Os ex-vereadores Adilson Rodrigues de Appolinário e David Moro já haviam sido condenados em julho de 2018 pela Justiça do Estado de Santa Catarina por irregularidades na contratação de duas servidoras, nos anos de 2015 e 2016. No último dia 27 de abril, o juiz Rafael Steffen da Luz Fontes, titular da Vara da Fazenda da comarca local, ratificou o crime. Além da suspensão dos direitos políticos, os ex-parlamentares terão que devolver R$ 74 mil e pagar multa civil no mesmo valor, ambos os valores devidamente atualizados. Mas... ainda há possibilidade de recurso. Vejam como esse tipo de processo se estende no tempo, a ponto de diluir sua importância e resultados e os eleitores esquecerem da vida pregressa de seus eleitos. Aliás, esse não é o único processo a que responde o hoje suplente de vereador do MDB, David Moro e mesmo assim, por pouco não foi eleito novamente para o seu quarto mandato. Neste caso, a condenação se deu porque, por indicação de Moro, o presidente da Casa, Appolinário, nomeou uma mulher como gerente de informática. Porém a servidora, além de não possuir qualquer conhecimento na área e não exercer a função, atuava nas demandas particulares do político que sugeriu seu nome. Em atenção a outro pedido do vereador, o presidente solicitou a cessão de uma funcionária do município para a Câmara. Concursada como auxiliar de serviços gerais, trabalhava como secretária do vereador, inclusive em escritório particular do político. Diga-se de passagem que também não é o único delito praticado pelo ex-vereador Appolinário. Também foi condenado por ato de improbidade administrativa pela prática da "rachadinha". Ao se licenciar por 90 dias da Câmara em 2000, o suplente Paulo Roberto Branco assumiu seu lugar, com a condição de lhe repassar R$ 2 mil dos vencimentos de R$ 6 mil que lhe cabia. Representa uma prática frequente nas mais diversas esferas do Poder Legislativo, seja na Assembleia, Câmara dos Deputados ou Senado, mas que já está na hora de ser eliminada. Trata-se de um comportamento reprovável e tipificado como crime, mas que muitos políticos não o consideram ilícito.

Semana passada, o deputado estadual Jair Miotto, do PSC, informou à assessoria do prefeito Antônio Ceron que na sexta-feira estaria na região de Lages e solicitava uma audiência com o prefeito. Sequer obteve resposta ao seu pedido. O prefeito Ceron se negou a receber o deputado, sendo que o PSC está em sua base aliada. É um dos partidos que o apoiou nas duas eleições. E se não bastasse, o deputado também destinou mais de R$ 600 mil em emendas para Lages. De forma que o fato deixou o deputado bastante chateado e desagradou sobremaneira aos integrantes do partido.

A exemplo do ex-vereador Lucas Neves (gabinete móvel), o vereador Gabriel Córdova (PSL) comprou uma Kombi para percorrer os bairros de Lages, a fim de identificar as demandas da comunidade. Batizou o projeto de "Gabinete nas Ruas". Conta que a inspiração veio mesmo do Gabinete Móvel de Lucas Neves: "O Lucas esteve perto da comunidade, e vamos seguir esse caminho durante o nosso mandato", conclui. Aliás, a ideia também foi adotada em outros municípios, como de Lucas Souza (PDT), de Joinville, e Sabiá (PL), de Curitibanos. O Gabinete Móvel de Lucas Neves chegou a ser reconhecido pela Udesc, com o Prêmio Boas Práticas em Gestão Pública, embora por aqui tenha virado meme durante a campanha.

Os prefeitos de Otacílio Costa, Fabiano Baldessar de Souza e Bocaina do Sul, João Eduardo Della Justina, se reuniram para discutir um projeto da ponte de concreto na localidade de Santa Rosa, na divisa entre os dois municípios. O projeto já está pronto para ser entregue à governadora Daniela e à deputada estadual Paulinha (PDT), em busca de recursos, uma vez que a obra vai custar R$ 7 milhões.

Na semana passada, a bancada do Partido Social Liberal (PSL), apresentou ofício informando que o partido reavaliou a posição anteriormente adotada quanto a não participação nas Comissões Permanentes da Câmara e requereram as vagas que têm direito de acordo com a proporcionalidade partidária da Casa Legislativa. Bruno Hartman (PSL) assumiu a vaga cedida por Aldori Freitinhas (MDB) na Comissão de Legislação, Justiça e Redação (CLJR), enquanto Gabriel Córdova (PSL) assumiu o lugar deixado por José Osni - Tio Zé (Podemos) na Comissão de Finanças, Indústria, Agricultura, Comércio e Turismo.

O comandante-geral da PM, coronel Dionei Tonet, esteve na Assembleia e sugeriu que poderes e órgãos públicos, como a Assembleia Legislativa, substituam os policiais militares destacados para a segurança interna por profissionais temporários. "A Assembleia Legislativa tem um efetivo de policiais superior a 70% das cidades de Santa Catarina. Precisamos melhorar esse modelo das casas militares, para que esses policiais possam atuar nas comunidades," disse ele.

Ozair Polaco e Jean Felipe, ambos do PSD, estão propondo a implantação de Terminal Urbano na região nordeste do município, a exemplo do que existe nas grandes cidades (terminais integrados). Considerando a situação de crise no transporte coletivo e o fato de que a atual empresa tem a concessão por 30 anos, esta proposta fica comprometida. Hoje o sistema de transporte público mal atende a população que depende dos coletivos urbanos, especialmente dos bairros mais distantes. A empresa alega que a demanda caiu em mais de 40% e amarga um deficit que obriga o poder municipal tirar milhões do orçamento para cobri-lo.

- Quando será implantado o Programa Remédio em Casa, incluído de última hora nas promessas de campanha do prefeito Ceron?

A pedido da vereadora Suzana Duarte (Cidadania), o secretário de Planejamento e Obras, João Alberto Duarte e o secretário da Semasa, Jurandi Domingos Agustini, estiveram na quarta-feira, na Câmara para prestarem esclarecimentos acerca da situação atual das obras do Complexo Ponte Grande. De fato, essa obra não anda, embora em seu primeiro ano de mandato, Antonio Ceron havia garantido que estaria concluída até o final dos seus quatro anos de gestão. Pelo visto vai para oito anos de mandato e a obra não será concluída. E não venham com a desculpa que o complexo Ponte Grande compreende também a implantação da rede de esgoto e nisso foram concentradas as ações. Costumam usar a desculpa de que a administração anterior deixou vários processos travados etc... e tal. Uma obra desta não se termina em uma administração e sempre há entraves a superar. Esta obra se iniciou ainda na administração Renatinho, portanto em tempo de ser concluída.