Conciliação oferece grande chance para ressignificar paternidade e temas de família |
Transição ofuscada pelas manifestações
Com as manifestações pelo Brasil e até a falta de lideranças mais expressivas no cenário da sucessão do governo catarinense, a transição para a nova ocupação do Centro Administrativo da capital está gerando pouquíssimas notícias e parece até que nem engrena. É o reflexo dos novos tempos, onde pouco se crê no sistema e paira um desânimo com relação ao que se refere à política. Iniciaremos mais quatro anos de governo, aliás três, porque no último deles às ações, mentes e corações já estão voltados para um novo pleito e tudo recomeça. Tempo curto, é verdade! E se o governante não tiver muito certo do que pretende e como pretende, ele passará sem que faça muita coisa, pois leva quase um ano para engrenar as ações. E tem ainda todas aquelas preliminares onde os governos se ocupam em apontar e criticar as falhas do antecessor. Na realidade, acho que até o governador eleito, Jorginho Mello, se surpreendeu ao chegar no segundo turno e em tamanha vantagem do segundo colocado. Não tem muito compromisso com aliados, porque eles não houveram. O PL saiu sozinho contra, pelo menos duas grandes frentes: uma delas em torno do atual governador Carlos Moisés, tido como favorito, e a outra do ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro. Desbancou os dois e, sem sequer fazer grandes promessas, acabou levando de goleada. Das promessas, lembro especialmente de duas, a de zerar a fila das cirurgias eletivas e, outra, no campo da educação, em que se comprometeu em fornecer ensino superior gratuito em todo o estado, com o compromisso do estudante, após formado, trabalhar um certo período nas instituições públicas. Promessa interessante, embora não se saiba quanto isso custará ao estado e se é viável economicamente. Promete, também, manter os programas do atual governo, incluindo aí o Plano 1000. Mas, o Ministério Público já recomendou sua suspensão e poderá ser barrado até pelo Tribunal de Contas. É esperar para ver! Quanto à composição do novo governo, Jorginho diz que tratará somente no mês que vem. Não há muitas expectativas, sequer há muita especulação a respeito. Da região, temos apenas um nome como sendo certo. O da deputada federal Carmen Zanotto para a pasta da Saúde. Ela já ocupou essa secretaria por duas vezes. Uma no governo Luiz Henrique da Silveira e outra no curto período em que a agora também deputada federal, Daniela Heinehr (atual vice-governadora), esteve no comando do estado. Para uma região tão grande, senão em votos, mas em extensão, a Serra teria muito pouca representação neste governo se apenas Carmen for chamada para o secretariado. Embora ocupará uma das pastas mais importantes do governo.
“Eu sou um político, fui um deputado, um senador, e vou ser um governador a partir de agora, municipalista. Sempre fui, e não estou inventando isso agora. Eu acredito que tudo acontece no município
Governador eleito Jorginho Mello ao definir o perfil de seu governo
Matando a saudade
O deputado federal coronel João Chrisóstomo de Moura foi reeleito pelo PL pelo estado de Rondônia. Ele esteve, essa semana, em Lages para rever os amigos que deixou aqui. Ele viveu aqui por um longo período e até tentou candidatar-se a prefeito, mas não teve êxito. Não encontrou respaldo nem dentro da própria sigla que estava abrigado: o PDT. Voltando à sua terra – ele nasceu no Amazonas, mas hoje a família mora em Rondônia - conseguiu eleger-se deputado federal e agora foi eleito para seu segundo mandato.
O coronel Chrisóstomo, reeleito deputado federal veio a Lages para rever os amigos
Cadê as lideranças comunitárias para debater o orçamento?
Assessoria do vereador Leandro do Amendoim (PL) está tentando dar uma alavancada na atuação do mesmo e, na sexta-feira passada, ele promoveu um encontro com lideranças comunitárias (presidentes da Associações de Moradores) para discutir e levantar emendas para o orçamento de 2023. Não mais do que quatro pessoas – apesar de termos aqui mais de 80 bairros – compareceram ao encontro. Não há muito interesse na participação. Na maioria dos casos, essas lideranças estão lá apenas para buscar o seu próprio espaço no legislativo e não visando melhorar a vida da comunidade.
O vereador Leandro até tentou discutir as emendas ao orçamento com essas lideranças
Assembleia
Mesmo tendo a maior bancada na Assembleia Legislativa para o mandato 2023/2027, o PL informou que não vai indicar candidatos à presidência da Casa. O consenso saiu em uma reunião realizada no início do mês. Nela estavam presentes os 11 parlamentares eleitos pelo partido, além do governador eleito Jorginho Mello (PL). A tendência é de que Mauro de Nadal (MDB) seja o escolhido para comandar a Casa. Assim, o PL abre mão da presidência e ganha força política com o Executivo. E o MDB, como de hábito, fica com um pé no governo.
Mais perguntas
O vereador Gerson dos Santos continua em sua cruzada para desvendar as ações da Secretaria da Agricultura. Ele já fez vários questionamentos: com relação ao programa Porteira Adentro, que era a menina dos olhos do vereador Polaco, quando este estava comandando a pasta. Questionou também a respeito da Unir e tantas outras questões. Todas com endereço certo. Agora, ele quer saber a respeito da atuação do Conselho Municipal do Desenvolvimento Rural.
Mais para quê?
Cerca de 90% das matérias que os vereadores dão entrada na Câmara se referem a operação tapa buraco, desobstrução de bueiros, patrolamento e cascalhamento de ruas e roçadas. Vê se precisamos gastar R$ 14 milhões por ano para fazer esse trabalho. Este é o orçamento do legislativo de Lages de 2022. E ainda há quem defenda que deveríamos ter mais vereadores. Não é um contrassenso?
Furtos
A Polícia Militar já tem um suspeito do caso do furto dos fios de cobre (da rede elétrica) das praças de Lages, que só nos últimos tempos causou um prejuízo de mais de R$ 20 mil. Segundo consta, o suspeito já foi preso duas vezes no último mês e já está solto.
Ceasa em Lages
Vereador Leandro do Amendoim apresentou requerimento solicitando ao governador eleito que inclua em seu programa de governo a implantação de uma unidade do Ceasa em Lages, apontando inclusive o local que poderia receber esse empreendimento: um terreno a ser cedido pela Epagri, próximo ao trevo de acesso do loteamento Vivenda Lages.
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