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Serra Catarinense

Vinhos de Altitude de Santa Catarina são submetidos a segunda análise sensorial

  • Lizzi Borges

A análise sensorial às cegas é uma das etapas para definir quais vinhos estão aptos a receber selo de Indicação Geográfica de Procedência (IP), em 2023

Vinhos com qualidades únicas proporcionadas pelo local onde são produzidos na Serra Catarinense, e garantidas por meio do selo de Indicação Geográfica de Procedência (IP). No dia 6 de dezembro 59 amostras de vinhos de altitude passaram pelo crivo de especialistas que realizaram uma análise sensorial às cegas de vinhos tintos, brancos, rosés, licorosos e espumantes das safras 2020, 2021 e 2022.

O relatório final da análise deve demorar cerca de 10 dias para ser concluído. A partir de então, serão conhecidos os novos vinhos que irão para o mercado com o selo Indicação Geográfica de Procedência.

Atualmente, 21 tipos de vinhos de 11 vinícolas da Serra Catarinense são comercializados com o Selo de Indicação Geográfica de Procedência. Todos os anos amostras enviadas pelos produtores passam por uma verificação físico-química e são efetivamente julgados pelos degustadores que analisam aspectos visuais, olfativos, gustativos e de impressão global. Além disso, os vinhos recebem notas que, posteriormente, são apresentadas em gráficos para evidenciar as virtudes, as qualidades e até os defeitos que possam aparecer durante a análise.

“A avaliação sensorial às cegas dos vinhos busca, justamente, um diferencial para a Indicação Geográfica de Procedência. O trabalho consiste em verificar se o vinho realmente representa o terroir de altitude de Santa Catarina, pois quando o consumidor compra o produto que tem o selo, ele precisa ter certeza que está consumindo um vinho diferenciado, de qualidade e alto valor agregado”, explica o pesquisador da Epagri e coordenador da mesa avaliadora, Vinícius Caliari.

​Após a análise, cada produtor recebe um relatório das amostras. “Desta maneira, eles compreendem se estão caminhando rumo à excelência com produtos de elevada qualidade ou se precisam aprimorar os vinhos para extrair mais dos seus terroir e das suas variedades'', enfatiza Vinícius.

Selo de Indicação Geográfica de Procedência

A Vinhos de Altitude - Produtores e Associados possui o selo de Indicação Geográfica de Procedência (IP) desde 29 de junho de 2021. A área geográfica abrange 29 municípios de Santa Catarina: Água Doce, Anitápolis, Arroio Trinta, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Brunópolis, Caçador, Campo Belo do Sul, Capão Alto, Cerro Negro, Curitibanos, Fraiburgo, Frei Rogério, Iomerê, Lages, Macieira, Painel, Pinheiro Preto, Rancho Queimado, Rio das Antas, Salto Veloso, São Joaquim, São José do Cerrito, Tangará, Treze Tílias, Urubici, Urupema, Vargem Bonita e Videira.

O que corresponde a 20% do território catarinense com um total de 19.676 km². Entre as regras para o uso do selo estão a produtividade máxima de 7.000 litros de vinho por hectare, elaboração do produto dentro da demarcação, indicação de safra contendo no mínimo 85% de vinho do ano mencionado e aprovação do produto em avaliação sensorial às cegas. O Vale do Contestado e a Serra são as duas grandes regiões produtoras com 23 vinícolas associadas e mais de 80 viticultores. É importante lembrar que nem todos os vinhos produzidos pelas vinícolas atendem às especificações para receber o selo IP, por isso as avaliações anuais são tão importantes.

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