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São Joaquim

Safra de maçã deve ser 20% menor, mas terá qualidade

A colheita da maçã, na Serra Catarinense, será concluída em abril, mas a previsão é de uma produção 20% menor, principalmente na região de São Joaquim, onde se concentra a maior quantidade de pomares. A quebra se deve, principalmente, à estiagem que no mês de janeiro chegou a murchar os frutos onde o solo era mais raso. Nos pomares não afetados, a qualidade se manteve e os frutos, provavelmente, irão obter bom valor de mercado.

Depois de janeiro, era grande a expectativa em relação à safra. Maêve Silveira Castelo Branco, extensionista rural da Epagri, foi a campo para analisar mais profundamente a situação. Ela avalia que nos pomares afetados pela estiagem os frutos serão menores, mas com excelente qualidade. "De forma geral, as frutas, apesar de apresentarem menor calibre, não tiveram perda de qualidade. Essa perda ocorreu apenas em alguns pomares," afirma Maêve.

A estiagem foi percebida na região Sul do Brasil desde 2017, mas se acentuou a partir de 2019. Previsões indicam que esse fenômeno continuará afetando a produção agrícola por, no mínimo, mais três anos.

Questionada sobre a possibilidade dos fruticultores da região irrigarem seus pomares, a extensionista rural da Epagri explica que o uso de sistemas de irrigação é uma alternativa que o produtor deve considerar, desde que tenha disponível um bom reservatório de água. Ela comenta que a Secretaria de Estado da Agricultura dispõe de políticas públicas que fomentam o investimento em sistemas de irrigação, captação e armazenamento de água.

Apesar da quebra na produção em decorrência do clima, os fruticultores permanecem firmes na atividade. Questionada se os prejuízos chegam a desestimular o plantio de novas áreas ou provocar o encerramento da atividade por alguns fruticultores, Maêve respondeu que "até então não tivemos nenhum relato dessa natureza, apesar do prejuízo causado pela estiagem."


Maior produtor

O Brasil está entre os dez maiores produtores de maçãs do mundo, com mais de um milhão de toneladas/ano. Neste contexto, Santa Catarina é o maior produtor nacional com uma média de 550 mil toneladas. A maior parte desta produção está em São Joaquim com a média de 300 mil toneladas. São mais de duas mil propriedades envolvidas e todos os processos que envolvem o fruto movimentam cerca de R$ 300 milhões por ano no município.


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