Inscrito pela Professora Schayla Pissetti, o artigo foi aprovado e selecionado para apresentação no congresso, que ocorrerá em Curitiba – PR.

De 1º a 4 de setembro, Curitiba (PR) sediará o Congresso Nacional de Educação – XVII EDUCERE 2025, um dos maiores encontros acadêmicos do país na área educacional.

Entre os trabalhos aprovados para apresentação, está o artigo “Projeto Meninas nas Engenharias: fomento ao protagonismo feminino desde o Ensino Fundamental”.

Atualmente em andamento, o projeto é coordenado pela sua autora, a professora Daiana Petry Ruffato (UDESC), com a colaboração da UNIPLAC, UFSC, Secretaria Municipal de Educação de Lages e Secretaria Estadual de Educação de Santa Catarina, além de bolsistas de graduação e pós-graduação.

A participação no Congresso Nacional de Educação – EDUCERE, exige a submissão de um trabalho sobre um projeto ou programa em desenvolvimento, que, se aprovado, será apresentado durante o evento.

A professora Schayla Letyelle Costa Pissetti, doutora em Educação (UDESC/UNIPLAC/SMEL), escreveu e inscreveu um projeto sobre o programa “Meninas nas Engenharias”, como autora principal, pois a mesma atua como coordenadora pedagógica no programa, que conta como coautores com Daiana Petry Ruffato, doutora em Engenharia Elétrica (UDESC); Cristian Roberto Antunes de Oliveira, doutor em Educação (UNIPLAC/ SMEL); Thiago Spindola Coelho, mestrando em Ciências Ambientais(UDESC); e Emilly Lima Albuquerque, graduanda em Engenharia Ambiental (UDESC).

Sobre o projeto
Popularmente conhecido como AgroEngTech, o projeto é apresentado no artigo na forma de relato de experiência, descreve a trajetória do Projeto Meninas nas Engenharias desde sua origem até a atual fase de implementação. A iniciativa surgiu com o intuito de criar oportunidades para que meninas estudantes do sistema público de Lages (SC) possam vivenciar experiências práticas nas áreas das ciências exatas, envolvendo tecnologia, engenharia, inovação e sustentabilidade.

Ao oferecer formação técnica básica, as participantes têm contato com atividades de eletrônica, programação, drones, aplicativos de educação ambiental e ferramentas para o agronegócio, vivenciando conhecimentos práticos que despertam o interesse pelas ciências
exatas e fortalecem a autoconfiança e o protagonismo feminino. 

Impacto e depoimentos
Mesmo em um curto período de execução, já se observam resultados positivos. É possível visualizar um crescimento significativo na autoconfiança e autonomia das estudantes. 

“É uma experiência única. Eu aprendi um monte de coisas que não sabia. Tive uma aula de informática e, antes, eu não tinha nenhum contato com computador, nem nada, agora já sei mexer muito bem” – relata a estudante do 9º ano da EMEB Professor Osni Medeiros Régis, Natyelle Quadros Amaral, sobre a experiência de estar no programa.

Mais do que formar futuras profissionais, o projeto busca romper estereótipos de gênero e ampliar as perspectivas das estudantes, contribuindo para uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva.

Relevância Nacional
Segundo dados recentes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Distrito Federal (CREA-DF, 2023), apenas 20% dos engenheiros cadastrados nos 27 Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia do Brasil são mulheres. Para a professora-doutora Schayla Pissetti, “muito ainda precisa ser trabalhado, principalmente com meninas em situações de maior vulnerabilidade social e econômica".

A aprovação e apresentação no EDUCERE é vista como um marco para o projeto: “ Representa o reconhecimento e a oportunidade de visibilidade nacional à uma experiência de Lages, SC, que transforma realidades locais por meio da educação”, destaca a coordenadora pedagógica, professora Schayla.