A chuva cessou ontem em algumas regiões do Estado, porém o engenheiro agrônomo da Climaterra, Ronaldo Coutinho, alerta para piora a partir de hoje (6).

Para ele, nas próximas 96 horas pode ocorrer  “verdadeiramente um desastre”. Na sexta-feira (6) a chuva volta a Santa Catarina, atuando com certa intensidade, principalmente em áreas próximas ao Rio Grande do Sul, Serra e Sul do Estado e aumentando no período da tarde e noite, informa Coutinho.

O retorno dos temporais se dá pela intensificação do fluxo de ar quente e úmido da região amazônica juntamente com a presença de sistemas de baixa pressão, explica a Defesa Civil.

A chuva, pontualmente intensa e volumosa, pode vir acompanhada de trovoadas, fortes rajadas de vento e eventual queda de granizo, risco moderado a alto para ocorrências associadas a alagamentos, enxurradas e deslizamentos.

Apesar da chuva, o dia será relativamente quente, com mínimas que oscilam entre 15°C e 22°C no Grande Oeste e áreas costeiras e variam entre 9 e 15°C nas demais regiões.

As máximas variam entre 19 e 32°C no Grande Oeste, Planaltos e no Alto Vale do Itajaí e marcam entre 16 e 20°C no restante do estado.

Chuva forte no fim de semana

No decorrer do sábado (7), os temporais se intensificam. “Chuva forte em todo o Estado, pega todo o Vale do Itajaí, Serra, Litoral, Grande Florianópolis, Oeste e Meio-Oeste. Chuva significativa, tá?”, aponta o engenheiro agrônomo.

As instabilidades se intensificam pela atuação de uma frente fria, que somada aos outros fenômenos, contribui para o aumento dos temporais em todas as regiões, com acumulados pluviométricos elevados, acompanhados de muitas descargas elétricas e episódios pontuais de vento forte e eventual queda de granizo.

A Defesa Civil alerta para risco alto a muito alto para ocorrências associadas aos temporais e às chuvas fortes, incluindo deslizamentos, alagamentos e enxurradas. As mínimas variam de 11 a 21ºC e as máximas de 19 a 26ºC.

No domingo, os acumulados de chuva se espalham para as demais regiões de SC, com números entre 100 mm e 150 mm entre o Vale do Itajaí, Litoral Norte, Planalto Norte e Grande Florianópolis. O risco é alto para ocorrências associadas a enxurradas, inundações graduais e deslizamentos.

Das três ondas, apenas uma passou

As chuvas dos últimos dias causaram inundações, enxurradas, deslizamentos e quedas de barreira em rodovias. Essa foi considerada a primeira onda. A Defesa Civil alerta que a segunda virá entre sexta-feira e domingo e a terceira na próxima semana. Como o solo está encharcado, rapidamente os problemas devem surgir. 

Lages 

Durante esta semana, o Rio Carahá, que corta a cidade, subiu, mas não provocou alagamentos. Mesmo assim, a Defesa Civil está em alerta máximo em decorrência das previsões.

Situação semelhante vivem os municípios da Serra Catarinense. Muitos são afetados por grandes rios que cortam a região. 

Lages habitualmente registra problemas com os rios Carahá e Ponte Grande, que têm suas águas represadas pelo Rio Caveiras. Correia Pinto e Otacílio Costa enfrentam problemas com o Rio Canoas. As inundações ocorrem, geralmente, quando o clima já está firme, mas as águas continuam subindo. 

Até ontem, o trânsito fluia bem entre os municípios da Serra, mas a rodovia SC-110, entre Urubici e São Joaquim foi interditada devido a um deslizamento de terra.  

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​Fonte: NDMais / Defesa Civil 

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