Diante do pior cenário que São Joaquim já enfrentou desde o início da pandemia, com quase 100% de lotação dos leitos Covid-19 no Hospital Sagrado Coração de Jesus; além de cerca de 197% de aumento na procura por atendimento no Centro de Triagem e do aumento de casos de coronavírus e pessoas em estado grave à espera de leitos de UTI, a Prefeitura de São Joaquim decidiu por medidas mais restritivas em vez do lockdown.
O prefeito de São Joaquim, Giovani Nunes, havia anunciado que poderia seguir as determinações do decreto adotado em Lages, que fechou o município por sete dias após chegar a 100% de lotação dos leitos de UTI. A Situação de São Joaquim é similar à de Lages, pois o município já é uma referência na região e recebe pacientes de toda a Serra Catarinense. No entanto, não houve entendimento entre os municípios da Amures e decidiu-se por manterem-se os protocolos já adotados e manter o comércio aberto e as aulas presenciais (de forma híbrida).
Como as decisões são tomadas de forma coletiva, São Joaquim decidiu impôor medidas mais restritivas, como a limitação dentro dos ambientes e a proibição da venda e consumo de bebidas alcóolicas após as 20h. Giovani Nunes destacou que não vai tomar essa decisão sozinho e que as medidas coletivas causam maior impacto na região:
"Acabei de sair de uma reunião com os prefeitos da Amures e os 16 prefeitos decidiram que não adianta os municípios menores fecharem neste momento. Em São Joaquim, a intenção era fazer um fechamento conjunto com a região, mas não adianta São Joaquim e Lages fecharem, sendo que tem mais dezesseis municípios que não vão aderir ao lockdown e também não vão aderir ao cancelamento das aulas presenciais. Tem até uma recomendação do Ministério que as aulas estão seguras, que é pra dar continuidade da forma que está. Então, eu vou seguir com a maioria e não vou editar decreto de fechamento do comércio. Não vou penalizar apenas o município de São Joaquim com o fechamento do comércio, sendo que o município vizinho vai estar aberto. Iremos, então, editar um decreto restritivo, restringindo o uso de bebida alcoólica, a venda de bebida alcoólica após as vinte horas, limitação da circulação de pessoas e uma fiscalização mais rígida. Convocar a Vigilância Sanitária, o Procon, a Polícia Militar, para fazerem uma força-tarefa na rua." destacou o prefeito.
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