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Em protesto, servidores da segurança pública aprovam paralisação parcial de atividades

  • Murici Balbinot/RCN

Policiais civis, policiais penais e agentes do Instituto Geral de Perícias (IGP) aprovaram, na tarde de terça-feira (20), o início da chamada Operação Padrão, em que as atividades são atrasadas ou paralisadas parcialmente.

A decisão foi tomada após assembleia das entidades representativas do setor em frente à Assembleia Legislativa de SC (Alesc) e é uma resposta à proposta de reforma da Previdência apresentada pelo Governo do Estado.

A orientação dos sindicatos e associações é para que os servidores sigam uma série de medidas, como deixar de aceitar novos presos nas unidades prisionais, recusa de equipamentos, limitação na condução de viaturas, limitação da permanência de presos nas Centrais de Flagrante, e paralisação de operações por falta de efetivo.

Na prática, os servidores vão se recusar a cumprir medidas em desacordo com a legalidade e ampliar a burocracia para atrasar trabalhos, como não dirigir uma viatura com farol queimado, por exemplo.

A previsão é de que, caso as demandas não sejam atendidas, outras ações podem ser tomadas, como o abandono de cargos comissionados e funções gratificadas.

Líderes sindicais prometem que a operação pode seguir até o final do mandato do governador Carlos Moisés da Silva. Nos bastidores, as entidades afirmam que a duração da medida depende da posição do Governo do Estado em ceder às pretensões das categorias na reforma da Previdência.

"Fomos, em seis reuniões, enganados pelo governo do Estado", disse a presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil de SC (Adepol/SC), Vivian Selig, reclamando que o Executivo não ouviu os servidores.

"Governador Moisés, nós vamos entregar os presos aí na sua casa", afirmou o presidente do Sindicato dos Policiais Penais de SC (Sindaps/SC).

Após a aprovação, o grupo seguiu em direção as pontes Pedro Ivo Campos e Colombo Salles.

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