O Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, de Lages, recebeu oficialmente duas certificações importantes nesta semana. Em ato realizado no Orion Parque Tecnológico, na tarde de segunda-feira, ocorreu a solenidade de Acreditação do Nossa Senhora dos Prazeres como hospital Acreditado pelo ONA e como Centro de Referência Internacional do AVC.

A certificação pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), que é a maior certificação do país, tem reconhecimento internacional. Em Santa Catarina, apenas 13 hospitais são contemplados com essa referência. Já a ala de AVC do hospital, após passar por criteriosa avaliação, foi certificada pela World Stroke Organization (WSO), junto à Sociedade Ibero-Americana de Doenças Cerebrovasculares (SIECV).

O título classifica como excelente o trabalho realizado pela Ala AVC, e por toda a equipe de apoio, no tratamento de pessoas vítimas de acidente vascular cerebral. Para o paciente, é a certeza que todos os meios disponíveis serão utilizados para que a sua recuperação seja a mais rápida e completa possível.

O médico Gibrail Antunes, que responde como diretor do setor de neurologia, explica que para receber essa certificação o hospital tem que ser completo no tratamento do AVC. "Não basta o paciente chegar e a gente tratar. Precisa ter toda uma estrutura, uma organização, que começa quando o paciente está em casa e sente os primeiros sintomas."

Desta forma, quando os profissionais do Samu chegam na casa do paciente e percebem sintomas de AVC, imediatamente comunicam o hospital, informando as características da pessoa e o tempo previsto de chegada ao hospital. Os demais processos de diagnóstico, cirurgia e recuperação também são integrados, de forma a facilitar o pronto atendimento e a recuperação do paciente.

Obras

No evento, que reuniu parte da equipe do hospital, a diretora Andréia Berto explicou que o hospital possui 106 anos e que, ao longo dos anos, foi ampliado aos poucos. A nova obra em andamento, vai permitir a ampliação do número de leitos de UTI, parte que deve ser entregue ainda este ano. "Pacientes que fazem cirurgias de alta complexidade precisam ser internados em UTI e receberem acompanhamento de equipes especializadas. Atualmente muitas cirurgias deixam de ser feitas em função de leitos."

Ela também comentou que parte da atual estrutura será reformada para atender pacientes de planos de saúde e particulares. Existem muitas reclamações a respeito. Como o hospital é filantrópico, 70% dos atendimentos são realizados via SUS. "Além do novo bloco, já iniciamos a reforma da estrutura existente pelos corredores. É que o piso estava muito estragado e como todos os pacientes são transportados em cadeiras de roda ou maca, essa situação colocava em risco a segurança dessas pessoas."