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Entidades empresariais mantêm posicionamento contra fechamento do comércio

  • Empresários realizaram manifestação na manhã de segunda-feira, em frente à prefeitura

    Marcela Ramos/CDL

A CDL Lages, Acil, Sindicato Rural, Fórum das Entidade e Fiesc, juntamente a representantes do poder público municipal, órgãos fiscalizadores e de segurança nacional, estadual e municipal, reuniram- se na tarde de segunda-feira (15), no Gabinete de Crise, para discutir o cenário atual do colapso do sistema de saúde e o impacto socioeconômico das medidas restritivas.

As entidades empresariais ratificaram que compreendem a crise no sistema de saúde, mas não consideram que o fechamento do comércio seja a solução para o enfrentamento da pandemia. Desta forma, foram contrárias à prorrogação do decreto municipal Nº 19.100, que entrou em vigor no domingo passado (7), "trazendo sérias consequências para toda a nossa sociedade".

Buscando evitar o impacto ainda maior, as entidades empresariais conseguiram flexibilizar o sistema delivery para o comércio em geral, ou seja, sem retirada no balcão.

Também foi reivindicada a flexibilização da abertura do comércio com limite de 20% da capacidade de cada estabelecimento para atendimento presencial, o que não foi aceito pela administração da prefeitura.

As entidades seguem representadas também por suas federações de estado mantendo a posição contrária ao lockdown proposto para todo o território Catarinense.


Fiesc defende equilíbrio entre economia e prevenção

"Continuamos na defesa de que não é no local de trabalho que ocorre a contaminação, mas entendemos a situação do prefeito Antonio Ceron, que trabalha para reduzir o número de pessoas contaminadas." A avaliação é do vice-presidente regional da Fiesc, Israel Marcon, que participou da reunião virtual, hoje, na qual foi definida a prorrogação do lockdown parcial em Lages, até sexta-feira (19).

Para Israel, o setor de Saúde está um caos em função do número de pessoas contaminadas e que necessitam de atendimento médico e ou hospitalar. Uma das alternativas é reduzir a aglomeração de pessoas e é nessa linha que a prefeitura trabalha. "É um remédio amargo. Estamos preocupados, principalmente, com o pequeno comerciante, que já não tem mais reserva financeira." Desta forma, a paralisação, mesmo com a possibilidade de delivery, pode gerar o encerramento de empresas e o aumento do desemprego.

A Indústria é considerada prioritária, mantém sua produção e, segundo Marcon, o índice de contaminação é muito baixo. É que a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) desenvolveu protocolos rígidos de segurança. "As pessoas mantêm o distanciamento e, em algumas empresas, até o refeitório foi fechado para evitar aglomeração. O que esperamos é que essas medidas deem resultado dando fôlego ao setor de saúde."

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