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Cisamures

Com a telemedicina, paciente da Serra é atendida por médica de Brasília

  • Onéris Lopes/Amures

Oferecido atualmente em Lages, serviço será ampliado para demais municípios da região. Objetivo é reduzir viagens dos pacientes e as filas de espera

Implantado há três semanas, o serviço de Telemedicina na Policlínica do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Amures (Cisamures) será uma importante ferramenta para ajudar a diminuir a fila de espera nos procedimentos clínicos de neurologia. De 10 pacientes por dia na primeira semana, o número de consultas saltou para 30.

Uma sala foi especialmente adaptada para os atendimentos virtuais. Diante de uma tela de alta resolução, os pacientes interagem com a médica há mais de 1.500 Km, em Brasília. Apresentam suas queixas, enviam exames digitalizados e, após a consulta, recebem orientação e receituário, tudo de forma virtual.

Utilizada em todo mundo, a telemedicina é segura e está legalizada, de acordo com a legislação e as normas médicas. Sua prática se popularizou mais durante a pandemia de Covid-19, quando o governo brasileiro liberou também as teleconsultas.

O procedimento, segundo a presidente do Consórcio de Saúde da Amures (Cisamures), prefeita de Palmeira, Fernanda Córdova, deverá ser levado para os municípios, evitando, dessa maneira, o deslocamento de pacientes para Lages. “A telemedicina é um caminho sem volta e nosso consórcio vai se adaptar para prestar também esse serviço”, afirmou.

A partir da consolidação dessa primeira especialidade, outras duas devem ser implantadas dentro da mesma dinâmica de consulta virtual. Fonoaudiologia e psicologia. Os consultórios adaptados já estão prontos e com os equipamentos de totens em fase de testes para procedimentos.

Desde 2022, quando aconteceu o Seminário Regional de Saúde com foco na redução de filas do Sistema de Regulação (Sisreg), o Cisamures vem buscando alternativas para agilizar os atendimentos. E a telemedicina se mostra uma boa relação custo-benefício.

“Estávamos com dificuldades de contratar profissional para prestar serviço em neurologia e removemos esse obstáculo com a telemedicina. Agora estamos apoiados nessa tecnologia e confiante de reduzir as filas de espera”, revela Fernanda Córdova.

Neste primeiro momento, três empresas estão cadastradas para o serviço de telemedicina no Cisamures. Outras serão credenciadas na perspectiva de ampliar a oferta de serviços nessa modalidade, sem interferir nos serviços presenciais em que os pacientes não estão em fila de espera.

Paciente aprova o serviço de telemedicina

“Desde o seminário regional de saúde realizado em 2022, estamos trabalhando para reduzir as filas de espera. Descentralizamos de Lages e esses serviços, melhoraram, pois, os municípios passaram a fazer sua própria regulação. Tanto que saltou em mais de 20 mil o número de novos procedimentos, nos últimos dois anos”, explicou a presidente do Cisamures.

E o advento da telemedicina veio corroborar, ainda mais, na redução da fila de espera por consultas. Para a dona de casa Isantina Aparecida do Nascimento, moradora da localidade de Araçá, em São José do Cerrito, sequelada de um acidente doméstico, a novidade da telemedicina é bem-vinda.

“Já tinha ouvido falar desse tipo de atendimento, mas não conhecia pessoalmente. Achei maravilhoso e tem de ampliar para outras especialidades médicas”, comentou a paciente. Para chegar até a sala de telemedicina, Isantina passou uma manhã inteira viajando, desde a localidade até a sede do município e, depois, até a policlínica do consórcio em Lages.

Mas essa dinâmica cansativa deverá ser abreviada à uma viagem apenas até a sede do município. É que a descentralização da telemedicina deve acontecer ainda esse ano, com atendimento na Unidade Básica de Saúde. Para isso, dependerá basicamente de sinal de internet de qualidade.

Isantina aprova que a telemedicina seja implantada no município. “Nós do interior, às vezes viemos numa consulta até sem dinheiro para refeição. E estando mais perto, o atendimento facilita muito, além da economia que vai favorecer a todos”, disse a dona de casa.

A tendência de ampliação de serviço virtual em saúde se consolida a cada dia como uma ferramenta com interação direta entre o paciente e o médico. E para a presidente do Cisamures, Fernanda Córdova, essa modalidade de atendimento veio para ficar e será uma grande aliada para retirar pacientes da fila de espera de consultas.

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