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OAB Lages reúne advocacia serrana e inaugura nova estrutura na sede social
O evento também homenageou o ex-presidente da instituição local e atual secretário-geral da Caixa de Assistência dos Advogados de Santa Catarina (Caasc), Rodrigo Goetten de Almeida
Mais de 300 advogados da Serra Catarinense se reuniram para a inauguração de um salão de eventos, construído junto à sede social da OAB Subseção de Lages, localizada na BR-282, Área Industrial da cidade. A estrutura foi viabilizada por meio de parceria da OAB Santa Catarina.
“A nossa união de esforços transformou o sonho em realidade. Revitalizamos a sede, oferecendo um espaço ainda mais acolhedor e confortável à advocacia. O resultado pudemos ver de perto, quando reunimos mais de 300 pessoas em mais um dia que ficará na memória e na história da Subseção”, ressaltou a presidente da OAB/SC, Cláudia Prudêncio, lembrando que o compromisso foi firmado no início da gestão passada, junto ao ex-presidente Rafael Horn, atual vice-presidente do Conselho Federal da OAB, que também esteve presente no encontro.
O evento também homenageou o ex-presidente da instituição local e atual secretário-geral da Caixa de Assistência dos Advogados de Santa Catarina (Caasc), Rodrigo Goetten de Almeida, com o descerramento da placa na Galeria de ex-Presidentes. “O Rodrigo é um grande líder e mostrou isso durante os dois anos de pandemia, quando atuamos juntos para minimizar o sofrimento e as dificuldades dos nossos irmãos advogados”, declarou Claudia Prudêncio.
O Encontro da Advocacia Serrana foi prestigiada, também, pelo presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti. Ele conversou com o Folha da Serra com exclusividade. Acompanhe:
Folha da Serra – Qual o motivo de sua visita à subseção da OAB de Lages?
Beto Simonetti – Essa visita faz parte não só de um plano de encontrar a advocacia da base, mas também compreende um grande plano que instrumentalizamos no Conselho Federal, a partir desta gestão, que é a interiorização da advocacia brasileira. Então, estamos viajando pelos interiores do Brasil, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, para conhecer a realidade da advocacia do interior, ouvir essa advocacia, conhecer os seus reclames, suas dificuldades, para que, a partir deste Plano Nacional de Interiorização, possamos levar, através de protocolos, o resgate dessas pautas que estavam há um bom tempo esquecidas no plano nacional.
E nas visitas às cidades do interior, às subsecções da OAB no interior, o que o senhor tem visto?
A falta de estrutura, sobretudo de escritórios, como tecnologia. Nós vivemos num momento pós-pandemia, muito desafiador e vimos a advocacia e o sistema de Justiça como um todo serem virtualizado. Então, as próprias dificuldades financeiras impostas a todas as carreiras e com a advocacia não foi diferente. A pandemia trouxe essa dificuldade de acesso a meios virtuais para que o advogado pudesse desenvolver sua atividade.
De que forma a OAB nacional pode contribuir pra minimizar esses problemas e contribuir com a advocacia brasileira?
O que nós estamos já fizemos, foi um mapeamento de quantos escritórios modelos nós temos no sistema OAB, no Brasil inteiro, aqueles que estão em funcionamento, estamos colocando os seus pontos de localização à disposição de todo o sistema da advocacia e onde há essa deficiência, o Conselho Federal tem se consorciado com as seccionais e com as subseções para instalar escritórios modelos e colocá-los à disposição da advocacia. Esse, inicialmente, é o fator mais sensível e preponderante da advocacia.
A OAB é, com certeza, a principal entidade de classe do país. De que forma o senhor e a entidade veem as atuais situações política e econômica do país? E de que forma a OAB se posiciona?
A OAB é uma instituição com 92 anos de idade. A maior entidade civil deste país, com quase um 1,4 milhão de inscritos em seus quadros. É uma entidade que tem no núcleo da sua existência, o apartidarismo. No entanto, nós temos obrigações institucionais e, por força de lei, inclusive da Constituição da República, que nós somos aqueles detentores do poder de defender a democracia. E o que a Ordem tem feito nesse momento, é exatamente isso. Temos defendido as instituições, nós temos defendido a separação dos poderes e temos defendido o sistema eleitoral, por ser um que tem lisura suficiente para eleger aqueles, através da expressão da vontade do povo. Então, a soberania do voto popular é algo que está no radar da Ordem como como fator a ser defendido, a lisura do processo eleitoral e a defesa das instituições, sem, absolutamente abraçar nenhuma bandeira e sim defender a democracia.
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