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Correia Pinto e Ponte Alta

População pedirá ponte para o governador

Acompanhados por autoridades, representantes da população de Correia Pinto e de Ponte Alta participarão de audiência com o governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, para solicitar a implantação de uma ponte sobre o Rio Canoas.

A estrutura é vista como a solução para melhorar a segurança da travessia entre os dois municípios, atualmente realizada por uma balsa. A reunião será fruto da manifestação realizada no dia 19 de julho, que mobilizou cerca de 300 pessoas. 

Segundo Clodoaldo Alexandre Ferreira, advogado e produtor rural na Localidade Atrás do Cerro, Correia Pinto, que ajudou a organizar a manifestação, o evento (dia 19) foi muito positivo.

Além da intensa participação popular, prefeitos de Correia Pinto e Ponte Alta, e deputados compareceram, ouviram, e se comprometeram em buscar uma solução, já que a balsa muitas vezes deixa de operar em função do clima ou da falta de equipamentos de segurança. Vários acidentes já foram registrados durante as travessias.   

“A deputada Paulinha já fez contato com a Casa Civil para que o governador Jorginho Mello nos receba. Estamos aguardando agenda. Acredito que o deputado Jerry Consoli também vai junto,” afirma Clodoaldo Alexandre Ferreira.

Ele comenta que, durante a manifestação do dia 19 de julho, a deputada Paulinha se comprometeu em destinar R$ 1 milhão, das verbas de seu gabinete, para a construção da ponte.

As bancadas estadual e federal do PT prometeram mais R$ 1 milhão e a deputada Geovânia de Sá R$ 500 mil. O restante dos recursos teriam que ser aportados pelo Governo do Estado. É por isso que o projeto será apresentado ao governador. 

Projeto executivo da ponte foi feito em 2022

A pedido da Prefeitura de Ponte Alta, a Associação dos Municípios da Região Serrana - Amures, elaborou, em 2022, o projeto de uma ponte para o local.

Pelo projeto, a ponte terá 90 metros de extensão, mais as cabeceiras. Serão dois conjuntos de pilares centrais e 7,2 metros de largura de pista de rolamento, com passarela de pedestre com 1,2 metro de largura. Na época, foi orçada em R$ 12 milhões. É este documento que embasará a reunião com o governador Jorginho Mello. 

O projeto prevê a elevação (aterramento) dos acessos nas duas laterais do rio, o que resolveria o problema em época de chuva intensa. Atualmente, as estradas de acesso ficam inundadas inviabilizando o uso da balsa.

Os organizadores da manifestação informam que o projeto foi entregue para a Secretaria de Estado de Infraestrutura

Interdição

No dia 26 de abril, a Prefeitura de Correia Pinto recebeu a informação de que a balsa que liga Ponte Alta e Correia Pinto foi interditada pela Marinha do Brasil, por meio da Capitania dos Portos. A justificativa é que faltam equipamentos para garantir a segurança dos usuários. A decisão reforçou o anseio da comunidade em prol da ponte. 

A balsa é de propriedade do Município de Ponte Alta, assim como a responsabilidade pela sua manutenção. O município de Correia Pinto é solidário e, por meio de um projeto de lei, custeia 50% das despesas de manutenção.

Quando em uso, a balsa realiza mais de 100 operações diárias, percorrendo uma distância de 80 metros entre uma margem e outra do rio. Sem ela, dezenas de pessoas precisam percorrer 30 quilômetros ou mais, dependendo de qual localidade rural é o destino final. De forma esporádica ou frequente, calcula-se que ela atende 500 famílias dos dois municípios. 

Problemas

Além das interdições frequentes realizadas pela Marinha do Brasil, mesmo estando em perfeitas condições nem sempre a balsa pode ser utilizada. O Rio Canoas é um dos maiores da Serra Catarinense e em épocas de chuva intensa facilmente transborda alagando as vias de acesso até a balsa. Com a água, pessoas e veículos não tem como chegar até a estrutura. 

Segurança

A balsa é usada para a travessia de pessoas, automóveis, caminhões e máquinas agrícolas. Em um dos acidentes, o cabo de aço, que a prende às margens, arrebentou e ela ficou à deriva com várias pessoas a bordo, algumas crianças.

As pessoas foram socorridas por um morador próximo que possui uma canoa a motor. A balsa acabou travando em um barranco do rio e voltou ao ponto de origem depois de auxílio por parte do Corpo de Bombeiros. 

De acordo com o noticiado pelo portal SCC10 e pelo site do MPSC (24/11/2022), o agricultor Marcos Batista da Silva Machado ajudou a resgatar as crianças com a própria canoa. Ele mora perto do rio e diz que está cansado de soluções paliativas.

"Todo ano dão uma 'engembrada', mas nós precisamos de uma solução definitiva, para ter mais segurança. Essa balsa está toda comprometida", diz ele.

Três meses antes, o cabo de aço rompeu com um veículo a bordo e o serviço teve que ser interrompido durante vários dias, prejudicando a população.

"Esses acidentes poderiam ter sido evitados caso a manutenção e reparo da balsa fosse constante, tendo em vista que o primeiro acidente ocorreu pelo longo tempo de uso sem reparos e o segundo acidente se deu porque a corrente não era adequada ao transporte", conclui a Promotora de Justiça Mariana Mocelin.

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