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Cotidiano

Carla Reche

Livre arbítrio

Lendo, dia desses, matéria sobre o aumento no consumo do narguilé, principalmente entre os jovens, confesso que me assustou o número de usuários no país: mais de dois milhões e meio, de acordo com o IBGE. Em Lages, é comum o uso dessa espécie de cachimbo em tabacarias, encontro entre amigos e até mesmo em locais públicos. A pandemia aumentou o uso, este troca-troca de boca em boca, mesmo especialistas alertando para o perigo desse hábito. Para se ter uma ideia, numa sessão de narguilé, o consumo de fumaça é semelhante a você fumar de cem a duzentos cigarros em uma hora. Pensem... Quando um membro da minha família foi infectado pelo vírus da Covid, uma das perguntas feitas pelo médico foi: "você é fumante, pois, seus pulmões, são pulmões de fumante". Não, fumante não, mas o narguilé estava presente na sua vida. Foi entubado, passou 15 dias na UTI e hoje se encontra em recuperação pós Covid. Quanto ao narguilé, bem, sua primeira atitude ao retornar para casa foi se desfazer dele. E a família aplaudiu a atitude sensata.


Então...

E eu fico feliz quando recebo uma mensagem dessas:

"Muito legal tua coluna Carla... Leve, solta e com responsabilidade". - Do jornalista e apresentador Mário Mota.


Talento reconhecido

E na terça-feira (13), ela embarcou para o seu novo episódio profissional. Até ontem, além de trabalhar como repórter da TV Câmara, fazia também a cobertura dos treinos e jogos das Leoas da Serra. Sua dedicação e profissionalismo foram reconhecidos e ela foi aprovada no teste que fez para atuar no Sport TV. Aos 25 anos, Gabriela Sassi já está no Rio de Janeiro. Seu primeiro trabalho no canal esportivo será a cobertura das Olimpíadas nas mídias sociais. A jornalista e pós graduada em jornalismo esportivo começa a alçar voos mais altos e enche de orgulho sua terra natal. Diz aí Gabriela: "Foi uma oportunidade que surgiu, sempre tive contato com a imprensa de fora por fazer a assessoria das Leoas da Serra e assim que o convite surgiu não pensei duas vezes, aceitei na mesma hora. O esporte no geral - principalmente o futebol - é minha paixão. Adoro estudar e trabalhar nesta área". Sucesso menina!


Gabriela Sassi, de Lages para o Rio de Janeiro


Perplexa 1

Em menos de um mês dois feminicídios em Lages. Mulheres que foram mortas pelas mãos de homens que, simplesmente, se acharam no direito (?) de tirar suas vidas. Mas o que é isso? E pior: ambos os assassinos se encontram foragidos. O que matou Ana Júlia, mês passado, após cometer o crime fugiu a pé, passou por um supermercado da cidade, fez compras e evaporou. A família da garota, que estava grávida de dois meses, está oferecendo uma recompensa de R$ 5 mil por pistas que levem ao criminoso. Quanto a Thays Greice Barboza, 29 anos, morta em um quarto de hotel, no último dia 7, o assassino também está sumido. Câmeras de segurança mostram um suspeito saindo apressado pela porta da frente do hotel e a polícia ainda não conseguiu identificar o suspeito. E quando entrou no hotel, ninguém viu seu rosto, não deixou um nome registrado, não apresentou documento de identificação? Perguntas, perguntas e mais perguntas que precisam de respostas. Quanto aos comentários sórdidos, machistas e sem o mínimo de respeito pelo fato de Greice ser garota de programa, apenas comprovam a que ponto pode chegar um ser humano. E daí se era garota de programa? Quem é você para julgar ou achar normal matar pelo fato de ser uma garota de programa?


Perplexa 2

E aquele DJ do Ceará que bateu na ex-companheira na frente da filha de nove meses e da sogra - acredite se quiser - ganhou milhares de seguidores. E entre estes milhares de seguidores (pasmem) mulheres e muitas delas. Difícil, sim muito difícil entender este tipo de comportamento. O que leva pessoas a seguirem e curtirem um covarde? Não sei vocês, mas penso que é preciso que tanto o Instagram como o Facebook tomem uma atitude e eliminem este tipo de pessoa das suas redes. Não podem permitir que agressores continuem usufruindo do espaço após cometer tamanha atrocidade. Bloqueiam por tão pouco e não fazem isso com esses Ivis da vida, por quê?


Para ver e ouvir

Você já deve ter visto e/ou ouvido este menino talentoso se apresentando por aí. Mayckel Torres tem uma história de vida linda. Nasceu em 1982 portador de artrogripose, uma síndrome que acomete membros superiores e inferiores. Mas isso não impediu que levasse uma vida normal. Aos seis anos, ganhou um teclado que era para auxiliar na fisioterapia das mãos, mas o instrumento musical acabou virando uma paixão que o acompanha até os dias de hoje. Além de músico (está à frente da Banda Keoma) é formado em Ciências da Computação, funcionário público concursado do INSS e ainda ministra aulas de música junto com o pai, José Itamar. Sei que tem uma vida super corrida, mas Mayckel deveria pensar seriamente em ministrar palestras Brasil afora (pode iniciar pela cidade onde mora) mostrando como fez para transformar sua deficiência em sua melhor companhia, mostrando que se pode realizar sonhos e que nada, absolutamente nada pode se tornar um obstáculo. Tanta gente reclamando de tudo, achando desculpas para não seguir em frente, precisando desse estímulo.


Não existem limites para Mayckel, que sabe aproveitar

a vida e tudo o que ela proporciona


Em Aracajú (SE), o músico aproveitou folga rara para

conhecer o Parque dos Falcões


Curtas

*O jornalista e presidente do Instituto Paternidade Responsável, Marciano Corrêa, é mais um lageano que venceu a Covid. Extubado e fora da UTI, durante uma live feita com a família, Marciano, bastante emocionado, disse não ver a hora de poder retornar para casa. Está perto, meu amigo, muito perto.


*O recolhimento do lixo não pode ser uma responsabilidade apenas do órgão público. Os garis não andam com vassouras e muito menos vão limpar o que está espalhado na calçada, aquela que fica bem em frente a sua casa.


*"Assim como uma vírgula muda uma frase, uma simples atitude muda uma história" - autor desconhecido


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