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Campanha da Fraternidade

Fraternidade e Fome: “Dai-lhes vós mesmos o que comer!” (Mt 14,16)

  • Cláudia Pavão

Dom Guilherme faz abertura da Quaresma e fala sobre insegurança alimentar

O bispo diocesano de Lages, Dom Guilherme Werlang, lançou, na manhã de quarta-feira, o período de Quaresma, seguido por cristãos de todo o mundo nos 40 dias que antecedem a Páscoa, e também divulgou a Campanha da Fraternidade que, neste ano, tem como tema: Fraternidade e Fome: “Dai-lhes vós mesmos o que comer!” (Mt 14,16)

Dom Guilherme destacou que a Campanha da Fraternidade acontece nacionalmente desde 1964 e, a cada ano, um tema é trabalhado a fim de contribuir para conscientizar sobre as necessidades dos mais carentes e para reduzir essas carências. “Esta é a terceira vez que a Campanha da Fraternidade aborda o tema da fome. A CNBB procura interligar os temas da Campanha da Fraternidade com anos Eucarísticos”, disse o bispo. “O lema é um texto bíblico de inspiração, com a palavra do próprio Jesus Cristo, que ilumina a temática. A Igreja precisa se interessar por aquilo que Jesus se interessou”, explica.

O religioso destacou que a fome, abordada na Campanha da Fraternidade deste ano, deve ser observada de forma ampla, não somente no que se refere à fome de alimento, mas no que diz respeito à educação, à dignidade das pessoas e em todas as necessidades básicas do ser humano e que promovam a justiça social. “Neste ano, o tema nos remete a olhar para nossos irmãos e irmãs em situação de insegurança alimentar. Temos de olhar as outras fomes que existem, como a fome de justiça, a fome do direito de cidadania, a fome para a boa educação.”

O jejum, feito durante a Quaresma, também foi abordado por Dom Guilherme, que orientou, dizendo que não basta deixar de comer, mas “é preciso repartir. O jejum precisa ter reflexo nos mais vulneráveis. Sugiro que daquilo que eu me abstiver, seja transformado em doação a quem precisa”. Ele ainda destacou que combater a fome é uma obrigação de todos, especialmente dos gestores do Estado, que devem desenvolver políticas públicas capazes de garantir esse direito a todos os cidadãos. “O direito à alimentação é um direito transnacional.”

Ações na Diocese de Lages

Com a intenção de colocar em prática as reflexões propostas pela Campanha da Fraternidade, Dom Guilherme explicou que algumas ações serão desenvolvidas com o incentivo da Diocese de Lages.

Entre elas, está a orientação feita em um encontro, durante o último final de semana, com mais de 80 participantes, vindos de todas as paróquias da diocese, para que cada uma olhe a própria realidade, conscientize sua comunidade e atue de acordo com cada necessidade.

Uma das sugestões é a realização de uma coleta em dinheiro, no Domingo de Ramos, nas paróquias onde houver celebração, sendo que 60% do valor arrecadado deve ficar na diocese e ser usado em projetos sociais. “Uma ideia é a realização de projetos de formação e geração de renda, a exemplo das hortas comunitárias, que podem garantir o alimento, mas, também, uma renda para as famílias participantes. Podemos ter a orientação de um engenheiro agrônomo, por exemplo, que vai orientar as pessoas sobre a forma correta de plantar e o que plantar”, explicou Dom Guilherme.


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