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Política

Olivete Salmória

A questão é administrar os espaços

Ainda antes do inverno chegar, a secretária Estadual da Saúde, Carmen Zanotto, promete informar quantos leitos a mais serão criados no Hospital Tereza Ramos. O próprio governador Jorginho Mello se comprometeu a ativação de 100% da nova estrutura (ala nova) o mais rápido possível. Em termos de estrutura física, falta muito pouco para a conclusão, contudo, agora se descobriu, por exemplo, que o novo centro cirúrgico só não está funcionando porque não foi sequer licitada a aquisição do mobiliário. E no caso de uma unidade gerida pelo governo, não basta encomendar ou ir na loja comprar, são móveis sob medida e que precisam de licitação. Demanda tempo!  A questão mais urgente hoje, em termos de saúde em Lages, é a disponibilidade de leitos. O HTR dispõe hoje de cerca de 280 leitos. Quando da construção da nova ala, se falava no acréscimo de mais de 109 novos leitos. A capacidade da unidade então subiria para, no mínimo, 380 leitos, o que já desafogaria sobremaneira a UPA, onde ficam hoje os pacientes à espera deles. E, permitiria a redução das filas de espera por cirurgias eletivas, especialmente com a abertura de novo centro cirúrgico.  É fundamental a disponibilidade desse centro, pois mesmo não aumentando de imediato o número de leitos, será possível realizar as cirurgias que não necessitam de internamento (hospital-dia). É importante destacar que o hospital tem hoje 1.350 funcionários para atender 300 leitos e ainda, a média de ocupação é de 75%, isso porque não pode misturar pacientes com doenças infectocontagiosas com os demais, não pode internar homens na ala da maternidade, etc... Para aumentar a ocupação dos leitos é preciso administrar os espaços. Segundo Carmen Zanotto, é exatamente este o esforço que está sendo feito agora. Por tudo o que foi colocado, já podemos constatar que, muito mais do que o término da obra física na nova ala, o que o hospital precisa é de uma gestão eficiente.

 

“Haverá um antes e um depois da Assistência Social em Lages, após a instalação do restaurante popular.”

O secretário da Assistência Social e Habitação, Jean Pierre Ezequiel, ao falar da importância da instalação do Restaurante Popular em Lages.

 

“Não deixarei de ser deputada”, diz Carmen

A secretária da Saúde, Carmen Zanotto, recebeu os profissionais da imprensa de Lages. Uma das questões que destacou foi de que, mesmo estando secretária de Estado da Saúde, “não deixa de ser deputada”. Nos próximos dias, se licencia por alguns dias para a posse na Câmara dos Deputados, retornando depois. Diz que sempre que houver votação de matérias importantes retoma à vaga. Mas serão retornos pontuais. Na região, garante que além das ações da secretaria estará atenta e acompanhando as demais demandas como deputada. Disse também que ainda não há definição para o preenchimento dos cargos de coordenação da Regional de Saúde e para a Assessoria de Governo.


(Legenda)Carmen recebeu a imprensa para expor as ações que está realizando ou pretende realizar em Lages

Foto: Carmen Zanotto

Crédito: Olivete Salmoria

 

Transporte irregular

O Poder Executivo de Cerro Negro firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público para controlar sistematicamente os deslocamentos dos veículos oficiais. O objetivo é acabar com uma prática que se perpetuou ao longo dos anos: a concessão de caronas para fins particulares por meio da frota municipal. O TAC é consequência dos desdobramentos de um inquérito civil que comprovou práticas irregulares no sistema de transporte oficial de Cerro Negro, como a utilização de automóveis da Secretaria Municipal de Saúde para questões alheias à real finalidade, que é o deslocamento de pacientes para exames, consultas, cirurgias, acompanhamentos, etc.  “Estamos atuando no sentido de assegurar a finalidade pública da frota municipal. Também se busca prevenir que haja responsabilização civil do Poder Público por eventuais acidentes de trânsito com vítimas não autorizadas a utilizar veículos oficiais”, diz a Promotora de Justiça da Comarca de Campo Belo do Sul, Raíza Alves Rezende .

 

Agentes

A Secretaria da Segurança está trabalhando no projeto que visa transformar os vigias e zeladores da prefeitura em Agentes Públicos Municipais de Segurança. Seria o primeiro passo para a criação da chamada Guarda Nacional. Com a alteração, haverá uma mudança na Base Salarial destes servidores.

 

Restaurante

O restaurante popular que o secretário da Assistência Social está pleiteando para Lages deverá ser instalado no espaço da antiga Samt, anexo ao Mercado Público. Este prédio tinha ido a leilão para o pagamento das dívidas trabalhistas da Samt, mas a prefeitura conseguiu reverter o processo.

 

Desleixo!

O que está havendo na prefeitura, que já estamos no final do mês de janeiro e ainda não conseguiu retirar a decoração natalina da Avenida Camões. E... nem as casinhas do Papai Noel no calçadão. Na semana passada até foi alvo de matéria da imprensa local, porque as casinhas estão servindo de banheiro dos moradores de rua.

 

De novo

O novo presidente da Câmara, Aldori Freitinhas (MDB), anunciou que deverá inovar as atividades do legislativo levando às sessões para os bairros. Já ouvi esse discurso antes. Aliás, é o discurso repetido por todos os novos presidentes, sob a alegação de que, desta forma, será possível levantar as necessidades da população dos bairros. Uma vez no exercício dos cargos, são realizadas algumas destas sessões e se constata que as necessidades são as mesmas em todos os bairros.

 

Agressão à mulher

O prefeito Antonio Ceron é grande defensor da mulher, tanto que criou uma secretaria voltada às políticas em favor da mulher. Contudo, há um secretário seu, inclusive com grandes pretensões, de até ser seu sucessor, que no último final de semana bateu na ex-mulher dentro do estacionamento do Clube Caça e Tiro. Será que o prefeito não vai fazer nada a respeito. Ao que sei, essa agressão foi testemunhada por algumas pessoas que estavam por lá.

 

Uma falácia!

Quando falamos em saúde, os problemas com o atendimento e a superlotação dos espaços de atendimento, sempre há quem critique os municípios vizinhos que “não cooperam para manter o serviço, mas usufruem dele”. Mas essa afirmativa não é verdadeira.  Lages só tem autonomia financeira (gestão plena) porque é uma cidade polo. Muito dos benefícios e recursos que recebe é porque atende uma população bem maior do que os habitantes que dispõe. Somada, toda a população da Amures não chega a 300 mil pessoas. Recebe recursos e é incluído em programas da saúde porque atende a uma população de 300 mil habitantes e toda uma região. Tem serviços de referência porque abrange uma população X.

 

A solução para o atendimento na área da saúde

“Cara Jornalista, falo aqui como Médico de Família, e também plantonista da UPA Lages. O desafogamento da UPA poderá ocorrer quando as Unidades Básicas atenderem de um modo eficiente a população Lageana. E sabemos que isso não acontece. Vamos a alguns fatos: Primeiro – A falta de engajamento por parte de uma parcela considerável dos médicos que atuam na atenção básica... Segundo: quando uma pessoa procura uma Unidade de Saúde, a sua demanda deve ser resolvida ali, e não agendada para daqui trinta dias ou, de modo descarado, encaminhado a UPA. É comum atender na UPA pacientes com demandas de ambulatório, demandas que deveriam ser resolvidas na sua UBS. Uma pessoa com dor, não pode ser atendida em seu próprio bairro e ali medicada? Claro que sim. Para isto basta ter comprometimento com o seu trabalho.” Isso foi dito por um médico plantonista que atua na UP, Carlos de Lima e Silva Filho e é muito verdadeiro. A pergunta é: porque o responsável pela saúde não organiza os serviços para ter maior resolutividade? Parece que é até intencional.

 


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