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Política

Olivete Salmória

Projeto de Felício foi sepultado

A cada nova legislatura, sempre aparece alguém tentando ressuscitar o assunto de aumento do número de cadeiras na Câmara de Vereadores. Da última vez, o Jornal Correio Lageano liderou uma campanha, colhendo mais de 12 mil assinaturas, pedindo a redução para apenas 12 cadeiras. Os vereadores da época ignoraram a iniciativa popular. Agora, vem o suplente Feliciano Martins (PSD) tentando trazer novamente o assunto à tona. O suplente não conseguiu se eleger – é o terceiro suplente do PSD - e quando consegue chegar à Câmara, substituindo o titular da cadeira (o vereador Ozair Polaco) por um curto período, a primeira e única iniciativa foi propor o aumento de cadeiras do legislativo de 16 para 19. E, inicialmente, conseguiu a assinatura de outros três suplentes - Katsumi, Ênio do Vime e Robertinho e outros dois vereadores eleitos: o presidente da casa Jean Felipe (PP) e Heron de Souza (PSD). Depois de ver a repercussão negativa, este último pediu ao presidente da Casa o arquivamento da proposta. Os demais também retiraram seus nomes da matéria. Não há nenhuma justificativa para uma proposta dessa, a não ser o fato de que ele entende que assim fica mais fácil para se eleger. Contudo, mesmo que a Câmara tivesse hoje 19 cadeiras, o único dos suplentes que assumiria uma cadeira seria Ênio do Vime (PSD). Os outros seriam o Moisés Savion (PT) e o David Moro (MDB). E, se tivéssemos 19 vereadores, certamente Felício estaria hoje propondo que se elevasse para 21 o número de vereadores. Um milhão de reais é o valor que a prefeitura repassa para a Câmara mensalmente. Os vereadores que defendem o aumento do número de cadeiras dizem que não haverá aumento de gastos. Mas, a prefeitura repassa apenas aquilo que a Câmara gasta. O que não gasta fica na conta mãe da prefeitura para cobrir as demais despesas do poder público. Eles contam com a ignorância das pessoas ao justificar que com 19 vereadores aumenta a representatividade e os gastos seriam os mesmos. Como é possível dizer que não haverá aumento de gastos? Que milagre é esse que eles conseguem operar? O aumento de mais um vereador não implica apenas no pagamento de mais um salário, mas em toda a despesa da Câmara. Você sabe o quanto realmente custa cada vereador?  Se hoje a Câmara gasta mais de R$ 800 mil apenas com os salários – os 16 vereadores, seus assessores e mais os 100 funcionários – cada vereador acaba custando R$ 50 mil por mês. Mais três vereadores seriam mais R$ 150 mil de acréscimo às despesas.

 

“Quero criar um programa de restaurantes populares espalhados por todo o estado, com parceria da Ceasa, para o reaproveitamento dos alimentos (verduras, legumes e frutas) que não são comercializados, e alimentar as famílias mais humildes”

Candidato ao governo pelo PL, Jorginho Mello, ao citar uma das suas propostas de governo.

 

Carmen e Jorginho na recepção à Michelle

A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e a senadora eleita, Damares Alves, cumpriram uma agenda de viagens pelo país na “Caravana das Mulheres”. E na última segunda-feira estiveram em SC. Jorginho Mello, candidato ao governo pelo PL, e sua vice, a delegada Marilisa Boehm, receberam a primeira-dama em Florianópolis e a acompanharam nos encontros na capital, em Balneário Camboriú e Chapecó. A deputada federal serrana, Carmen Zanotto também acompanhou a comitiva.

Carmen acompanhou a primeira-dama Michelle na Caravana das Mulheres em SC

 

Candidato do PT esteve em Lages no domingo

Em meio a uma carreata que reuniu apoiadores de Lages e cidades da região, o candidato ao governo de SC pelo PT, Décio Lima, disse: “Estamos num momento muito difícil, mas prontos para enfrentar essa adversidade com a nossa força de sempre. Nossa luta é contra os poderosos”. A concentração para a “carreata da Frente Democrática” na Igreja do Navio acabou gerando comentários e a paróquia chegou a expedir nota dizendo que não tinha relação com o uso deste espaço. De Lages, o candidato e a comitiva seguiram para Chapecó.

Décio participou de carreta e realizou reunião em espaço fechado, quando conversou com apoiadores

 

Novo diretor

As informações dão conta de que Carmen Zanotto vai mesmo para a pasta da Saúde, e deve nomear para substituir Maurício Batalha, na direção do Hospital Tereza Ramos, o médico Edson Subtil. Ele é filiado ao MDB e sempre esteve na executiva do partido, mas é marido da presidente local do Cidadania, a também médica e ex-vereadora, Cristina Subtil. Observa-se também que Maurício chegou a ser eleito vereador também pelo Cidadania, mas ao longo do caminho acabou se desentendendo com a cúpula do mesmo por questões de apoio. Maurício sempre esteve ao lado de Carmen, mas nas duas últimas eleições municipais ocorreram alguns conflitos internos durante a campanha a vereador. Maurício queixou-se da falta de apoio do partido.

 

Lombadas eletrônicas

O diretor de trânsito, Newton Silveira Júnior, confirmou: as lombadas eletrônicas vão voltar. Está sendo realizada a licitação. Se demorar tanto como da primeira vez, chegaremos ao final do segundo mandato do Ceron sem que ela aconteça. Levou mais de dois anos! Realmente é absurda a falta de educação dos nossos motoristas que não respeitam o limite de velocidade e são muito imprudentes. Nos finais de semana, a quantidade de acidentes chega a números absurdos.

 

Leiam essa!

Dizem que está faltando empregos em Lages. Mas o IBGE já iniciou o censo há meses e até agora não conseguiu preencher as vagas para recenseadores!

 

Emenda recusada

Parece que os vereadores de Capão Alto resolveram atender ao clamor da população e acabaram não aprovando, na sessão de quarta-feira, da semana passada, o projeto de emenda à Lei orgânica derrubando a proibição à prática do nepotismo por cinco a quatro votos. A prefeitura continua sendo impedida de contratar parentes para ocupar cargos na administração municipal. Volni da Silveira Trindade (presidente da Câmara), Ênio Ribeiro da Silva e Miguel Pereira foram os vereadores que assinaram a proposta de emenda à Lei Orgânica derrotada nesta segunda votação.

 

Vitórias mais apertadas

A história registra que em 1982, em disputa com turno único, a vitória de Esperidião Amin sobre Jaison Barreto foi por cerca de 12 mil votos, ou apenas 0,7% dos votos válidos. Em 2002, já em uma disputa de segundo turno e em que o apoio do ex-presidente Lula auxiliou o candidato vencedor, Luiz Henrique da Silveira venceu Esperidião Amin por cerca de 20 mil votos (0,68%) e deu início ao primeiro mandato. Mais tarde, já no poder, o emedebista construiu a tríplice aliança que manteve seu grupo político no poder por 16 anos em SC. Uma terceira disputa com resultado apertado ocorreu em 1994. Paulo Afonso Vieira, que havia ficado em segundo lugar no primeiro turno, virou o placar sobre Ângela Amin, do PPB, e venceu a eleição com 50,48% dos votos no segundo turno, contra 48,9% de Ângela Amin.

 

Partidos vitoriosos

O atual MDB é o partido que mais vezes venceu as eleições para o governo de SC, com quatro triunfos. As duas últimas vitórias foram com Luiz Henrique, enquanto as demais foram com Paulo Afonso Vieira (1994) e Pedro Ivo Campos (1986). Além dos emedebistas, cada eleição foi vencida por um partido diferente. Raimundo Colombo, embora reeleito, estava no DEM quando foi eleito no primeiro mandato, e no PSD na segunda vitória.

 

Sucessão na Câmara

Alguém me lembra que no acordo firmado no início da legislatura, a sequência dos presidentes seriam: Gerson dos Santos (PSD), Jean Filipe (PP),Aldori Freitinhas (MDB) e Heron Souza (PSD). Dizem que Heron está confiante que assim será. Alegam que no momento preciso o prefeito chamará os vereadores da base e determinará a votação, no sentido de que se cumpra o que foi acordado. Será? Ozair Polaco, pelo menos, me disse que se os acordos com ele não foram cumpridos, ele não tem compromisso com ninguém e se diz mais candidato que nunca.

 

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