mas estamos em busca de novas parcerias para que sejam realizadas outras ações em prol do meio ambiente. Também queremos trazer e incentivar as crianças sobre os cuidados com nosso meio", afirma Fábio.

Outros apoiadores do projeto são a Associação de Moradores do Salto Caveiras, Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina, Epagri, Polícia Militar Ambiental, Sindicato Municipal dos Professores de Lages (Simproel), além de empresas particulares que patrocinam as ações.

Piracema: Pesca fica restrita até o dia 31 de janeiro

Em Santa Catarina, o período da Piracema teve início em 1º de outubro e segue até o dia 31 de janeiro de 2022. É neste período que ocorre a subida dos cardumes para as áreas de cabeceira dos rios onde se dá a desova. É uma temporada de restrições na pesca, para que as espécies sejam preservadas. Por essa razão, a atividade de pesca fica restrita.

A palavra Piracema é de origem indígena: pira=peixe e cema=subida. Devido a esse período ocorre maior empenho dos órgãos de fiscalização, uma vez que o baixo volume de água, característico da época, facilita ainda mais a captura dos peixes durante a subida para desova.

Os governos federal e estadual instituem durante a Piracema o período de Defeso para rios e águas continentais (cada bacia hidrográfica possui legislação específica). Por isso é tão importante a proteção dos peixes na época da Piracema.


O que é permitido

A pesca poderá ser realizada em rios da bacia, somente na modalidade desembarcada e utilizando linha de mão, caniço simples, vara com molinete ou carretilha, com o uso de iscas naturais e artificiais nas áreas não restritas.

A legislação prevê a pesca em reservatórios na modalidade embarcada e desembarcada, de espécies não nativas e híbridos, com linha de mão ou vara, caniço simples, com molinete ou carretilha, com uso de iscas naturais e artificiais e o transporte de pescado ou material de pesca por via fluvial somente em locais cuja pesca embarcada seja permitida.

Fonte: Piratuba FM

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