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Serra Catarinense ainda aguarda retorno sobre manutenção dos voos da Azul

Há uma semana, a Azul Linhas Aéreas, única companhia a operar no Aeroporto Regional Serra Catarinense, em Correia Pinto, tornou pública a decisão de encerrar as operações a partir desse terminal.

Este, é o único voo que conecta a Serra Catarinense a São Paulo e isso gerou preocupação a empresários e lideranças políticas da região, que se mobilizaram na tentativa de reverter o cenário.

Em reunião com o governador do Estado, Jorginho Mello, o secretário de Portos Aeroportos e Ferrovias de Santa Catarina, a diretoria da Azul se comprometeu a reavaliar a posição, mas até agora, não houve retorno. A expectativa é de que uma nova reunião seja marcada para os próximos dias.

Caso a decisão se confirme, a preocupação vai muito além da perda dessa conexão com outras regiões do país. São mais de 50 famílias que dependem dessa operação, além de empresas, como a Azul Cargo Express, que nasceu a partir da vinda da companhia aérea para a Serra Catarinense.

 

Azul Cargo Express investiu R$ 360 mil na parceria

Os voos diretos entre a Serra Catarinense e Campinas (SP), abriu uma nova possibilidade de negócio no setor de cargas. A parceria entre a Azul e a Azul Cargo Express surgiu há menos de um ano, em abril de 2024, com a equipe passando por treinamentos de aceitação de cargas aéreas e curso de Segurança Aérea para operação.

Entre abril e agosto, o ponto de atendimento, localizado na Avenida Duque de Caxias, em Lages, foi reformado com um investimento de aproximadamente R$ 160 mil.

Foram adquiridos veículos para carga urbana e veículos de apoio rodoviário tipo Van, totalizando um investimento de cerca de R$ 360 mil na base, segundo informou o proprietário da empresa, Carlos Zanella.

Operação em Florianópolis e transição para Correia Pinto

De agosto até o início de dezembro de 2024, a base operou utilizando o Aeroporto de Florianópolis, com rotas diárias que comprometiam o trabalho de um colaborador e um veículo na viagem de quase 500 quilômetros, somando-se ida e volta.

A operação no Aeroporto EEA de Correia Pinto começou no início de dezembro, após a aprovação do plano de segurança.

Impacto do fechamento - O recente anúncio do fechamento das operações aéreas em Correia Pinto, após apenas 40 dias de funcionamento da Azul Cargo Express, é um golpe significativo para a região.

“O centro de SC ficará sem operação comercial de cargas e passageiros, restando apenas o Aeroporto de Chapecó e os aeroportos litorâneos”, observa o empresário.

Expectativas de faturamento e eficiência da operação

Essa operação de carga ainda é jovem. Carrega cerca de 30 a 40 volumes por dia. No entanto, a expectativa, de acordo com Zanella, era de um faturamento de R$ 400 mil a R$ 600 mil por mês em frete aéreo na sua base de Lages.

“Eram valores que pareciam alcançáveis para a região. A operação aérea proporcionava uma entrega rápida e eficiente, com a carga chegando por volta das 10h45 e as entregas sendo iniciadas às 11h20, finalizando até o fim da tarde.”

“O encerramento das operações aéreas trará sérios problemas para a região, que possui grande potencial de crescimento e desenvolvimento. A volta exclusiva ao modal rodoviário aumentará os custos e comprometerá a eficiência das entregas, além de comprometer um colaborador e um veículo para viagens longas, como a de 490 km até Florianópolis (ida e volta)”, conclui.

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