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Mauro Maciel

Um passo para frente e outro para trás

A partir do dia 1º de maio, os preços de venda de gás natural para as distribuidoras estarão 39% mais caros na comparação com o último trimestre. O anúncio foi feito pela Petrobras, nesta segunda-feira, dia 5. O presidente da Federação das Indústrias (Fiesc), Mario Cezar de Aguiar, diz que a alta preocupa a indústria catarinense, que já teve um reajuste de 31% em janeiro na tarifa do insumo. Em Santa Catarina, estima-se que o reajuste para a indústria seja da ordem de 30% porque o preço final do gás ao consumidor não é determinado apenas pelo preço de venda da petroleira, mas depende também das margens das distribuidoras nos estados.

A informação é um balde de água fria no setor, principalmente depois do Governo Federal ter anunciado, em março, que o Novo Marco Legal do Gás era a aposta para a reduzir o preço do insumo e atrair investimentos.

O Ministério de Minas e Energia, calcula que o programa pode destravar R$ 32,8 bilhões em investimentos em infraestrutura para gás no país até 2032. O preço do gás natural do Brasil é

alto na comparação com outros países, de US$ 12 a US$ 14 por milhões de BTUs (unidade térmica britânica, na sigla em inglês), de acordo com dados apresentados pelo ministério.

Na prática, essa nova Lei pode acelerar o processo de construção do gasoduto da SC Gás, que está na região do Vale do Itajaí mas tem o objetivo de chegar a Lages, passando por Otacílio Costa e Correia Pinto.

Mas os seguidos reajustes, apesar de todas as vantagens do uso do gás, podem desestimular a adesão de novas empresas, situação muito ruim para Santa Catarina que desponta como um dos estados mais desenvolvidos do Brasil e precisa da alternativa do gás natural para continuar crescendo.


SC depende do gás natural para continuar crescendo


"A SCGÁS entende os desafios socioeconômicos impostos pela pandemia e reforça a nota pública divulgada pela Abegás, ressaltando que os aumentos praticados pelo agente supridor não geram benefícios ao setor de distribuição. Ao contrário, afetam a vantagem econômica do gás natural, importante instrumento para a competitividade de diversos ramos da indústria consumidora do insumo."

SCGás, em nota


*Acate 35 anos_ A entidade completou 35 anos em 1º de abril e lançou uma campanha digital para comemorar a data. Na Serra Catarinense, o braço da Acate é o Orion Parque, instalado no Centro de Inovação Luiz Henrique da Silveira. Como polo regional na Serra Catarinense, a microrregião tem 2,7% do total de empresas e 3,1% do faturamento do setor de tecnologia no estado. Segundo dados do Observatório Acate, isso representa 333 empresas, que geram mais de 3 mil empregos e um faturamento anual estimado em R$ 500 milhões.


*Sebrae vagas_ Estão abertas inscrições para recrutamento de novos Agentes Locais de Novações (ALI). O processo seletivo iniciou no dia 27 de março e encerra no próximo dia 18 de abril. Como bolsistas do CNPq, selecionados e capacitados pelo Sebrae, os agentes têm o desafio de acompanhar um conjunto de empresas com o objetivo de aumentar a produtividade com a implantação de práticas inovadoras nos negócios.


*Sebrae vagas 2_ O Programa Agentes Locais de Inovação (ALI), concebido pelo Sebrae e Ministério da Economia, tem o objetivo de promover a prática continuada de ações de inovação nas empresas de pequeno porte, por meio de metodologia específica, orientação proativa, gratuita e personalizada. Portanto, quem estiver interessado em fazer parte do desafio, deverá ter graduação em qualquer área e acessar o site: https://www.concepcaoconsultoria.com.br/


*Acil_ O agronegócio é uma das principais atividades econômicas da Serra Catarinense. Diante desse cenário, a Acil percebeu a necessidade de auxiliar o setor promovendo uma aproximação dos produtores aos demais envolvidos na expansão e conquista de novos mercados. Nesse sentido, a Associação Empresarial de Lages realizou reuniões com o setor e criou o Núcleo de Agronegócios com o objetivo de facilitar o trânsito de informações e até a realização de negócios entre as partes.


*Cigarrinha_ A cigarrinha-do-milho tem causado estragos nas lavouras de Santa Catarina. As estimativas apontam para uma quebra de 20% na produção esperada de milho, fechando em 2,07 milhões de toneladas. A Secretaria de Estado da Agricultura trabalha em conjunto com a iniciativa privada, universidades e suas empresas vinculadas para buscar soluções que minimizem as perdas e evitem o mesmo problema na próxima safra.


*Cigarrinha 2_ O inseto causa dor de cabeça em todo o Brasil. Na Serra Catarinense, alguns produtores perderam 50% da safra, a exemplo de Bocaina do Sul onde o prejuízo não foi linear nas lavouras. Esse é o impacto direto. O indireto será sentido em toda a cadeia alimentar, principalmente a que envolve a produção de aves e suínos, onde o milho é importante insumo da ração. A expectativa é que se encontre uma forma de prevenir o ataque da cigarrinha, porque depois da infestação não há o que fazer.

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