Motonáutica arrasta multidão para o lago da Marina em Abdon Batista |
A partida de Leda Araújo Broering, aos 90 anos, surpreendeu, não somente a sociedade, mas toda a comunidade de Lages!
Mãe de cinco filhos, a matriarca, socialite, escritora e benemérita Leda Araújo Broering deixa netos, bisnetos e um bonito legado que certamente será lembrado e reverenciado por quem teve o privilégio de desfrutar de seu convívio. Fui um desses privilegiados! Tive encontros inesquecíveis com a saudosa Leda. Gostava de ouvir suas histórias, admirava seu jeito de ser, pulso firme, coração enorme, foi mulher pecuarista de luta, poderosa, concentrava-se muito bem em seus negócios e atividades que exerceu por muitos anos no agro. “Até um caminhão de gado eu dirigi!”, contou-me, aos risos, numa daquelas divertidas entrevistas que eu fazia para a TV! Sem abrir mão de suas principais características, que resumiam muito bem sua personalidade, que foram: a beleza, o charme e a delicadeza, posso dizer com todas as letras que foi valente em todas as ocasiões que a vida lhe proporcionou! Durante as últimas homenagens, no Cemitério Cruz das Almas, percebi a representação de praticamente toda a famosa Coxilha Rica, onde as fazendas se avizinham, com fazendeiros e fazendeiras que fazem questão de manter a tradição das longas amizades, a exemplo de famílias como os Araújo, os Bianchini, os Ávila, os Andrade e outros que lá estavam para homenagear a querida amiga.
Leda gostava de organizar festas e, essas, com seu toque, tornavam-se lindos e inesquecíveis eventos. “Ainda jovens, época em que morávamos na Aristiliano Ramos, dona Leda organizava festas juninas e natalinas que envolviam amigos e vizinhos, encontros que se tornavam inesquecíveis”, lembra a amiga Rita Bianchini. Anos depois, outras festas deram sequência às vontades de Leda. Na bela casa da Presidente Vargas, promovia, em finais de anos, seus belos e prestigiados jantares beneficentes. “Leda amava auxiliar os menos favorecidos e as entidades filantrópicas. Foi grande colaboradora da Altere!”, lembra a amiga Rita Parizotto.
A presidente do Clube da Lady, Marisa Bernardes, diz que Leda foi uma das sócias fundadoras da entidade. “Dona Leda ocupou todos os cargos no Clube da Lady, desde sua fundação em 16 de maio de 1960. Ela fez parte da primeira diretoria, quando ocupou o cargo de segunda secretária, e foi presidente do clube no período de 1974 até 1977 e, como poetisa, assinou a autoria do Hino do Clube da Lady, registro que ficará para sempre na memória e na história do clube!”.
Leda foi uma mulher realizada, daquelas, como diz Laurence Mondadori, que viveu à frente de seu tempo!
Palavras de Leda
Leda gostava de escrever. Numa das ocasiões em que cumprimentava, em rede social, a presidente do Clube da Lady, Marisa Bernardes, ela deixou essas palavras: “Te parabenizo por essa doação espontânea que executas com a maior boa vontade. Sendo assim, o Clube da Lady tem condições de anos, permanecer contribuindo com os enxovais para os recém-nascidos e, cada vez mais, solidificar a grande amizade que permanece entre as sócias. Meu caloroso abraço por tanta doação!”, Leda.
Leda Broering e Rita Parizotto. “Leda contribuiu muito com a Altere. Aprendi muito com minha querida amiga!”, lembra Rita
Rita Parizotto, Leda Broering e Marisa Bernardes, num dos encontros do Clube da Lady, famosa entidade filantrópica de Lages, que Leda ajudou a fundar em 1960!
Leda em uma de suas últimas aparições, durante chá do Clube da Lady. Rita Parizotto registrou
Terezinha Pereira Ramos, Bel Vieira, Maria Beatriz Cordeiro Zago e Leda Broering, no Rancho Rochedo, em Lages
Leda Broering na Festa Junina 2024 do Clube da Lady
Cao Jingxia, Marisa Bernardes, Waltair Carvalho e Leda Broering em tarde de filantropia, no Clube da Lady
Atual presidente do Clube da Lady, Marisa Bernardes e a inesquecível Leda Broering!
Leda Broering num de seus momentos felizes, no jardim de sua residência, na Presidente Vargas. Leda amava as flores. No seu jardim, mandou construir uma linda gruta, em homenagem à Nossa Senhora. Leda foi religiosa participante. Gostava de frequentar e tocar teclado nas missas do Convento Franciscano!
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