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Estúdio Folha

Marcius Machado fala sobre sua atuação na Assembleia de Santa Catarina

Folha da Serra_ Gostaria que o senhor começasse falando sobre sua ausência na sessão que garantiu o mandato e a permanência na presidência da casa de Julio Garcia.

Marcius Machado_ Tivemos uma votação na Assembleia Legislativa, através de uma sessão extraordinária. O regimento [da Alesc] diz que são 48 horas para convocar o deputado e eu estava em trânsito naquele dia e quando fui dar uma olhada nas mensagens [WhatsApp], a convocação foi às 15 horas, para iniciar às 17, então, duas horas. Então, nesse momento, eu não participei. Mas, quero, aqui, assumir o compromisso com você que está nos assistindo, se ocorrer uma nova votação, porque a juíza federal que determinou, novamente, a prisão dele [Julio Garcia] por outros fatos, aí, sim, eu vou votar pelo afastamento.


O senhor está na Assembleia há dois anos e, agora, há a possibilidade de integrar a mesa diretora, inclusive, como vice-presidente.

Em 1º de fevereiro, segunda-feira, às 9 horas, vamos decidir a mesa diretora e, de acordo com a estadual, através do presidente [do partido], Jorginho Melo (PL), e do líder do Partido Liberal na Assembleia, Ivan Naatz, está acordado que eu irei para a mesa diretora. O último deputado que assumiu uma cadeira importante na mesa foi o Ivan Ranzolin. O vice-presidente é o segundo cargo mais importante da Assembleia Legislativa. Às vezes, a gente consegue articular algum recurso. É na mesa diretora que se decidem as coisas. Eu acredito que a gente vai conseguir contribuir muito.


O senhor é o único deputado que representa a Serra Catarinense. Algumas regiões chegam a ter até nove representantes. De que forma o senhor trabalha para garantir os recursos e os benefícios para a nossa região?

Quando eu fui eleito deputado estadual dos 18 municípios da Serra Catarinense, pensando de uma forma mais macro, determinei pontos, através das próprias reivindicações que há muito tempo flamulam aqui no município [Lages] e na região, como por exemplo o aeroporto, a nova ala [Hospital Tereza Ramos], a SC-390 que liga Anita Garibaldi a Celso Ramos e que, graças a Deus, reiniciaram as obras; a [SC] 370 que liga Rio Rufino a Urubici. É algo estratégico para o desenvolvimento regional. São algumas estruturas macro, como o Ceasa para poder distribuir os produtos para região serrana e para o Grande Oeste, também. Outra coisa importante é o Presídio Regional Masculino, tem de transformar em unidade laboral. Eles [detentos] comem e bebem do nosso dinheiro e não estão produzindo. Então, ele vai ter um recurso para depois que cumprir a pena e uma reinserção [na sociedade] adequada.

Então, como que eu faço? Eu busco trabalhar de forma regional. Para se ter uma noção, das emendas impositivas, R$ 17,2 milhões, em dois anos, eu trouxe para a região serrana. Muitos desses recursos já estão nas contas das prefeituras, outros, ao longo deste ano.

A gente trabalha de uma forma muito estratégica. Por exemplo, nós temos a Amures, e nós temos o Consórcio Intermunicipal de Municípios, e o Consórcio Intermunicipal de Saúde. Eu direcionei recursos para trabalhar de uma forma de emenda guarda chuva. Já está na conta e vai abrir licitação agora, para 22 parques infantis, um para cada creche dos municípios e cinco para Lages. Então, 22 em 2020; 22 em 2021. Quando coloquei nas minhas redes sociais, o pessoal sugeria onde poderia ser instalado, e vi a necessidade da demanda. A partir de 2021, nós vamos ampliar com novas tecnologias, com grama sintética.

Muitas vezes, tem um Ceim, uma creche, que tem um espaço pequeno, mas se colocar grama sintética, não vai criar mato, não vai criar aquela sujeira, apesar de a criança necessitar encostar o pé no chão, na terra, trabalhar com a terra de fato, porque ela também trabalha com a imunização.

Hoje, consigo fazer isso de uma forma muito clara. Dos 100% de recursos que o Marcius Machado, que nós temos, que você [eleitor] me deu a possibilidade de estar lá, 95% é para a Serra Catarinense.


Falando em grama sintética, o senhor tem um projeto para instalação de grama sintética em campos de futebol.

Nosso clima é diferenciado do restante do Estado. Chove muito. Quando as pessoas vão jogar futebol, às vezes, a grama tradicional não está adequada. Dos 18 municípios [da Serra Catarinense], até o ano que vem, 12 serão contemplados. No mínimo, uma quadra de grama sintética para cada município. Faltam apenas seis. Nós temos emenda até 2023, e eu vou concluir essa meta. Quando você incentiva o esporte, trabalha de forma transversal, reduz a questão das drogas. Quem pratica esporte, não vai conseguir usar drogas. Também trabalhamos a questão da saúde, quanto mais esporte eu fizer, mais a questão cognitiva vai aumentar, o meu corpo vai estar mais blindado em relação às doenças. E a gente pode fazer escolinhas de futebol para as crianças, campeonatos regionais, através da Amures.

Algumas dessas gramas serão instaladas em escolas. Lages, por exemplo, que é a grande mãe, vai receber 12, três em colégios.


O senhor tem uma equipe de engenheiros que fazem parte do projeto Gabinete em Ação. Gostaria que explicasse um pouco.

O que é o Gabinete em Ação? É quando nós conseguimos alocar esses recursos e fiscalizar. Porque o dinheiro público, o pagador de impostos paga muito coisa. Tudo, a gente está pagando. E a partir desse momento que eu pensei: eu sou formado em Ciências Políticas, sou advogado, mas não entendo nada de obras. E a gente não pode aceitar que as obras do poder público sejam precárias.

Em Painel, por exemplo, colocamos uma capela mortuária e os engenheiros vão lá, constantemente. A obra foi paralisada três vezes, porque não tinha alinhamento, estava tudo fora. Em pouco tempo vai dar rachadura, vai dar problema. Daí, mudaram o mestre-de-obras e melhorou, e hoje está pronta. Então, precisamos ter essa integração.

Nós fazemos os projetos de engenharia e doamos para as prefeituras. O Governo do Estado não estava aceitando, porque não tinha uma lei que possibilitasse isso. Daí apresentamos um projeto de lei. Você faz um projeto e doa ao Estado. E fica isento de qualquer responsabilidade, de algum problema da obra que é de responsabilidade do Estado cobrar.

Nossa equipe de engenharia vai fazer o mapeamento das escolas, fazer os projetos e doar para o Estado. A Secretaria de Estado da Educação tem muito dinheiro, mas os projetos são terceirizados e é muito burocrático. Eu acredito que seja um dos projetos mais bonitos que o Marcius teve a possibilidade de apresentar para o Legislativo.


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