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Política

Olivete Salmória

Até o prefeito foi parar no presídio

O prefeito Antonio Ceron, os secretários da Administração e Finanças, Antônio Arruda e dos Serviços Públicos e Meio Ambiente, Eroni Delfes, assim como a população foram pegos de surpresa com a execução da segunda fase da Operação Mensageiro, na quinta-feira (02) da semana passada. De volta das férias, Ceron ficou apenas um dia no cargo. Parece que o Gaeco só estava esperando que reassumisse para detê-lo. Mas, acho que foi apenas coincidência, visto que a sua prisão, assim como dos dois secretários foram fruto da delação do proprietário da Serrana Engenharia, Odair Mannrich, ainda na segunda-feira. Não foi apenas ele e seu filho Bernardo que fizeram a delação. Foram seis dos cerca de 16 detidos na primeira fase. O ex-secretário da Semasa, Jurandi Agostini, que está preso há mais de dois meses; assim como o ex-diretor de Resíduos Sólidos, Miltinho Matias não aceitaram a delação, por isso prosseguem detidos. O primeiro na Penitenciária de São Cristóvão do Sul e o segundo no Presídio do Bairro São Cristóvão de Lages. Já Ceron e Arruda foram conduzidos para o presídio de Itajaí e Delfes, por ser militar, ficou no 4º BPM, em Florianópolis. Neste tempo, desde a prisão, os advogados entraram com inúmeros pedidos de habeas corpus, até mesmo junto ao Supremo, e todos foram negados. Era esperado que, pela idade (77 anos) Ceron não ficasse detido por muito tempo, mas não teve qualquer regalia. Lembramos que a prisão do ex-prefeito Elizeu Mattos durou mais de dois meses. Já circula nos bastidores de que, independentemente do que ocorrer com ele, Ceron estaria determinado a renunciar ao cargo. Tenho também minhas dúvidas de que Arruda e Delfes, já exonerados pelo prefeito interino, Juliano Polese, venham a reassumir as pastas nestes dois últimos anos do governo Ceron/Polese. Mesmo porque, o prefeito interino deverá ampliar a reforma da equipe já prevista. Além de chamar o ex-presidente da Câmara, Jean Felipe para ocupar uma pasta, abrirá espaço na Câmara para a suplente do PP, sua amiga Odila Waldrich. Agora será então a vez do PP dar as tintas no paço. O Ministério Público tem um objetivo final nesta investigação e já há quem diga que haverá desdobramentos até chegar ao sócio oculto da Serrana, empresa que atua hoje em inúmeros municípios em todo o estado.

 

“Não há nada mais importante nem mais urgente que atender quem sente dor e quem luta pela vida. Temos condições, temos vontade política e vamos fazer já, vamos tirar as pessoas do sofrimento, esse é o papel do Estado”

Governador Jorginho Mello ao comunicar a respeito do programa de Cirurgias Eletivas com o qual pretende zerar a fila de espera em apenas seis meses.

 

Na posse dos eleitos

Os dois deputados eleitos pela Serra, Marcius Machado (PL) e Lucas Neves (Podemos) assumiram suas cadeiras na Assembleia de SC no dia 01. Marcius está em seu segundo mandato e foi reeleito com 39.749 mil votos, e Lucas está estreando na Assembleia. Na eleição anterior (2018) ele também concorreu e foi o segundo mais votado (26.795 votos), mas insuficientes para lhe eleger.  Com 34 anos, Lucas é o parlamentar mais jovem deste mandato. Os representantes da Serra na Alesc já tiveram a primeira reunião, ainda na quarta-feira (01), após a cerimônia de posse da 20ª legislatura catarinense e conversaram (foto) sobre os projetos futuros para a região serrana. O ex-secretário da Casa Civil do governo Carlos Moisés, Juliano Chiodelli, é hoje o chefe de gabinete de Lucas, enquanto que o chefe de gabinete do deputado Marcius é Cleves Couto.


Bancada da Serra

Em sua fala na tribuna, Lucas Neves (Podemos) adiantou que vai propor a criação na Assembleia Legislativa da “Bancada da Serra”, que conceituou como um grupo de deputados que atuarão de forma conjunta em defesa dos interesses dos municípios da região Serrana do estado. Conforme o parlamentar, os deputados Marcius Machado (PL) e Mário Motta, que possuem escritórios em Lages, já manifestaram apoio à ideia. “As pautas comuns terão o nosso engajamento frente às instituições, para que possamos dar uma resposta ao nosso povo e à gente serrana.”

 

Autoritarismo

Os profissionais da assistência social enviaram uma carta ao Conselho da Mulher e a Procuradoria da Mulher expondo a situação relativa ao secretário da área, Jean Pierre Izequiel O acusam de autoritário e que utiliza a pasta para atender seus interesses políticos, incluindo aí até a pressão junto aos subordinados para isso. A denúncia é séria e espera-se que o prefeito tome as providências necessárias.

 

Fila zerada

O governador Jorginho Mello e a secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, apresentaram, na segunda-feira (6), o Programa Estadual de Cirurgias Eletivas, com a meta de zerar, em até seis meses, a lista de espera por procedimentos cirúrgicos na rede pública de saúde do Estado. O orçamento previsto é de R$ 235 milhões para o Fila Zero até 2026. Estão incluídas no Programa também as pessoas que aguardam por consultas, cirurgias, exames e diagnósticos, assegurando atendimento prioritário aos pacientes oncológicos. Mais de 225 mil catarinenses serão diretamente beneficiados.

 

Impeachment

O pedido de Impeachment do prefeito Ceron nem foi lido na Câmara. O presidente Aldori Freitinhas leu parecer do diretor da Câmara, Edson Medeiros, justificando o não acatamento do pedido. Segundo o que explicou, faltou detalhamento das provas contra o prefeito. “Acusou a ausência de formalidade indispensável para o recebimento da peça, qual seja a indicação pormenorizada das provas a serem produzidas pela comissão que, em tese, deveria ser formada”, justificou. Na sessão de terça-feira o vereador Jair apresentou um calhamaço de documentos, as ditas provas. O presidente encaminhou ao jurídico da Câmara e prometeu dar um posicionamento num prazo de 24 horas.

 

Pagamento

Na segunda-feira (06), também foi assunto da Câmara de Vereadores, o pagamento feito pela Semasa à Serrana Engenharia no dia 17 do mês passado, depois de 10 dias da Operação Mensageiro, de quase R$ 3 milhões, referente ao recolhimento do lixo da cidade. Se paga R$ 2.7 milhões por mês, significa dizer, então, que a prefeitura está gastando R$ 32,4 milhões por anos somente com a coleta de lixo.

 

Os deputados de SC

Os deputados da Assembleia de SC formam quatro blocos distintos. Os blocos recebem o mesmo tratamento dado às bancadas partidárias: o MDB e PSDB se uniram para formar o Bloco Parlamentar Social Democrático, composto por oito deputados (seis do MDB e dois do PSDB). União Brasil, PSD e PTB integram um segundo bloco, formado por seis parlamentares. Com a denominação de Bloco Parlamentar Democrata, Inclusão Social e Igualdade, PT e PDT se uniram em um bloco de cinco deputados. Por fim, Podemos, Novo e Republicanos também estão reunidos em um bloco composto por cinco parlamentares. Ao todo, 13 partidos contam com representação partidária no Parlamento estadual. O PL segue com a maior bancada da Alesc, com 11 integrantes.

 

Concurso

Um inquérito instaurado pelo Ministério Público de SC, em 2019, para apurar a ocupação irregular de um cargo na Câmara de Vereadores de Correia Pinto acabou impulsionando a realização de um concurso para o preenchimento de vagas. O procedimento confirmou que a controladoria interna vinha sendo executada por uma agente comissionada, o que fere princípio da transparência. A Câmara fez a exoneração da agente, porém, nenhum funcionário efetivo manifestou interesse pelo cargo. Então, um agente aprovado em processo seletivo assumiu a função temporariamente. Agora, o Poder Legislativo lançou o edital do concurso visando a contratação de um controlador interno, também de um analista de compras e licitações e de um agente de serviços gerais

 

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