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Política

Olivete Salmória

Sobre a licitação da Festa do Pinhão

Nem a Opus, que realizou a última edição da Festa do Pinhão e nem a Gaby Produções, que realizou várias edições após a sua terceirização, participaram do certame para escolha da empresa que realizará a 33ª edição do evento neste ano. Na abertura dos envelopes, na manhã de sexta-feira passada, nos surpreendemos com apenas dois participantes, ambas de Lages. Nenhuma empresa de fora se mostrou interessada no certame. A primeira delas, de Homero Borges de Carvalho, ofereceu um lance de apenas R$ 50 mil, quando o edital exigia o mínimo de R$ 400 mil. Portanto, foi declarada inabilitada. A segunda empresa foi a TBS Produções (Eduardo Luzardo Rech Ltda) que ofereceu um lance de R$ 401 mil. Faltou apenas um documento para que fosse batido o martelo em favor desta última: comprovar que tem capacidade para realizar eventos para um público de 15 mil pessoas/dia. O documento não foi apresentado e o certame foi dado como deserto e deverá ser feita uma nova licitação. É bem provável que as duas empresas que já realizaram a festa participem agora. Na realidade, acho que esse modelo da Festa do Pinhão que aí está, já deu! Hoje se transformou em um festival, onde se monta uma estrutura imensa e cara apenas para exibir shows nacionais. A última edição já mostrou isso. A festa mesmo aconteceu no calçadão: no Recanto do Pinhão. É ali que o evento tem de acontecer e é para lá que a prefeitura tem de transferir a Sapecada da Canção Nativa, antes que esse evento também sucumba junto com a Festa Nacional do Pinhão. Isso foi a única coisa genuína que restou.

 

“Iniciei na vida pública a convite do prefeito Renatinho, em 2006, como diretor administrativo financeiro na secretaria de saúde. Depois, por circunstâncias, me tornei secretário efetivo e vereador. Agora, depois de dois mandatos consecutivos como vice-prefeito, é natural que o próximo passo seja eu me tornar candidato de si próprio. Temos um grupo político que nos apoia e dá sustentação, ampliado com o PSD e outros partidos da base de nosso governo que pretendemos manter. Não tenho nenhuma vaidade em dizer que devo ser eu.”

Vice-prefeito, Juliano Polese (PP), durante uma entrevista enquanto prefeito em exercício, nas férias do titular Antonio Ceron

 

O concurso do vice-prefeito

O vice-prefeito Juliano Polese está entre os classificados no concurso da Câmara de Vereadores, cujo resultado final foi divulgado pelo Ibam, na terça-feira anterior, dia 24. Ficou em 25º lugar na classificação para o cargo de secretário legislativo. Os primeiros nomes colocados vão preencher seis vagas em cinco cargos da estrutura do funcionalismo efetivo da Câmara Municipal de Lages. O cargo que ele pleiteava foi o mais concorrido, com um total de 393 pessoas inscritas. O salário previsto é de R$ 8.679,72. Polese argumentou que só fez a inscrição do concurso para ajudar um amigo “que achava não estar em condições de enfrentar o concurso. Eu não estudei e fui fazer, para ver como me saía”, afirmou. E se saiu muito mal, considerando que é formado em Administração. Provavelmente quis tentar um Plano B, para quando deixar a prefeitura no final do mandato. Embora tenha pretensões, sabemos o quanto seria difícil uma eleição a prefeito. Seria mais fácil tentar retornar à Câmara, cargo para o qual já foi eleito uma vez.

Polese fez o concurso da Câmara enquanto estava como prefeito interino e ficou em 25º lugar

 

Prioridades

O Ministério dos Transportes do governo Lula apresentou 80 prioridades para os primeiros 100 dias de nova gestão em rodovias e ferrovias. Cinco obras de Santa Catarina estão entre as metas imediatas. Uma delas é a duplicação da BR-470. As outras quatro frentes de trabalho catarinenses são rodovias. O trecho em construção da BR-285, no Sul do Estado, está na reta final. No Oeste, a BR-163 avança com trechos de pavimento em concreto. No Norte, a duplicação da BR-280 caminha lentamente. Na Grande Florianópolis, há a antiga reivindicação de terceiras faixas na BR-282 rumo à Serra.

 

Dificuldades

Segundo soube, a Alam está prestes a fechar suas portas porque não está conseguindo recursos para a sua manutenção. As atividades retornam este mês, mas a persistir a situação terá de fechar. Hoje ela atende a 74 crianças e adolescentes e tem quase 90 famílias cadastradas, mas os funcionários estão com o pagamento atrasado desde dezembro.

 

Muito estranho

Causa estranheza que o IBGE tenha se fechado em copas com relação à antecipação de qualquer resultado do Censo 2022. No site do instituto há uma nota esclarecendo que ninguém está autorizado a falar a respeito até que se conclua o trabalho. Acredito que alguém tenha dado alguma bola fora para que saísse essa decisão.

 

Atenção domiciliar

A deputada Carmen Zanotto andou entregando recursos de suas emendas recentemente. Parte destes recursos se destinava à reforma do segundo andar da UPA 24 horas. Na realidade, este andar nem foi exatamente concluído e serve hoje de depósito. Soube que lá funcionará o Serviço de Atenção Domiciliar. E outros serviços relacionados à urgência e emergência.

 

Inquérito

Foi instaurado inquérito para apurar as "intervenções antrópicas no Morro Grande, bem como a omissão municipal em adotar medidas mitigadoras a danos ambientais neste local", informou a promotora Tatiana Borges Agostini à vereadora Suzana Duarte (Cidadania), em resposta aos seus questionamentos com relação a atuação da empresa que explora a pedreira do Morro Grande.

 

Pauta esvaziada

Se você quer reclamar do buraco na rua, da coleta do lixo, da iluminação pública, enfim... agora você tem uma ferramenta na palma da sua mão, que é o aplicativo +Lages, no seu celular, lançado pelo vice-prefeito Juliano Polese em seu último dia como prefeito interino. Se realmente funcionar, vai deixar os vereadores sem ter o que fazer. Eles só sabem fazer indicação para fechar buraco, arrumar boca-de-lobo, fazer a varrição, etc...

 

Denúncia

Em entrevista realizada pela Rádio Clube, para esclarecer a respeito da vigilância sanitária nos açougues da cidade, alguém denunciou que no estabelecimento onde trabalha uma pessoa da vigilância, se avisa antes para dar tempo para esconder os produtos que não passaram por inspeção. A fiscal que participou do programa disse, então, que se ele sabia que denunciasse. Uma reação absurda, visto que é óbvio que o funcionário não iria colocar o emprego em risco. Deveria encarar isso como uma denúncia para ela própria investigar. Não é essa a sua função? O caso é gravíssimo, significa dizer que alguém de dentro da Vigilância Sanitária está informando os açougues antes da visita do fiscal.

 

Delação premiada, o caso Semasa

Segundo informações que circulam nos meios políticos, o empresário, proprietário da Serrana, Odair Manrich, fez delação premiada. Ele e o filho também estão detidos há cerca de um mês, desde quando foi deflagrada a Operação Mensageiro, que investiga fraudes na Semasa. Foram apreendidos, inclusive, dinheiro. Alguns dizem que R$ 500 mil, outros, que teria sido um valor maior. Se isso ocorreu realmente, é provável que o escândalo atinja outras proporções, abrangendo outras pessoas também. Lembrem-se que a delação só se concretiza se houver provas. Isso é, que confirmem o delito cometido. Mas, tudo na Justiça está protegido pelo sigilo, por essa razão cresce a importância da instauração da CPI da Semasa na Câmara de Vereadores. Dará maior visibilidade ao caso e a população poderá acompanhar os fatos em todas as suas extensões e tomar conhecimento do envolvimento das pessoas neles incluídos.

 

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