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Demolição do Moinho Cruzeiro leva um pouco da história de Lages

  • Foto antiga da cidade mostra as casas baixas, típicas da década de 1940, e como destaque o prédio do moinho

    schl Legenda: Foto antiga da cidade

Quem tem mais de 40 anos e reside na Serra Catarinense, certamente recorda da Farinha de Trigo Caturrita, vendida nos principais mercados e mercearias de Lages. Ela era produzida pelo Moinho Cruzeiro, empresa que não funciona há alguns anos e que ficará apenas na lembrança da população, já que sua estrutura está sendo demolida para dar lugar a outros empreendimentos.

Fotos antigas da cidade mostram as casas baixas, típicas da década de 1940, e como destaque o prédio do moinho, alto para comportar os equipamentos de moagem. Além do trigo, a empresa comercializava grande quantidade de farelo de trigo, usado pelos pecuaristas como complemento da ração animal, principalmente para o gado leiteiro. Um dos clientes do moinho era o empresário Walter Hoeschl Neto, que recorda bem daquela época.

Instalado na Rua Coronel Serafim de Moura, bem no Centro da cidade, o moinho era uma das principais empresas do centro e contribuía para aumentar o movimento de pessoas e veículos, já que estava bem próximo do Mercado Velho, que até 1948 funcionou na praça onde está o terminal urbano. O mercado comercializava praticamente tudo, de gêneros alimentícios a artigos campeiros e de montaria. Desta forma, o fluxo era grande entre os dois locais.

Segundo dados do Museu Histórico Thiago de Castro, apurados pela assessoria de comunicação da Prefeitura de Lages, o Mercado Público atual foi construído entre os anos 1940 e 1948, e é tombado como patrimônio histórico municipal. Sua construção substituiu o Mercado Velho, que ocupava o espaço da Praça Vidal Ramos Sênior, ao lado do Terminal Urbano. Ou seja, por dois anos, no mínimo, as duas entidades estiveram muito próximas.

A cidade foi crescendo e o Moinho Cruzeiro se manteve ativo, apesar das dificuldades em se manobrar as carretas que carregavam e descarregavam no local. Por sorte, a rua é uma das mais largas do Centro de Lages, o que facilitava a logística.


Da origem ao fim

O Moinho Cruzeiro foi construído por Aristides Araldi, na época com o nome de Moinho Ipiranga. A troca do nome veio após a venda do empreendimento, que funcionou por décadas. Depois, com o encerramento das atividades, em 2005 o espaço foi alugado para a empresa gaúcha Moinho Vacaria, que utilizou a estrutura até 2014. Em Lages foi criada a marca Maria Clara para atender a nova demanda da região. Anos depois, em função de nova necessidade de ampliar sua produção, a empresa até cogitou operar novamente em Lages, mas optou em reativar uma unidade antiga em solo gaúcho.


Novo destino ao terreno

Com espaço privilegiado dentro do Centro de Lages, muitas especulações giram em torno do novo destino ao local onde por tantos anos funcionou o Moinho Cruzeiro. Segundo o secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo de Lages, Álvaro Mondadori, ainda não há uma definição para a ocupação do terreno. "Conversei nesta semana com o contador da empresa proprietária, que é de Porto Alegre, e ainda não definiram qual será o destino do terreno. A princípio a área será totalmente limpa e estará disponível para negociação de novos investidores", afirmou o secretário, em matéria publicada no site da Prefeitura de Lages.

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