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Cotidiano

Carla Reche

Repeteco
Não, não respondi a nenhuma das mensagens (e olha que foram muitas) enviadas por aqueles que só lembram do valor que temos a cada 365 dias. Comigo isso não cola. Por um dia nos homenageiam, nos colocam no pedestal e na manhã seguinte voltam a nos tratar com hostilidade (com exceções). Pouco tem mudado, principalmente no que diz respeito ao tratamento que o sexo feminino recebe pelo simples fato de ser mulher. Além do feminicídio, da violência doméstica, do estupro, ainda continuamos ganhando, em média, 20,5% menos que os homens e isso acontece mesmo que tenhamos a mesma escolaridade e estando na mesma categoria de ocupação. Dos 12 milhões de brasileiros desempregados, 6,5 milhões são mulheres. O Brasil é o 80º colocado (empatando com Fiji e Suriname) no ranking que analisa a qualidade de vida para mulheres. Aqui no Brasil, uma mulher é estuprada a cada 10 minutos e a cada 7 horas acontece 1 feminicídio. E quem diz isso é o levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e que foi divulgado na véspera do Dia Internacional da Mulher. E aí meninas me digam: o que temos mesmo para comemorar? Receber flores, receber homenagens daqueles que continuam nos menosprezando? Não, né.

Tratamento
Saúde, saúde, faço aqui um apelo: seja prioridade de uma vez por todas. Emergências hospitalares, UPA, etc e tal, por favor, coloquem profissionais preparados e não aqueles que sequer olham quem é o paciente que está sentado à sua frente. Coloquem profissionais que têm amor pelo que fazem, daqueles que não se importam em atender alguém independentemente da sua classe social, que não se importam em perder alguns minutos a mais do seu plantão para quem está numa maca sofrendo e aguardando por uma atenção adequada. Troquem os engravatados por aqueles que sabem a importância da palavra respeito. Se as pessoas se colocassem no lugar das outras, se por um instante sentissem a dor e o sofrimento do outro, talvez mudassem seus comportamentos.

Empatia
Fisioterapeuta e mestre em ambiente e saúde, Josiane Aparecida Farias Prado têm recebido elogios pelo seu profissionalismo e, principalmente, pelo tratamento dedicado aos seus pacientes. Ela se tornou especialista em terapia intensiva, cardiorrespiratória e fisioterapia hospitalar pela Inspirar, em Curitiba(PR). A moça é daquelas que se dedica de corpo, alma e coração ao seu trabalho. E essa paixão toda que demonstra ter pela fisioterapia hospitalar começou lá nos seus estágios, no tempo de faculdade, realizados na UTI do Hospital Universitário de Florianópolis. Diz aí Josiane: "Descrevo a fisioterapia como uma profissão muito gratificante, que muda o destino dos pacientes, reabilita, devolve suas possibilidades, sua esperança. Amo minha profissão". Ah, Josiane, quando existe amor no que a gente faz, o resultado é mesmo compensador.

Josiane divide seu tempo entre seus dois amores: a família e a profissão.

Ela é casada com Yuri Kuhnen e é mãe de dois meninos, o Theo Tobias e o João Gabriel


Na estrada
E aí comunidade joaquinense, tudo bem?! A partir de hoje o @folhadaserra passa a circular também neste município. Você que mora em São Joaquim vai ter ao seu dispor um jornal que traz os melhores colunistas, que mostra e fala sobre os mais diversos assuntos com textos jornalísticos de primeira. E para dar as boas-vindas ao Folha da Serra, nada melhor do que uma das moradoras da cidade da neve, da maçã e dos vinhos de altitude, Tatiane Fernandes.

Joaquinenses também terão espaço nesta coluna como Tatiane Fernandes

Foto: Nando Velho


Frágil
Assustadora a quantidade de raios que andam caindo em Lages nos últimos dias. E a chuva também mostrando para que veio. Acompanhada de ventos fortes, andou causando prejuízo em estabelecimentos comerciais instalados próximos ao Lages Garden Shopping. Um deles foi o Brasil Atacadista. Pela segunda vez teve estrutura danificada apavorando consumidores. É de se perguntar quem foi o responsável pela construção tão fragilizada?

"Mamãe Falei"
E falou demais, falou sem pensar o deputado Arthur do Val (que pode ter o seu mandato cassado) no áudio sobre mulheres ucranianas e que pensou que permaneceria somente entre ele e alguns "amigos". Que nada. O vazamento do mesmo acabou mostrando o verdadeiro caráter de quem pode ter acabado de vez com sua vida pública. Seu áudio descrevendo que as mulheres ucranianas "são fáceis, porque são pobres", causou revolta geral e não há pedido de desculpas que possa melhorar a sua imagem. Pessoas públicas precisam ter cuidado com o que falam, com o que fazem. Se com o cidadão comum já é complicado, imagina só com eles. E as redes sociais não perdoam.


 Quando as lentes detectam aquele momento, a imagem fala por si. Nicole

Cruz e Fiorella, num momento mãe e filha detectado pelo marido e pai,

o fotógrafo Nando Velho


Abusados
Som alto - ultrapassando e muito os 80 decibéis autorizados pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran) - em carros rebaixados. Será que esses malucos não se dão conta do quanto são insuportáveis? Além de trafegarem por ruas esburacadas com carroceria do veículo quase encostando no chão, ainda nos obrigam a ouvir um som repugnante e ensurdecedor. Oras, vão achar um lote para carpir.

Curtas
*Nada mudou. Isso mesmo. O abuso continua o mesmo. Sabe a casa da mãe Joana? É mais ou menos assim que anda a coisa. Calçada em frente a estabelecimentos comerciais na Belisário Ramos (Carahá), próxima da Acil, continua sendo ocupada, mas não por pedestres e sim por veículos. Para quem passa a pé pelo local, o jeito é dividir espaço no asfalto e com o perigoso trânsito que circula por lá.

*E até domingo (13), acontece a quarta edição do projeto "Livros que Alimentam". Como funciona iniciativa? Livros doados pela comunidade são comercializados durante o evento, que está sendo realizado no Espaço Cultural Aristiliano Ramos (Calçadão). Valores arrecadados têm destino certo, auxiliando pessoas em vulnerabilidade social.

*Você sabia que a cada 20 minutos uma menina de até 14 anos é estuprada no Brasil? E que 66% das mulheres assassinadas são negras?

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