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Dores constantes

Aposentado está há quase um ano na fila da cirurgia

  • Com o tempo, seu Walter passou a sentir muita dor

    Divulgação

Com muitas dores, o aposentado Walter Berres, 71 anos, tem dificuldades até para se locomover. Diagnosticado com hérnia inguinal em outubro do ano passado, foi encaminhado para cirurgia e, desde então, aguarda pelo procedimento, que não tem data para ser realizado. A orientação do setor de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), responsável pelo atendimento em âmbito municipal, é para que volte ao médico e solicite um pedido de urgência, que será encaminhado diretamente ao hospital.

Quando fez o exame de ultrassonografia, em outubro passado, Walter comenta que não sentia dores, apenas foi verificar a saliência que surgiu em seu corpo. Geralmente, esse tipo de hérnia não provoca dor. Mas a situação mudou e a hérnia passou a prejudicar as tarefas mais comuns na vida do aposentado.

Cirurgias eletivas são aquelas consideradas não urgentes. O encaminhamento é feito pelo município, mas a autorização é dada pelo Governo do Estado, que suspendeu todos os procedimentos em março de 2020, logo depois do início da pandemia. "Somente são realizadas cirurgias oncológicas (tratamento de câncer) e de cardiologia (coração)," explica Rafaela Faifer, que trabalha no setor de TFD , em Lages.

Com a suspensão das cirurgias, o tratamento de pacientes com Covid passou a ser prioridade nos hospitais, situação que ainda se mantém em todo o Brasil, devido a dificuldade de leitos e até mesmo de profissionais para a realização dos procedimentos, já que o sistema de Saúde do País ficou sobrecarregado com os casos de pessoas contaminadas. Em março de 2020, em Santa Catarina, 73 mil pessoas aguardavam por uma cirurgia, atualmente são mais de 100 mil pessoas.


Portaria libera, mas transfere responsabilidade a hospitais

No dia 13 de maio, a Secretaria de Estado da Saúde publicou uma portaria, autorizando o retorno das cirurgias eletivas de média e alta complexidade. A portaria 505, assinada pelo secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, autoriza que as unidades realizem o agendamento dos procedimentos cirúrgicos.

A decisão abrange unidades hospitalares próprias da SES sob administração direta, unidades hospitalares administradas por OS, bem como unidades hospitalares filantrópicas contratualizadas, unidades sob gestão municipal ou federal e as unidades privadas.

A liberação exclui os hospitais que estejam com estoques críticos de fármacos anestésicos intravenosos e bloqueadores neuromusculares e que, por isso, estejam recebendo complementação de estoques por meio da Diretoria de Assistência Farmacêutica da SES para garantir atendimento ao paciente em terapia intensiva. Outra condição é que as unidades deverão manter inalterados o atendimento e internações dos pacientes suspeitos ou confirmados Covid-19, respeitando o número de leitos hospitalares destinados ao enfrentamento da pandemia.

A portaria ainda determina que os hospitais devem garantir os estoques de medicamentos para a realização de procedimentos. "É vedado à Unidade Hospitalar, restringir ou negar o recebimento de paciente em Unidade de Terapia Intensiva sob a alegação de falta de fármacos anestésicos intravenosos e bloqueadores neuromusculares, uma vez que, esteja realizando procedimentos cirúrgicos eletivos competindo pelos mesmos fármacos", consta no texto.


Expectativa

Desta forma, com o teor da portaria 505, as cirurgias eletivas ainda não foram retomadas em Santa Catarina. A expectativa é que a retomada efetiva aconteça em breve, já que felizmente reduziu o número de pacientes com Covid nas UTIs e também está diminuindo os novos casos de pessoas contaminadas.

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