Crimes de feminicídio desafiam a Polícia Civil em Lages
Os últimos dois feminicídios praticados em Lages permanecem sem a prisão dos autores. Cada crime é investigado por uma delegacia e, informações da Polícia Civil são que os trabalhos continuam e serão finalizados somente quando os culpados forem apresentados à Justiça.
No dia 16 de junho, Ana Júlia Floriano, de 19 ano, foi morta com três tiros na porta do apartamento onde morava, no Centro de Lages. O principal suspeito é o ex-namorado que não teria aceitado o fim do relacionamento. De acordo com informações de vizinhos, Lucas de Oliveira invadiu o apartamento e atirou contra a jovem, que estava grávida.
O crime ocorreu no apartamento do primeiro andar do Edifício Rio Verde, à Rua Frei Rogério, na região da Praça João Ribeiro (Catedral). O autor do feminicídio fugiu a pé e está sendo procurado pela polícia.
Esse crime é investigado pela Delegacia de Proteção da Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI). O delegado regional, Fabiano Schimitt, informa que o processo investigativo para reunir provas está praticamente concluído. É com base nessa documentação que a promotoria pode acusar o ex-namorado e levá-lo a julgamento. Por enquanto, a ordem de prisão expedida contra ele é cautelar.
"Nunca paramos de trabalhar, de investigar, mas este não é um caso comum. O suspeito já tem registros na polícia," aponta o delegado, afirmando que, em função do seu histórico, Lucas teria mais facilidade para se esconder. "Nosso país é continental e com várias fronteiras secas, o que facilita as fugas. Mas nosso foco é prendê-lo."
Morte no hotel_ Thays Grace Barbosa, 29 anos, foi encontrada morta na noite do dia 7 de julho, em um quarto do Hotél Cattoni, em Lages. Ela tinha sinais de agressão. O corpo foi encontrado por uma amiga. Ela informou que encontrou a porta do quarto encostada e a vítima morta. A mulher estava sobre a cama, com o rosto roxo e escoriações no nariz e boca, além de um rasgo na calcinha que estava usando. Alguns pertences, como uma mala, roupas, carteira (sem dinheiro), cartões de crédito e sacola de roupas, estavam espalhados sobre a cama. O aparelho celular da vítima não foi encontrado.
Esse crime é investigado pela Delegacia de Investigação Criminal de Lages (DIC). As informações são de que os policiais buscam a identificação do autor com base em imagens de câmeras de segurança, processo que ainda não foi concluído.
Na noite do crime, um homem foi visto saindo às pressas do hotel. Mas não há registro do nome de quem alugou o quarto naquela noite.
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