Comarca de Lages se une à campanha contra a fome em apoio a instituições locais |
Correia Pinto e Otacílio Costa completam 39 anos
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Prefeitura de Correia Pinto / Divulgação
Desmembrados de Lages em 10 de maio de 1982, Otacílio Costa e Correia Pinto são considerados municípios gêmeos. Na verdade, além da data de desmembramento, os dois têm muito em comum, principalmente em relação à economia. Na década de 1980, as principais empresas eram do setor papeleiro, segmento que, depois de décadas, ainda representa o maior PIB local, apenas os nomes das empresas mudaram.
Nos últimos 20 anos, as administrações municipais buscaram a diversificação da economia, mas a maioria das empresas instaladas ainda são do setor florestal. Essa pujança econômica destacou os municípios na região da Serra Catarinense, no quesito geração do Produto Interno Bruto (PIB). Lages sempre liderou a lista e Otacílio Costa e Correia Pinto se alternavam no segundo e terceiro lugar. Recentemente, São Joaquim se consolidou em segundo lugar, deixando os municípios em terceiro e quarto.
Com base em 2018, último ano divulgado pelo IBGE, Otacílio Costa estava em terceiro lugar com PIB de R$ 755,9 milhões e Correia Pinto estava em quarto com R$ 578,5 milhões. Quando a análise é feita com base no PIB Per Capita (divisão da riqueza pelo número de habitantes) a situação muda. Correia Pinto aparece em segundo lugar com R$ 44.370,99 e Otacílio Costa em terceiro com R$ 40.840,00. Em primeiro está Capão Alto com R$ 46.324,02. Lages por sua vez, está em quinto lugar com R$ 32.355,43. Esse ítem, na teoria, representa qualidade de vida, já que o município tem mais recursos por habitante.
De forma geral, os aniversariantes estão entre os mais industrializados da Serra e apresentam boa infraestrutura e um futuro promissor. Banhados pelas águas do Rio Canoas, somente perdem em população para Lages e São Joaquim. Ou seja, a economia forte, diversificada, somada a qualidade de vida contribui para manter também o crescimento populacional.
Otacílio Costa - História
O município de Otacílio Costa originou-se da cidade de Lages. A história do município de começa pelo primeiro nome Casa Branca, nome dado pela existência de um botequim de propriedade do Sr. Lauro Araújo, que era de madeira e pintado de branco, e localizado no terreno de propriedade do Sr. Luiz Daboite.
Mais tarde, passou a ser conhecido popularmente por Encruzilhada, denominação dada em função da estrada que ligava Otacílio Costa a Curitibanos, onde foi erguido um galpão para o pernoite e descanso dos tropeiros, para no dia seguinte continuarem suas viagens.
Com a vinda de fazendeiros e aquisição de grandes áreas de terras, a região evolui rapidamente. No entanto, a maioria das terras era de propriedades de Otacílio Vieira da Costa, político militante que atuou na vida pública desde os 16 anos de idade, onde já se revelava uma verdadeira promessa de grande jornalista e escritor, confirmada com o decorrer do tempo por meio de uma colaboração de meio século em jornais de sua terra, entrando para política aos 26 anos de idade, foi eleito deputado na Constituinte Estadual.
Após receber as denominações de Casa Branca e Encruzilhada, a vila passou a sediar o então distrito de Otacílio Costa, criado pelas Leis Municipais de números 180 e 186, respectivamente de 13 de agosto e 27 de setembro de 1958. Essas leis foram posteriormente aprovadas pela Lei Número 419 de 28 de julho de 1959, e promulgadas pelo então presidente da Assembléia Legislativa do Estado, Deputado Brás Alves. O projeto de criação do distrito foi de autoria do vereador Dorvalino Furtado, pertencente à Câmara de Vereadores de Lages.
Depois, pela Lei Número 6.059 de 10 de maio de 1982 foi criado o município de Otacílio Costa com terras desmembradas do município de Lages.
Fonte: Site Prefeitura de Otacílio Costa
Prefeitura de Correia Pinto / Divulgação/
Correia Pinto - História
Correia Pinto foi fundado por Antônio Correia Pinto de Macedo, que recebeu a incumbência de formar um povoado às margens do Rio Canoas ou Pelotas, por serem caudalosos, rápidos e abundantes de peixe, demarcando a ocupação portuguesa.
Antônio Correia Pinto de Macedo trouxe consigo, de São Paulo, sua família, escravos e mais nove famílias com interesses latifundiários, além da missão oficial de ocupação para evitar a entrada dos espanhóis no Brasil.
Se instalaram inicialmente em Taipas, mudando-se posteriormente (1767) para as margens do Rio Canoas, a meia légua abaixo da localização atual da ponte na BR-116. Porém, quando as primeiras instalações foram erguidas, ocorreu uma enchente, inundando as casas levantadas e as lavouras iniciadas, desanimando-os.
O grupo então volta para os Campos das Lagens, fundando então, em 22 de maio de 1771, a Vila de Nossa Senhora dos Prazeres das Lagens.
Alguns habitantes decidem por permanecer nas margens do Rio Canoas, fundando a Vila de São Bom Jesus dos Fundos do Rio Canoas, ou simplesmente Vila do Bom Jesus de Canoas, que crescia com um pouco de urbanização (comércio, igreja, pousada), incentivada com o movimento das tropas, o ciclo da pecuária e outros interesses comerciais. Em 1910, excluindo as fazendas próximas, a Vila constava de 15 casas de moradia, alguns ranchos, capela católica, uma biblioteca, um clube (Social, Literário e Recreativo Sete de Setembro), um pequeno armazém (bodega) e um cemitério.
Em 20 de outubro de 1920, já com 22 casas de moradia e mais Cartório de Registro Civil, foi instalado o distrito de Correia Pinto, Comarca de Lages, nome dado em homenagem ao fundador de Lages, substituindo a denominação anterior. Após eleições de 19 de setembro daquele ano, na presença do Subdelegado de polícia do distrito, Aureliano Alves da Rocha, foi dada a posse ao 1° juiz de paz eleito, João Nunes do Amaral, que, no ato realizado em sua residência, declarou instalado o distrito.
O desenvolvimento fora morno, tanto social, cultural, religioso ou comercial. Crescia lentamente como qualquer povoado interiorano.
Eis que um fato inesperado contribui para marcar a mudança daquele povoado para onde hoje se encontra. O governo Federal traça novo projeto da então BR-2 (atual BR-116), o desviando do traçado original, que passava pelo distrito de Correia Pinto Velho. Com o tal projeto, para encurtar as distâncias, foi construída a Ponte do Rio Canoas.
Fonte: Site Prefeitura de Correia Pinto
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