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Congresso do Pinus Sul Brasil

Para setor, a médio e longo prazo, florestas são melhor investimento

  • Mauro Maciel

Suplementos, máquinas e equipamentos expostos no Centro Serra mostram a robustez do setor, que gera mais de 100 mil empregos diretos em Santa Catarina

Hoje é o último dia do Congresso do Pinus Sul Brasil e da TechForestry – 3ª Feira de Tecnologia para Indústria da Madeira e Floresta. Esses eventos são realizados desde quarta-feira, no Centroserra Convention Center, em Lages e têm como foco principal a atualização tecnológica do plantio ao processamento, discutir a evolução desta espécie no Sul do Brasil, e incentivar o fomento e o plantio, com tecnologia e com maior produtividade florestal. Iniciativa da empresa Porthus, o evento tem o apoio de diversas empresas, governos e entidades ligadas ao setor florestal. 

O vice-presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina - Fiesc, para a Serra Catarinense, Israel Marcon, avalia a realização do congresso como positiva. Para ele, as palestras e debates confirmaram os problemas, mas também as potencialidades do setor florestal. Foram tratados temas pertinentes ao desenvolvimento do setor, que responde por 100 mil empregos diretos em Santa Catarina. 

Um dos temas mais relevantes, segundo Israel, é a necessária expansão das florestas. É que as terras, que antes eram ocupadas com pinus ou eucalipto, agora são destinadas ao cultivo de culturas como a soja, milho e pastagem, e em cinco anos o estado teve uma redução de 72,3 mil hectares na área de silvicultura. “O setor perdeu atratividade para outros porque, no passado, algumas pessoas que investiram em florestas não perceberam o retorno financeiro que haviam planejado.”

Da mesma forma, Israel garante que o congresso veio para mostrar que a médio e longo prazo não há atividade mais rentável que a florestal. “É uma ótima alternativa, principalmente para áreas onde, em função do relevo, é difícil a utilização para a agricultura. Também para médios e grandes produtores que, de forma planejada, poderão investir no setor. 

 

Tecnologia aplicada

A TechForestry – 3ª Feira de Tecnologia para Indústria da Madeira e Floresta tratou do avanço de pesquisas que permitem produzir mais em áreas menores. Nesta questão, Israel Marcon comenta que Santa Catarina está bem desenvolvida. Como o setor florestal é sólido, entidades ligadas a ele trabalham de forma permanente em pesquisa. O Governo do Estado, por meio de suas entidades, também investe em pesquisas. Como resultado, Santa Catarina é destaque nacional na produção e na exportação de produtos de madeira. 

 

Máquinas e equipamentos

Quem foi ao congresso teve acesso a diversos equipamentos e máquinas expostas na área interna e externa. Mudas de pinus de alta qualidade, garras para a extração e transporte de madeira, caminhões e carretas estão entre os itens expostos. 

“A feira, por ser a primeira, está de parabéns. Mesmo em uma situação difícil que o setor enfrenta, os empreendedores continuam investindo. Muitas empresas enxergam a oportunidade em fazer diferente. Mostram que estão percebendo uma retomada. Quem vem para uma feira como essa acredita no setor. É um setor forte, importante, com muito conhecimento e tecnologia agregada,” avalia o vice-presidente da Fiesc para a Serra Catarinense, Israel Marcon. 


Futuro

Preocupada com a situação, com a redução das áreas de floresta, a Fiesc tem provocado o governo do estado em busca de uma solução. Desde o governo passado, busca-se um programa que incentive o plantio. 

Como Santa Catarina é o maior produtor e exportador de madeira serrada do Brasil, a diminuição das reservas de florestas plantadas preocupa. Para reverter o processo, o Governo do Estado anunciou iniciativa para estimular o plantio de florestas, ação que conta com a parceria da Fiesc. Deu o nome de "Plano Estadual de Florestas Plantadas", que praticamente prevê as mesmas ações do "Programa de Desenvolvimento Florestal", anunciado em março do ano passado. 

“A Secretaria da Agricultura, em parceria com a Associação Catarinense de Empresas Florestais (ACR) e a Câmara de Desenvolvimento da Indústria Florestal da Fiesc, irá construir um plano para incentivar a expansão das florestas plantadas em Santa Catarina e garantir os estoques de madeira para abastecer a indústria madeireira estadual e as exportações. Vamos propor a criação de um fundo para investimentos no setor, além de sugerir a parceria entre produtores rurais e empresas florestais”, destaca o secretário Valdir Colatto.


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