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Tradicionalismo

Bia Melo

Rio Grande, o ponto de encontro dos animais

 (continuação edição anterior)

Considerando todas as contribuições de fauna (e flora) que chegam ao Rio Grande, pode-se dizer que, em menor ou maior escala, encontram-se no Estado elementos de cinco sub-regiões. A mais presente é a fauna da chamada província Guarani, em que se encontra boa parte da área gaúcha. Essa é uma zona de transição entre a região Guiano-Brasileira e a Andino-Patagônica, e inclui paisagens muito diversificadas, como florestas, savanas e estepes. É formada pelo Paraguai, Sul do Brasil, Uruguai e Nordeste argentino.

Em segundo lugar destaca-se a província Tupi, que é, justamente, a região de Mata Atlântica. A fauna dessa área atinge o Estado pelo litoral. Em terceiro lugar está a província Boróro, formada pela área de savanas e estepes do Norte do Chaco e dos campos cerrados do Brasil Central, que chega ao Rio Grande pela bacia do Paraná. Pelo Noroeste do Estado chegam, também, alguns elementos da área amazônica, província chamada de Hylea. Eles vêm através da ligação da bacia do Amazonas com a do Paraná.

Por último, tem-se a fauna proveniente das regiões mais meridionais, da província pampeana, onde predominam as estepes características da região costeira e central da Argentina.

Essa "geografia dos animais" é válida, entretanto, apenas para animais terrestres e aquáticos de água doce, com exceção dos peixes, cuja dispersão está ligada às bacias hidrográficas. Pode-se dizer que esse esquema vale para mamíferos, répteis, moluscos e vários grupos de insetos. Não pode ser utilizado, contudo, no caso de aves, que voam e que, portanto, têm uma mobilidade muito maior.

Mas, para as aves, o Rio Grande do Sul também é uma área de grande importância. Afinal, é etapa obrigatória no processo de movimentação de várias espécies, quer do Hemisfério Norte, quer do Sul. Especialmente na época do outono, quando as migrantes dos dois continentes se encontram. As praias, lagoas e banhados do Estado ficam cheios de visitantes vindos dos mais diversos pontos: são batuíras que estão indo para a tundra ártica, maçaricos que regressarão para o Uruguai, marrecões que são originários da Argentina.

Algumas dessas aves terminaram por se aclimatar no Estado e, de visitantes, passaram a moradoras fixas. É o caso de alguns cisnes-do-pescoço-preto, que vêm da Patagônia. A maioria deles regressa para aquela região, mas alguns preferem desfrutar do conforto da Estação Ecológica do Taim.

Muitas dessas aves migratórias aproveitam as praias do Rio Grande para se alimentarem de mariscos, e assim se reabastecerem para prosseguir viagem. E é diante das praias que se dá um outro encontro, também vital para o clima e a fauna marinha. Nas costas do Rio Grande encontram-se a corrente quente do Brasil e a corrente fria das Malvinas. A primeira predomina no verão, a segunda no inverno. Isto faz com que as águas gaúchas possam abrigar, alternadamente, peixes de espécies de águas temperadas ou de águas quentes.


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O município de Bocaina do Sul realiza, de 13 a 16 de julho, a 38ª Mostra do Campo e comemora o 29ª aniversário. A rainha, Lívia Oliveira Perin e a princesa, Letícia Moreira irão receber com muito carinho todos os visitantes


A vice-prefeita de Bocaina do Sul, Alice Pessoa, será a anfitriã na Mostra do Campo que acontece nesse final de semana com muitas atrações


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