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Parceria Ambiental

Balneabilidade e riscos à saúde humana nas praias de Santa Catarina

A zona litorânea de Santa Catarina é altamente frequentada, representando, assim, um ambiente atrativo para veraneios, instigando o turismo e aumentando o fluxo nessas regiões. Neste verão, a balneabilidade foi um tema altamente discutido, pois grande parte das praias de SC foram classificadas como impróprias para banhos e com relatos do Norovírus sendo o causador da epidemia de diarreia em Florianópolis.

 

PRINCIPAIS CAUSAS

Uma das principais falhas que tem originado essa situação é a ausência de saneamento básico em grande parte das regiões de Santa Catarina. Esse assunto tem se mostrado indiscutível quando associado à qualidade dos rios urbanos e até mesmo das águas do mar, que são afetadas diretamente e indiretamente pelas atividades humanas sem controle, como despejo de esgoto doméstico sem tratamento e a disposição inadequada de resíduos sólidos.

A falta ou deficiência de saneamento básico, juntamente a prováveis ligações de esgoto sanitário à rede pluvial, fazendo com que o esgoto, ao invés de ser encaminhado ao tratamento, seja despejado in natura no meio ambiente, e o aumento populacional na temporada, agravam cada vez mais a situação da qualidade das águas no Estado. O problema aumenta quando o índice de chuvas ultrapassa os valores normais para um dado período do ano, pois toda a carga de esgoto a céu aberto e resíduos sólidos é carregada rapidamente até os corpos hídricos.

 

A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

No Brasil, a Resolução CONAMA nº 274/2000 é a legislação vigente responsável por dispor dos padrões das águas destinadas à recreação. De acordo com a classificação estabelecida pela Resolução, as águas impróprias para banho são as que apresentam acima de 1.000 coliformes fecais por 100 ml de água, em no mínimo duas amostras, de cinco analisadas, ou quando o valor obtido na última amostragem for superior a 2.500 coliformes fecais ou 2.000 Escherichia coli 100 ml de água.

 

ATITUDES TÉCNICO ADMINISTRATIVAS

Para assegurar a saúde ambiental e humana, a comunidade, juntamente com os setores competentes, necessita abandonar o costume de apenas enfrentar o problema quando ele se evidencia a cada verão. É necessário estudos, projetos e implantação de saneamento básico eficiente, garantindo não só a qualidade ambiental, mas a sustentabilidade dos recursos naturais e do meio ambiente.

 

MSc Paula A. W. de Andrade - Engenheira Ambiental

Colaboradora da Parceria Ambiental Ltda.

 

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