Cumprimento de mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos na manhã de quinta-feira (2)
O prefeito de Lages, Antonio Ceron e os secretários da fazenda, Antônio César Arruda, e do Meio Ambiente, Eroni Delfes, tiveram mandados de prisão preventiva cumpridos por agentes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e o Grupo Especial Anticorrupção (GEAC), órgãos ligados ao Ministério Público de Santa Catarina.
As prisões fazem parte da segunda fase da Operação Mensageiro, desencadeada no dia 6 de dezembro de 2022, a investigação está em curso há pouco mais de um ano pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do MPSC, a fim de apurar possíveis irregularidades relacionadas à coleta, transporte e destinação de lixo pela empresa Serrana Engenharia, em vários municípios de Santa Catarina.
Ceron Arruda e Delfes foram conduzidos para Florianópolis, inicialmente, para prestarem depoimento. Havia expectativa de que eles passassem por audiência de custódia e fossem liberados. No entanto, ainda não há informação sobre o destino dos agentes públicos, nem por parte da Prefeitura de Lages, nem do Ministério Público.
O prefeito Ceron estava em férias e reassumiu o cargo no final da tarde de terça-feira (31).
Com relação à segunda fase da operação, Gaeco e Geac cumpriram, nesta quinta-feira (2), quatro mandados de prisão preventiva e 14 mandados de busca e apreensão no Estado. O prefeito de Capivri de Baixo, Vicente Corrêa, também foi preso preventivamente.
Sobre a Mensageiro
A Operação foi deflagrada em dezembro de 2022, quando foram cumpridos 15 mandados de prisão preventiva, 108 de busca e apreensão e bloqueados bens de 25 empresas e 11 pessoas físicas. A operação apura fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro no setor de coleta e destinação de lixo. As ordens judiciais foram requeridas pela Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos e pelo GEAC do MPSC e deferidas pelo Tribunal de Justiça Santa Catarina.
Em Lages, além das buscas e apreensões, foram presos o secretário da Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa), Jurandi Agustini, e o diretor de Resíduos Sólidos, Milton Mathias. Na casa de um dos envolvidos, foram encontrados mais de R$ 500 mil.
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