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Rodolfo Espíndola/Agência Alesc
Está marcado para esta sexta-feira (27), às 9h, na Assembleia Legislativa de SC (Alesc), o julgamento final do governador afastado Carlos Moisés da Silva pelo Tribunal Especial do Impeachment no primeiro processo. A acusação diz respeito a um suposto crime de responsabilidade no caso do reajuste salarial dos procuradores do Estado.
Para o início da sessão, havia previsão do chamamento de testemunhas, mas a defesa abriu mão do direito e a acusação teve as indicações negadas.
Na sequência, o denunciante - defensor público Ralf Zimmer Júnior - e o denunciado - Moisés -, ou seus advogados, terão 30 minutos para se manifestarem e, em seguida, serão interrogados pelo colegiado.
Após o interrogatório, defesa e acusação poderão fazer o uso da palavra por uma hora e meia - neste tempo estão inclusas interrupções por parte do tribunal -, com direito a mais uma hora para réplica e uma hora para tréplica.
A tendência é de que a sessão seja rápida e não demore tanto quanto o primeiro julgamento. A expectativa é de que o encerramento aconteça no meio da tarde.
Concluídas as manifestações, o presidente do colegiado, desembargador Ricardo Roesler, chamará os membros do tribunal, um a um, para discutir o tema. Na sequência, o presidente do colegiado apresentará um relatório resumido com os fundamentos da acusação e da defesa, assim como das provas do caso.
É previsto aos membros do tribunal misto o direito de pedir vista do processo. O prazo para eventual novo julgamento é de até cinco dias corridos.
Na sequência acontece a votação. Neste momento, Roesler questionará os julgadores se Moisés cometeu crime de responsabilidade, que deverão apenas indicar por 'sim' ou 'não', sem realizar a leitura do voto.
Se a denúncia for aprovada por pelo menos sete - dois terços - entre os 10 votos, o governador perderá o processo em definitivo. Caso contrário, voltará ao cargo.
Se a denúncia for aceita
Caso o governador afastado receba os sete votos necessários para ser cassado, o julgamento ainda terá mais uma questão para resolver. O tribunal deverá definir por quanto tempo Moisés ficará inabilitado para o exercício de um cargo público. O prazo máximo para a pena é de 5 anos e também precisará ser aprovado por dois terços do colegiado.
Se cassado, Moisés também poderá responder à denúncia na Justiça comum. Neste cenário, após o julgamento, o tribunal deverá intimar a governadora interina, Daniela Reinehr, para que assuma o cargo de forma definitiva.
Se a denúncia for rejeitada
Caso a decisão do colegiado seja pela absolvição, Moisés será reconduzido ao cargo de governador do Estado. Neste cenário, ele também receberia o montante salarial (um terço) que lhe foi retirado durante o afastamento.
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