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Banco da Família completa 26 anos com R$ 2,7 bilhões de recursos liberados em 302 cidades

  • Banco da Família

Uma das mais importantes instituições de microfinanças da América Latina, o Banco da Família, que atua nos três Estados do Sul, completa 26 anos atingindo o marco de R$2,7 bilhões de recursos liberados em 302 cidades. A instituição será homenageada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina dia 12, em Lages, onde nasceu.

Confira a entrevista com a presidente do Banco da Família (BF) e da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), Isabel Baggio.

 

Folha da Serra_ O banco está com 26 anos e já impactou muitas pessoas, para melhorar a vida delas. Gostaria que falasse um pouco sobre essa trajetória.

Isabel Baggio_ Nesses 26 anos, fizemos 450 mil empréstimos, com impacto direto em 1,8 milhão de pessoas; e 2,7 bilhões de reais emprestados.

Individualmente, são cerca de 7,5 mil reais por família. Um crédito usado para investir no seu negócio, ou capital de giro, ou fazer um banheiro, uma cirurgia, pagar alguma coisa, enfim, são recursos para melhorar a estrutura da vida das famílias.

O banco nasceu em Lages, como o Banco da Mulher, e hoje está em outros estados do Brasil.

Nasceu como Banco da Mulher em 1998 e, em 2003, transformou-se em Banco da Família, porque o microcrédito é exatamente para as famílias, então esse nome se amplia.

Nós estamos com operação física nos três estados do Sul, mas temos a operação digital em todo o Brasil há um ano, mais ou menos, mas houve uma deliberação do Conselho para que isso avançasse com mais velocidade, então, todo o Brasil está sendo atendido ou de forma remota, personalizada, ou de forma física, também personalizada, mas sempre monitorado e atendido por uma pessoa chamada agente de crédito.

 Existe planejamento para que esse atendimento presencial se expanda para outros estados também?

Temos um plano bastante ousado para os anos de 2025, 2026 e anos futuros, mas estamos fazendo os nossos planejamentos também para sair da região sul, apesar de ter muito que crescer aqui; para atender fisicamente outros estados.

Hoje o Banco da família oferece muito mais do que apenas microcrédito, tem muitos mais produtos a serem oferecidos.

Estamos descobrindo ao longo do tempo que aquele pequeno negócio estava instalado numa casa, e essa casa precisava de uma melhoria em função do negócio. Aí, começamos com o produto reforma. Fomos percebendo que nossos clientes precisavam de outros serviços microfinanceiros. Começamos a incluir banheiros, reformas de casa, uma casa de madeira simples, pré-fabricada; serviços para saúde, para uma cirurgia emergencial, exames; educação, um curso, uma viagem de estudos, enfim... Há pouco tempo passamos a oferecer crédito para energia solar.

Ainda existem muitos desafios a serem vencidos com relação ao microcrédito e a microfinanças?

Os desafios mais relevantes são conseguir atender de forma mais rápida. O que nos impede de dar mais velocidade ao processo, que é um processo personalizado, não é simplesmente colocar dados em uma plataforma e essa plataforma produzir um score e já liberar o dinheiro. Esse crédito é um pouco mais lento, mas é um crédito mais responsável. Nossos desafios também estão ligados à legislação brasileira, aos programas nacionais que nos restringem ao microcrédito produtivo; à burocracia. Estamos crescendo em torno de 25% ao ano. Mesmo com as dificuldades, seguimos em busca de darmos cobertura ao Brasil todo.

Por maiores que sejam os números que o banco apresenta, ainda tem muita gente possível de ser alcançada com esse tipo de serviço?

As pessoas que atendemos, na maioria, estão em torno de 85% das pessoas que são informais, não têm demonstração de renda, não têm capacidade financeira de investimento traduzida em números, e isso condiciona a não terem acesso ao crédito. Então, a maioria da população está endividada, e nós temos aí um terreno bastante desconfortável, e, claro, temos de ter cuidado na concessão do crédito.

Um exemplo é a falta de saneamento básico no Brasil. Muitas pessoas ainda não têm banheiro nas suas casas, ou quando têm, é uma situação tão precária que chega a ser assustador. Então, só nessa linha de melhorias habitacionais, é um mundo enorme que está à mercê de um apoio pela dignidade nas vidas das pessoas.

Gostaria que você elencasse alguns dos projetos sociais do banco.

Fazer microfinança já é um trabalho social. Mas isso não é o suficiente. Por exemplo, temos o chamado Produtores da Serra, que apoia pequenos produtores da área da alimentação, para que possam vender mais através de um canal de venda que nós abrimos aqui no Banco da Família. Proporcionamos a eles espaços novos, como supermercados e as nossas próprias redes sociais, e ajudamos esses empreendedores a vender.

Temos outro projeto que é muito importante, uma parceria com a Fundação Paraguaia, que é o projeto Despertar, em que vamos até as famílias e por meio de uma metodologia, um sistema criado pela Fundação Paraguaia, por uma universidade americana, as pessoas se olham, olham a sua situação, a família olha e se aloca em três cores, vermelho, amarelo e verde. É como um semáforo. Então, essas pessoas se colocam nesses pontos, e tomam atitudes para ter um movimento.

A entrevista completa você pode assistir no canal do YouTube do Folha da Serra: https://youtu.be/whkzwvDH6Yw


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