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Viagens e Caminhos
Quando se fala em Urubici automaticamente se lembra de duas coisas, do turismo e das hortaliças. Na próxima sexta-feira, 3 de fevereiro, o município comemora 66 anos de emancipação política/administrativa e a cada ano consolida-se como ícone do turismo, sendo conhecido no Brasil e fora dele. Banhado pelas águas do Rio Canoas, produz repolhos, alfaces, tomates e outros vegetais que abastecem mercados catarinenses e paulistas.
Além do potencial atual, o município guarda uma rica história. Urubici exibe, até hoje, a passagem de seus primeiros habitantes. São sinais registrados em pedras há pelo menos 40 séculos, comparável às inscrições encontradas em alguns outros pontos do litoral catarinense. Segundo historiadores, o ano de 1711 é data base para Urubici, quando dom João V ordena que os jesuítas procurem minas e catequizem índios até o rio Caçadores.
Com essa missão, os padres José Mascarenhas e Luís de Albuquerque traçam marcos na região - marcos do Maranhão até Laguna, a considerada "região do ouro". O primeiro marco foi colocado no Morro Pelado (comando indígena), o segundo no Morro da Mala (onde moravam os padres) e o terceiro no Morro do Panelão (onde ficavam as tropas que carregariam o ouro). Conta-se que grande porção do ouro foi enterrada nas rochas pelos jesuítas. Os índios, na maioria tupi-guarani, foram catequizados em grupos e já eram remanescentes de outras regiões.
Conta-se que existem mapas em originais e cópias, nunca vistos. Urubici registrava um pinheiral espantoso, um "mar de pinheiros", e em outras regiões, não em todas, alguns banhados, com sumidouros de animais e pessoas não orientadas. Alguns índios já conheciam missionários e orientavam jesuítas pelas andanças Padre Luís relata que, ao fincar uma grande cruz no dia 1 março, ela mergulhou no pântano, mais de um metro, sem nenhuma força . Em cada marco, foi plantada uma cruz jesuítica, com ramos amarrados na altura de Cristo.
De 1903 a 1911, imigrantes agricultores e madeireiros fixam-se na região. Em 1924, sabendo da fertilidade no solo do vale do rio Canoas, chegaram, à região, imigrantes italianos, alemães e letões, que tornaram, a agricultura e pecuária, as principais atividades econômicas da região.
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