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Serra Catarinense

Epagri incentiva pequenos produtores a investirem em mirtilo

Cumprindo o objetivo estratégico de promover a agregação de valor para a viabilidade econômica dos empreendimentos rurais, a Epagri incentiva os catarinenses a diversificarem as produções em suas propriedades. E, para isso, realiza eventos nos quais é possível conhecer novas culturas e buscar inspiração com quem já colhe bons resultados.

Exemplo disso foi o Dia de Campo realizado na última quarta-feira, 24 de setembro, em Palmeira, município de 2,7 mil habitantes e distante cerca de 40 quilômetros de Lages. Agricultores de vários municípios foram convidados a visitar a propriedade onde o fruticultor Celso Claudino e o genro, João Carneiro, dão vida à Palm Berries. 

A área de apenas dois hectares - 20 mil metros quadrados - está entranhada em meio a gigantescas florestas de pinus da família. No local, Celso e João cultivam cerca de três mil pés de mirtilo.

Cada um rende, em média, de cinco a dez quilos da fruta. A produção é comercializada em todo o Brasil, e um único quilo é vendido por até R$ 60 no varejo ou R$ 30 no atacado, sem embalagem.

No Dia de Campo, Celso e João falaram sobre suas experiências, esclareceram dúvidas e deram dicas. Mas, mais do que isso, motivaram os visitantes a investirem na pequena, saborosa e saudável fruta que proporciona prazer, saúde e dinheiro. 

“O pinus, por exemplo, é uma cultura de longo prazo. Quem plantar agora, vai começar a ganhar dinheiro daqui a oito ou nove anos. O mirtilo é muito mais rápido. Se plantar agora uma muda boa, no ano que vem já pode colher. O nosso projeto inicial, aqui, era de dez toneladas por hectare. Se o produtor conseguir o mesmo, vai girar em torno de R$ 250 mil por safra”, diz João Carneiro.

“Além de dar dinheiro, a cultura do mirtilo é muito prazerosa. É uma planta fácil de manejar. Como aqui nós não gostamos de veneno e fazemos tudo orgânico, é necessário fazer a roçada manual para manter o pomar sempre limpinho. Mas, no geral, não dá muito trabalho”, completa o fruticultor.

Fruta tem fácil adaptação às características da Serra Catarinense

Com a viabilidade econômica atestada por quem sente os benefícios no bolso, é importante destacar também que o mirtilo é uma cultura que se adapta bem às características da Serra Catarinense.

A extensionista rural Maêve Silveira Castelo Branco, da Gerência Regional de São Joaquim e líder do Programa Fruticultura da Epagri na região, explica que a convivência entre o mirtilo e as florestas de pinus, exatamente como no caso da propriedade visitada em Palmeira, é perfeitamente possível.

“Originalmente, o mirtilo é proveniente da América do Norte, em regiões de sub-bosque, e existe em áreas de matas onde ocorre naturalmente o pinus. E onde não há o pinus, se adapta facilmente também, pois é de cultivo bastante simples. Claro que tem algumas exigências, principalmente em relação ao solo e disponibilidade de água, mas é uma planta que pode se adaptar a pequenas e grandes áreas de cultivo. Por isso, é uma boa alternativa para diversificar a produção aqui na região, o que gera empregos, aumenta a renda e promove a qualidade de vida das famílias”.


“Neste caso, é o mirtilo, uma cultura nova, mas que já está dando resultado. Por isso a importância de oportunizar aos produtores a diversificação baseada no clima da região. A Epagri tem este papel institucional de levar à sociedade as várias possibilidades de cultura.”

José Márcio Lehmann, gerente regional da Epagri em Lages

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