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Economia

Mauro Maciel

Empresas contratam só com quem tem ação ambiental

A sustentabilidade é uma preocupação cada vez mais presente na indústria brasileira. Segundo levantamento divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), seis em cada dez empresas têm uma área ou departamento dedicado ao tema. Segundo reportagem do site Agência Brasil, o número quase dobrou em relação ao ano passado, quando 34% das indústrias no país afirmaram ter esse cuidado.

Feita com executivos de indústrias em todo o país, a pesquisa será divulgada pela CNI durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), que está sendo realizada no Egito até o próximo dia 18. Os dados, segundo a entidade, mostram os avanços da conscientização ambiental na indústria brasileira.A proporção de empresários que disseram exigir certificados ambientais de fornecedores e parceiros na hora de fechar um contrato subiu de 26%, em outubro do ano passado, para 45% neste ano. Mais da metade (52%) das indústrias tiveram de comprovar ações ambientalmente sustentáveis na hora de assinarem contratos, contra 40% em 2021.Conforme o levantamento, a relação com os consumidores explica, em parte, o aumento da consciência ambiental. De 2021 para 2022, subiu de 20% para 35% o número de empresários que acreditam que os consumidores atribuem peso alto ou muito alto a critérios ambientais na hora da compra. No entanto, apenas uma em cada dez empresas deixou de vender algum produto por não ter certificação ou deixar de seguir requisitos ambientais.De acordo com a CNI, o setor privado brasileiro tem interesse em se manter alinhado com os acordos internacionais e em atender às exigências do mercado externo. Para a entidade, o Brasil pode se tornar referência no uso sustentável dos recursos naturais e no aproveitamento das oportunidades associadas à economia de baixo carbono.


"O setor está em amplo desenvolvimento, com raças registradas em Santa Catarina há mais de 100 anos e associações há mais de 30 anos. Queremos trazer conhecimento, tecnologia e inovações para que os produtores e profissionais do segmento coloquem na prática e gerem cada vez mais riquezas." 

Lucas Piroca, presidente do Nucleovet, durante abertura do 1° Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte


Novas empresas_ O Secretário Municipal da Agricultura e Pesca de Lages, Thiago Cordeiro, confirmou a instalação de empresas ligadas à suinocultura e à avicultura. Novos segmentos que deverão tornar Lages referência. Em entrevista feita pelo jornalista Paulo Chagas, o secretário explica que na área de aves o investimento será feito pela empresa JBS, a maior do mundo em proteína animal. Uma empresa holandesa investirá na produção de matrizes suínas, mas por enquanto o nome não pode ser revelado. A divulgação ocorreu na devolutiva da Expolages 2022, realizada na última segunda-feira. 

Bolsa despenca_ A bolsa brasileira fechou em queda de mais de 2%, refletindo principalmente as incertezas em relação a transição do governo Lula e como o próximo governo irá lidar com o teto de gastos. Os investidores devem seguir atentos aos nomes que irão compor os ministérios do presidente que podem sair a qualquer momento. Guilherme Boulos tuitou que será um dos responsáveis por assuntos relacionados a Cidades e Habitação.

Bolsa despenca 2_ No entanto, o foco da preocupação do mercado financeiro é a equipe econômica. Há uma pressão por parte do PT pela indicação de Fernando Haddad para liderar a pasta, somada a uma possível recusa de Henrique Meirelles para ocupar o Ministério da Fazenda. Com isso, o Ibovespa caiu puxado por estatais, bancos e ações que podem ser prejudicadas pela alta dos juros, como varejo, construção, educação e aviação.

Safra_ O Brasil deve ter uma safra recorde de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas em 2023. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima uma produção de 288,1 milhões de toneladas, ou seja, 9,6% (25,4 milhões de toneladas) a mais do que a safra prevista para este ano (262,8 milhões). O volume recorde deverá ser puxado pela maior produção prevista para a soja (19,1%), milho 1ª safra (16,8%), algodão herbáceo em caroço (2%), sorgo (5,7%) e para o feijão 1ª safra (4,9%). A soja e o milho 1ª safra também devem ter aumento na área colhida, de 1,2% e 0,9%, respectivamente.Safra de 2022 - A pesquisa - feita em outubro deste ano - também estima que 2022 deve fechar com crescimento de 3,8% em relação ao ano passado (ou 9,6 milhões de toneladas a mais). A estimativa é 0,3% maior do que o levantamento de setembro. O ano de 2022 deve fechar com crescimentos de 15,2% para o algodão herbáceo em caroço, de 22,6% para o trigo e de 25,7% para o milho. Houve perdas, no entanto, de 11,5% para a soja e de 8,1% para o arroz em casca.

Bovinos_ O Brasil é um dos mais importantes produtores de carne bovina no mundo e exporta para mais de 150 países. O país produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de carne e o rebanho está em torno de 240 milhões de cabeças. Os números foram apresentados no 1° Fórum Brasil Sul de Bovinocultura de Corte. Em relação a Santa Catarina, foi declarado que o estado produz apenas 50% da carne que consome, o que apresenta um amplo mercado a ser explorado.


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