<
logo RCN
Bocaina do Sul

Vó Nita, uma história de muita fé e superação

  • No dia da entrega da imagem do Monge São João Maria, da esquerda para a direita a filha Mara, a senhora Anita, o filho Alvari e o prefeito João Eduardo

    Divulgação

Anita Taruhn Thives Córdova, a Vó Nita, é muito conhecida em Bocaina do Sul, principalmente na Localidade de Areião, onde mora. Na lucidez dos seus 89 anos, nasceu em 11 de outubro de 1932, no município, relembra as dificuldades do passado, os feitos atribuídos ao monge João Maria e faz um apelo para que os jovens tenham fé e façam o bem. Desta forma, terão oportunidades para prosperar na vida.

Filha de Pedro Thives dos Santos e Carlota Taruhn Thives, Anita e seus 14 irmãos trabalhavam na agricultura familiar. "Éramos de uma família com poucas condições financeiras, porém ajudávamos nossos pais na agricultura para termos bons alimentos em nossa mesa. A vida era difícil e mesmo sendo mulher trabalhei duro no campo."

Ela recorda que foi um tempo de luta e dificuldades. Faziam cercas, derrubavam árvores e a principal ferramenta para preparar o solo e cultivar as lavouras era a enxada. Diz que apesar de ser mulher, não escolhia serviço, fazia tudo o que os irmãos faziam.

Casada com Lauro Luzarno Córdova (in memorian) por 54 anos, tiveram cinco filhos, Alvari, Alvani, Reci, Mara e Lauro. "Eu gostaria de dizer para os mais jovens que tenham fé e façam o bem, que assim terão maiores oportunidades de dar certo na vida. Precisamos ter na fé e na bondade nosso alicerce para seguir a vida".

Ela é devota do monge São João Maria, lenda em Santa Catarina e no Paraná. Diz que o avô conheceu o monge. "Ele contou que estava tocando gado pelas estradas do interior de Bocaina do Sul. De repente avistou em cima de um morro, na estrada, um senhor com idade avançada, porém saudável. Meu avô ficou muito preocupado, já que tinha bastante gado bravo, eram em torno de 150 cabeças na estrada. Ao conversar com os peões para verem o que fazer, para sua surpresa, o monge passou pelo meio do gado e nenhuma rés esboçou reação. Quando ele viu, o homem já estava passando tranquilamente ao seu lado."

Ela comenta que existiam outras histórias sobre o monge. Uma delas era contada por pessoas mais velhas. Elas relatavam que vários homens estavam em um barco pequeno para atravessar o Rio Canoas. O monge chegou e todos aguardaram para que também entrasse no barco. Porém, para espanto de todos ele passou correndo por cima da água do rio.

"Também contam que ele tinha o dom de prever o futuro e isso me levou a ter fé nele. Posso citar um entre muitos fatos. Ele disse que iria chegar um dia que ao chegarmos em uma casa não saberíamos quem seria o pai e quem seria o filho, já que nenhum dos dois teriam mais respeito um pelo outro e, infelizmente, isso acontece bastante hoje em dia," lamenta a idosa.

Outra coisa que os antigos falavam, é que onde ele dormia por mais de uma noite, vertia água e mesmo em tempos de estiagem nunca tinha seca no local. Era uma água milagrosa. Além disso, o monge fazia chás, que ajudaram a curar muitas pessoas.

Na comunidade de Areião tem uma estátua do monge. Ela foi colocada por Vó Nita. O local foi escolhido porque foi onde ele dormiu por algumas noites em Bocaina do Sul. "Fiz uma promessa no início da Pandemia do Coronavírus, que caso essa doença não atingisse meus familiares, e não atingiu, eu traria a imagem dele para o local onde ele ficou em Bocaina do Sul. Desta maneira, ela lá se encontra".

Ela se sente abençoada, já que tem uma linda família e todos com saúde. "Sou grata por tudo e graças a minha fé, crenças, família e superação, posso me considerar uma pessoa feliz".

Lucas Neves vistoria ações do Governo na Região dos Lagos Anterior

Lucas Neves vistoria ações do Governo na Região dos Lagos

Festival Nacional da Truta retorna este ano para agitar a Serra em setembro Próximo

Festival Nacional da Truta retorna este ano para agitar a Serra em setembro

Deixe seu comentário